Medo + Incerteza = “velho anormal”

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Medo + Incerteza = “velho anormal”

03/02/2020

“O Brasil conta com excelentes companhias que competem em nível de igualdade com os principais líderes globais de suas indústrias. Contudo, quando se trata de modelo de negócio sustentável, cultura corporativa inclusiva e compromisso com diversos “stakeholders”, temos uma grande oportunidade de aprendizagem. Necessitamos de uma governança corporativa robusta e comprometida para tomar decisões necessárias e corajosas”

Silvio Dulinsky – Membro do Comitê Executivo do Fórum Econômico Mundial - Davos, 2020

O momento atual

O ministro Paulo Guedes declarou que o dólar alto e os juros baixos são o “novo normal” da economia brasileira. Para ele, o país saiu do abismo fiscal com a aprovação da reforma da Previdência, e deu espaço para inflação e taxa básica SELIC menores. Este ambiente é favorável aos investimentos e a retomada da economia.

Mas, o medo e a incerteza de que o coronavírus se alastre pelo planeta trouxe de volta o “velho anormal” ao mercado mundial, em especial ao nosso país. A busca por segurança levou os investidores a venderam ações de maneira generalizada, buscando refúgio em moedas fortes, como o dólar. Parte dos investidores repercutiu o pânico e se desfez de suas posições na baixa, antecipando perdas. Faltou a esses coragem e, obviamente, experiência.

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A elevação da aversão ao risco pelos investidores gerou uma onda de quedas: no mercado acionário, na cotação do petróleo, na depreciação de moedas emergentes. E, a busca por segurança provocou a alta do ouro, dos títulos do tesouro americano e do índice VIX (o índice do "medo"). O VIX mede a expectativa de volatilidade do mercado de ações implícita nas opções do índice S&P 500. No dia 31 de janeiro subiu 3,35 pontos percentuais, aumento de 21,63%!!

A moeda americana teve alta de 6,86% no mês de janeiro, a maior valorização mensal em 10 anos, atingindo novo recorde a R$4,285. Por sua vez o Ibovespa cedeu 1,63% no mesmo mês, a maior desvalorização mensal desde 2016, ocasião em que o índice caiu 6,8%.

Em sua expectativa de temor das perdas, o investidor precifica o fim do mundo e depois percebe que isso é pura fantasia, como alerta Fabrizio Velloni, sócio da Frente Corretora. O “velho anormal” deve ser, no curto prazo, caracterizado pelo aumento da volatilidade, especialmente no nosso mercado. Medo e ganância deverão reger as expectativas, negativas ou positivas, em função das notícias sobre a evolução do combate ao vírus.

A Semana que passou

Pressionado pelo cenário internacional, o Ibovespa fechou o último pregão da semana em 31 de janeiro, com queda de 1,5%, aos 113.760 pontos. No mês, a queda acumulada é de 1,63%, pior patamar registrado para o mês de janeiro desde 2016. Observamos também uma queda de 4.591 pontos (ou 3,88 % em moeda local) em relação à máxima de 118.351 pontos observada em 2 de janeiro de 2020.

A tendência primária (longo prazo) do Ibovespa continua em alta. Entretanto, no curtíssimo prazo (últimos 21 pregões) a tendência inverteu passando a ficar em baixa, refletindo as expectativas negativas dos investidores com o momento atual.

A seguir um clipping de notícias julgadas relevantes por nossa equipe, visando auxiliar o leitor a compreender o recorrente “quebra-cabeças” do mercado de capitais brasileiro. Na sequência mostramos a evolução do desempenho do Ibovespa em diferentes intervalos de tempo.


Desempenho do Ibovespa

Veja a seguir o desempenho da bolsa brasileira, medido pelo Ibovespa em pontos, em diferentes intervalos de tempo. Observe que, mesmo com a queda provocada pela onda de pânico com o coronavírus, a partir de um intervalo de 1 ano a variação do índice continua superando a rentabilidade do CDI.


Com a taxa Selic em 4,5% ao ano e a inflação em 4,31%, a rentabilidade real de investimentos próximos a 100% do CDI passa a ser algo como 0,19%. Portanto, a renda fixa deixa de ser uma boa alternativa para quem deseja aumentar o seu capital com retornos significantes. Para proteger o patrimônio, a renda fixa continua sendo uma boa alternativa, mas para ganhar dinheiro “de verdade” as ações são (e sempre serão) a melhor opção de investimento a longo prazo.

Dentre as alternativas de aplicações com maior risco, as Ações de companhias com qualidade de gestão e desempenho consistente no longo prazo, as chamadas “SABE Campeãs”, trazem excelentes oportunidades de investimentos. A mudança do paradigma Renda Fixa X Renda Variável, já se faz sentir!

O conjunto de estatísticas mostrado ajuda o leitor a perceber os movimentos cíclicos da bolsa brasileira, em especial sobre os que têm (e os que não têm) fundamento técnico. Confira a evolução do “termômetro da bolsa” no gráfico abaixo e perceba as diferenças entre as tendências (linha pontilhada em amarelo) e as volatilidades do Ibovespa no longo prazo (cinco anos) e no curtíssimo prazo (últimos 21 pregões):


A SABE não pretende nem se dispõe a ensinar/instruir como investir no mercado de ações nem, muito menos, quais e quando comprar/vender ações: para isso recomendamos consultar a sua Corretora. SABE é o suporte imprescindível para quem já atua neste mercado ou já tomou a decisão de nele participar.

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O SABE Alerta é apenas a “ponta de um iceberg” quando comparado ao acervo de informações que o Big Data SABE tem à disposição de investidores e gestores de investimentos em ações: são 140.000 demonstrações financeiras padronizadas de TODAS as companhias abertas desde 1994 e os preços de suas ações ajustadas dos últimos cinco anos.

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Luiz Guilherme Dias
SABE | Inteligência em Ações da Bolsa


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