Todos no mesmo barco???

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Todos no mesmo barco???

27/04/2020

“Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais"

3º objetivo fundamental da República Federativa do Brasil, conf. art. 3º da Constituição Federal

Estamos todos no mesmo barco?

Se a pandemia atinge a todos, nem todos a vivem da mesma maneira. A ideia de que “estamos no mesmo barco”, esconde o fundamental. No mar revolto, alguns vivem a circunstância dentro de um transatlântico, nem se  dão conta dos riscos reais da pandemia. Outros a vivem desde precários botes, que a qualquer momento podem virar e deixar todos completamente indefesos.

Em circunstâncias extremas como esta da pandemia, as desigualdades sociais vem à tona com mais força ainda.  Há quarentenas e quarentenas. Há quarentena em locais cômodos, com renda garantida. E há quarentenas de gente amontoada, sem nem condições de cumprir com os requerimentos de higiene.

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Existe a piada do lorde inglês perguntando pro seu mordomo:

-  Como está o tempo hoje?

-  Teremos chuva, Sir.

-  Não.  Eu terei a minha chuva e você terá a tua.

Fonte: Blog do Emir Sader, colunista

O Gráfico do Elefante

O economista Branko Milanovic, publicou em 2013 um estudo sobre a desigualdade na globalização, ilustrado por uma imagem denominada “O Gráfico do Elefante”.


O estudo indica que, nas últimas décadas (entre 1988 e 2008) a classe média baixa (que vai de 15 a 65 no eixo x – horizontal) e o 1% dos mais ricos (última faixa à direita do gráfico, que vai de 99 a 100) foram os únicos a se beneficiarem da elevação de renda do globo nesse período. Enquanto os 10% mais pobres (de 0 a 10, à esquerda do gráfico) e a classe média alta (que vai de 65 a 99 no eixo x) não se beneficiaram da economia global.

Percebe-se que o estudo induz a uma conclusão interessante: o desenvolvimento globalizado gera redução da desigualdade, porém, de forma desigual. Como? eu explico: a globalização traz aumento de renda para várias classes sociais, porém de forma não equilibrada, alguns ganham muito com ela (classe média baixa e os muito ricos), outros, ao contrário, não ganham nada (pobres e classe média alta). Fonte: Blog do Civitarese.

O momento atual

De acordo com dados do site G1, o Ministério da Saúde informou, na tarde de sábado (25 de abril), que o Brasil registrou 346 novas mortes nas últimas 24 horas — o total chegou a 4.016. No ranking de países com mais casos confirmados, o Brasil aparece na 11ª colocação, com 59.324 casos testados como positivo. A China, epicentro inicial do surto, aparece em 9º lugar, com 83.909 casos. O país com mais casos é os EUA, que acumulam quase 1 milhão de infectados.

Dados divulgados pela universidade norte-americana Johns Hopkins apontam quase 3 milhões de infetados pelo novo coronavírus em todo o mundo (o número exato correspondia a 2.897.883). O mesmo levantamento também contabiliza o total de mortes em todo o mundo com a doença causada pelo novo coronavírus: mais de 200 mil.

Notícias relevantes

A seguir um clipping de notícias julgadas relevantes por nossa equipe, visando auxiliar o leitor a compreender o recorrente “quebra-cabeças” do mercado de capitais brasileiro.


Desempenho do Ibovespa

O Ibovespa encerrou a última semana no dia 24 de abril registrando 75.330 pontos. O índice apresentou uma queda de 44.197 pontos (ou 36,98% em moeda local) em relação à máxima de 119.527 pontos observada em 23/01/2020. Na ano o Ibovespa caiu quase 35%, ficando próximo a níveis semelhantes à máxima de 73.517 pontos de quase 12 anos atrás, 20/05/2008, na crise do subprime.

A tendência primária (longo prazo) do Ibovespa continua em alta, mesmo com a elevadíssima volatilidade e incerteza do momento. No curtíssimo prazo (últimos 21 pregões) a tendência é de alta.

Veja a seguir o desempenho da bolsa brasileira, medido em pontos pelo Ibovespa e pelos índices das carteiras B3 de Dividendos (IDIV), Small Caps (SMLL) e Sustentabilidade (ISE), em diferentes intervalos de tempo. Observe que, com a queda provocada pela onda de pânico com o COVID-19, somente no longo prazo (5 anos), à exceção do ISE, a variação dos índices supera, no momento, a renda fixa.

O conjunto de estatísticas mostrado ajuda o leitor a perceber os movimentos cíclicos da bolsa brasileira, em especial sobre os que têm (e os que não têm) fundamento técnico. Confira a evolução do “termômetro da bolsa” no gráfico abaixo e perceba as diferenças entre as tendências (linha pontilhada em amarelo) e as volatilidades do Ibovespa no longo prazo (cinco anos) e no curtíssimo prazo (últimos 21 pregões):


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Luiz Guilherme Dias
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