“A maior aventura do ser humano é viajar” Augusto Cury, médico e escritor
A CVC Iniciou suas atividades em 1972, com uma loja localizada na cidade de Santo André (SP) vendendo passagens rodoviárias, principalmente para a classe operária estabelecida na Grande São Paulo, nos municípios de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul. Ao longo de sua história, a CVC atendeu à classe média brasileira, que se tornou o principal público alvo de seus produtos/serviços.
Na década de 1990, a companhia foi pioneira na venda de pacotes de turismo incluindo passagens aéreas com voos fretados para destinos populares do Brasil, tornando-se a 1ª operadora de turismo com ponto de vendas em shopping centers. Sua expansão se deu com abertura de lojas por meio de agentes exclusivos. Em 2001, a CVC iniciou a venda de serviços através da internet que desde então se tornou o principal canal de geração de receita.
Em 2009 o fundo de private equity Carlyle adquiriu 64% das ações da CVC permitindo forte expansão dos negócios com lojas exclusivas. Em 2013 a operação contava com 802 lojas exclusivas, das quais 33 eram lojas próprias, 684 operadas por franqueados e 33 por agentes exclusivos, através de contratos de franquia e procedimentos/taxas de serviços padronizados. Operando um canal direto de vendas com 6.500 agentes credenciados independentes oferecendo produtos/serviços em pontos de venda próprios e uma plataforma exclusiva de distribuição online (www.cvc.com.br) com mais de 49 milhões de visitantes, a CVC alcançou geração de reservas no valor de R$105 milhões.
Atualmente a CVC é a maior operadora de turismo na América Latina em valor de reservas, oferecendo uma gama diversificada de produtos/serviços focados em pacotes turísticos para famílias brasileiras de todas as classes sociais, com ênfase nas famílias da classe média em expansão. A empresa possui um portfólio de mais de 1.000 destinos domésticos e internacionais combinando tarifas aéreas, transporte terrestre, hospedagem, seguro de viagem e outros serviços complementares de viagem a preços acessíveis e com condições de pagamento flexíveis.
A seguir os grandes números da CVC com base nas últimas informações atualizadas pela companhia:Veja agora o que o nosso Banco de Dados SABE tem a mostrar sobre a CVC: evolução das Dívidas Líquidas comparadas com a Geração de Caixa medida pelo EBITDA desde 2012, “Radar” de informações e indicadores financeiros de 2012 a 2015 e desempenho em bolsa das ações CVCB3 (CVC BRASIL ON) desde o fim de 2013.
A CVC tem na média dos últimos 4 anos uma relação dívida líquida/EBITDA da ordem de 6:1, considerada alta pela maioria dos analistas. Veja a seguir o desempenho da companhia no mesmo período.
De 2012 a 2015 a CVC vem apresentando crescimento em suas contas patrimoniais e de resultado, com destaque para o crescimento do resultado líquido que alcançou uma taxa CAGR de 72% ao ano. Os principais indicadores financeiros refletem o crescimento da empresa que apresentou na média de 2012 a 2015 uma margem líquida de 15% e um retorno para o acionista de 26%. Entretanto, a relação dívida líquida sobre o EBITDA é elevada, embora tenha decrescido nos últimos 2 anos. Veja a seguir como foi o desempenho das CVCB3 (CVC Brasil ON, com direito a voto).
De 30/Dez/2013 a 01/Abr/2016, a ação CVCB3 teve uma valorização de pouco mais de 18%. A cotação do papel saiu de R$14,39 e alcançou R$17,01 no final do período (a cotação máxima nesse período foi R$18,65). No mesmo intervalo de tempo o Ibovespa teve uma queda de 9%.
COMENTÁRIOS FINAIS:O setor de turismo é sensível a diminuições no poder de compra do consumidor e a ciclos econômicos. Atualmente os negócios e o desempenho financeiro da companhia são afetados pela recessão econômica do país, bem como da indústria de viagens em todo o mundo, incluindo qualquer variação na oferta ou no preço. Viagens de férias são atividades discricionárias para os clientes da empresa, tornando as operações sujeitas aos efeitos das condições conjunturais da economia e deteriorações econômicas que podem reduzir os gastos de viagens. Por outro lado, a indústria de turismo depende de muitos fatores econômicos relacionados ao poder de compra/gastos do consumidor, inclusive taxas de juros, inflação, disponibilidade de crédito, desvalorização do Real frente a outras moedas, tributos e e confiança do consumidor. Qualquer evolução negativa relacionada a esses fatores, seja real ou percebida, pode afetar negativamente os negócios, resultados operacionais e desempenho financeiro da companhia.
Outro fator de risco é a “des-intermediação” na indústria de turismo que pode trazer um efeito adverso relevante nos negócios da CVC. A intermediação de serviços turísticos é fornecida/prestada pelos fornecedores/parceiros da empresa, incluindo rede de hotéis, companhias de transporte terrestre e aéreo e operadoras de cruzeiros marítimos. Havendo uma “des-intermediação” no setor de turismo os clientes da CVC podem passar a adquirir os produtos/serviços diretamente dos seus fornecedores/parceiros, impactando negativamente o negócio. (Fonte: Empresa).
A SABE Consultores tem o propósito de compartilhar informações úteis e atualizadas sobre as empresas brasileiras com professores, universitários, contadores e investidores individuais. Manteremos você atualizado, como de costume, com novas informações extraídas do nosso Banco de Dados SABE.
Aproveite para deixar o seu comentário ao final desta página sobre o desempenho da CVC no atual cenário de recessão econômica que está impactando todos os setores da economia, em particular o de Turismo.
Luiz Guilherme Dias é Sócio-Diretor da SABE Consultores, Consultor de Empresas e Conselheiro Certificado.