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Jogar dinheiro de helicóptero funciona?
13/04/2020
“Mais do que nunca, somos Todos os Mundos, Um Só Mundo. Que o drama passe. Que possamos construir caminhos solidários rumo à equidade. A desigualdade crescente não tem mais lugar”
Sérgio Magalhães – Arquiteto
Milton Friedman e o “Dinheiro do Helicóptero”
A crise financeira atual, que certamente se converterá em crise monetária devido à escassez de crédito, recolocou em evidência o maior neoliberal do século XX, Milton Friedman, sob uma roupagem curiosamente progressista. Ele sugeriu o “dinheiro jogado por helicóptero”, ou seja, uma suposta política de recuperação da economia pela qual o governo, para estimular os negócios a partir dos bancos, fizesse chover dinheiro de graça sobre as pessoas, a fim de que essas pessoas comprassem títulos e inundassem os bancos de dinheiro. O passo seguinte seria os bancos emprestarem dinheiro para público e empresas, estimulando a economia. Fonte: Tribuna de Imprensa Livre.
Recebi uma mensagem pelo WhatsApp de um grupo de veteranos da Abamec/Apimec falando sobre uma iniciativa recente de doação de cestas básicas para pessoas de um bairro pobre de São Paulo. Houve um tumulto generalizado provocado pela corrida desenfreada às cestas de alimentos por conta da fome que os necessitados tinham naquele momento. Fiquei imaginando o que seria se ao invés da distribuição de cestas básicas alguém resolvesse “jogar dinheiro por helicóptero”. O instinto de sobrevivência causaria, a meu ver, uma desgraça pior que a fome dos necessitados daquele bairro pobre.
O momento atual
O Brasil dobrou o número de casos de coronavírus em uma semana e o total de mortos pela doença chegou a 1.124 no sábado (11 de abril). Segundo o Ministério da Saúde, em todo o país há 20.727 casos confirmados de Covid-19, o dobro em relação ao sábado anterior.
De acordo com um estudo desenvolvido pela “think thank” da FGV, a taxa de desemprego em nosso país deve mais que dobrar atingindo 24,5 milhões de trabalhadores, passando dos atuais 11,6% para 23,8%, o que seria a pior queda dos últimos 40 anos. O estudo também publicou a estimativa para o PIB brasileiro encolhendo entre 3,4% e 7%, em linha com as projeções dos grandes bancos. Quem viver, verá...
Balanços 2018 X 2019
Nossa equipe está elaborando a análise dos balanços de todas as companhias listadas na B3, não financeiras e financeiras. Encaminharemos uma newsletter exclusiva, apresentando indicadores de 2019 em comparação a 2018. A análise será feita em etapas sucessivas, focalizando os seguintes indicadores: Variação das Receitas Líquidas, Resultados Líquidos, EBITDA, Endividamento (Dívida Líquida/EBITDA) e ROE (Retorno do Acionista).
Notícias relevantes
A seguir um clipping de notícias julgadas relevantes por nossa equipe, visando auxiliar o leitor a compreender o recorrente “quebra-cabeças” do mercado de capitais brasileiro.
Desempenho do Ibovespa
O Ibovespa encerrou a última semana no dia 9 de abril registrando 77.681 pontos. O índice apresentou uma queda de 41.846 pontos (ou 35,01% em moeda local) em relação à máxima de 119.527 pontos observada em 23/01/2020. Na semana o Ibovespa subiu 11,34%, com três pregões em alta, devolvendo boa parte das perdas acumuladas desde março.
A tendência primária (longo prazo) do Ibovespa continua em alta, mesmo com a elevadíssima volatilidade do momento. Mas, no curtíssimo prazo (últimos 21 pregões) a tendência de queda retrocedeu, por conta dos estímulos anunciados pelos governos contra a contração econômica forçada pelo coronavírus. Só nos EUA serão mais US$ 2,3 trilhões, injetados por meio de linhas de crédito a pequenas e médias empresas.
Veja a seguir o desempenho da bolsa brasileira, medido em pontos pelo Ibovespa e pelos índices das carteiras B3 de Dividendos (IDIV), Small Caps (SMLL) e Sustentabilidade (ISE), em diferentes intervalos de tempo. Observe que, com a queda provocada pela onda de pânico com o coronavírus, somente no longo prazo (5 anos), à exceção do ISE, a variação dos índices supera, no momento, a renda fixa.
Para quem SABE (com trocadilho, por favor...), as crises atuais de guerra de preços do petróleo e da pandemia do coronavírus fizeram com que, no momento, as ações ficassem desvalorizadas e, portanto, baratas. Nossa recomendação é:
O investidor deve reavaliar os fundamentos das companhias que compõem sua carteira. Se os fundamentos continuam válidos, é o caso de aproveitar as “pechinchas”, ações de empresas cujos preços estejam abaixo de seus valores patrimoniais, aumentando sua exposição àquelas companhias.
Estamos aqui para auxiliá-lo a selecionar empresas de qualidade, que criam valor para todos os seus stakeholders, com nossos relatórios SABE Intelligence e SABE Portfolio. Conte conosco!
Com a taxa SELIC em 3,75% ao ano (e, possivelmente em queda), o retorno bruto em 1 ano da poupança fica em torno de 2,6% e da renda fixa a 100% do CDI acumulado em 12 meses em 5,6%. Com o cenário para a inflação abaixo da meta, prevalece a perspectiva de que a SELIC será mantida em níveis baixos ainda por um longo período.
No momento, a renda fixa deixou de ser uma boa alternativa para quem deseja aumentar o seu capital com retornos expressivos. Para proteger o patrimônio, a renda fixa continua sendo uma boa alternativa, mas para ganhar dinheiro “de verdade” as ações são (e sempre serão) a melhor opção de investimento para formação de patrimônio a longo prazo.
Dentre as alternativas de aplicações com maior risco, as Ações de companhias com qualidade de gestão e desempenho consistente no longo prazo, as chamadas “SABE Campeãs”, trazem excelentes oportunidades de investimentos. A mudança do paradigma Renda Fixa X Renda Variável, já se faz sentir há mais de dois anos!
O conjunto de estatísticas mostrado ajuda o leitor a perceber os movimentos cíclicos da bolsa brasileira, em especial sobre os que têm (e os que não têm) fundamento técnico. Confira a evolução do “termômetro da bolsa” no gráfico abaixo e perceba as diferenças entre as tendências (linha pontilhada em amarelo) e as volatilidades do Ibovespa no longo prazo (cinco anos) e no curtíssimo prazo (últimos 21 pregões):
TERMO DE RESPONSABILIDADE (DISCLAIMER)
A SABE não pretende nem se dispõe a ensinar/instruir como investir no mercado de ações nem, muito menos, quais e quando comprar/vender ações: para isso recomendamos consultar a sua Corretora. SABE é o suporte imprescindível para quem já atua neste mercado ou já tomou a decisão de nele participar.
O SABE Alerta é apenas a “ponta de um iceberg” quando comparado ao acervo de informações que o Big Data SABE tem à disposição de investidores e gestores de investimentos em ações: são 140.000 demonstrações financeiras padronizadas de TODAS as companhias abertas desde 1994 e os preços ajustados de suas ações dos últimos cinco anos.
Conheça o SABE Intelligence, a maneira revolucionária de selecionar empresas de desempenho destacado com a inteligência artificial e tomar decisões de investimentos em ações com maior probabilidade de acerto.
Luiz Guilherme Dias
SABE | Inteligência em Ações da Bolsa
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