“O mercado pode permanecer irracional por mais tempo do que você pode permanecer solvente” John Maynard Keynes – Economista britânico
Fundada em Ago/1890, A Bolsa de Valores de São Paulo - Bovespa era a bolsa oficial do Brasil, até iniciar um processo de fusão com a BM&F que culminou na criação de uma nova instituição, denominada BM&FBovespa em Mai/2008. Sua sede localiza-se no centro da cidade de São Paulo e seu principal índice de desempenho de ações é o IBOVESPA.
Até meados da década de 1960, a Bovespa e as demais bolsas brasileiras eram entidades oficiais corporativas, vinculadas às secretarias de finanças (atuais Secretarias da fazenda estaduais). Eram 27 bolsas de valores em todo o Brasil, dos governos estaduais e compostas por corretores nomeados pelo poder público. Com as reformas do sistema financeiro nacional e do mercado de capitais que foram implementadas nos anos de 1965 e 1966, as bolsas assumiram a característica institucional, transformando-se em associações civis sem fins lucrativos, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial.
Em 2000, as bolsas de valores de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas-Espírito Santo-Brasília, do Extremo Sul, de Santos, da Bahia-Sergipe-Alagoas, de Pernambuco, da Paraíba, do Paraná e a Bolsa Regional foram integradas. Desde então a Bovespa passou a concentrar toda a negociação de ações do Brasil, e as bolsas regionais mantiveram as atividades de desenvolvimento do mercado e de prestação de serviços às suas praças locais. A Bolsa de Valores de São Paulo é uma entidade auto-reguladora que opera sob a supervisão da Comissão de Valores Mobiliários - CVM. (Fonte: Wikipédia).
Veja agora o que o nosso Banco de Dados SABE tem a mostrar sobre a BM&FBovespa: “Radar de Desempenho Econômico-Financeiro de 2011 a 2015, agora inovando com informações sobre Distribuição do Valor Adicionado (DVA), a comparação 1S2015 X 1S2016” e o desempenho em bolsa das ações BVMF3 (BMFBOVESPA ON).
De 2011 a 2015 a BM&FBovespa teve um desempenho crescente, em especial com as contas de resultado: geração de caixa medida pelo EBITDA e resultado líquido, com taxas CAGR de 12% e 16% ao ano, respectivamente. Em 2015 a companhia bateu recorde de lucro com R$2,2 bilhões, mais que dobrando de valor em relação a 2014. Por outro lado a empresa conseguiu reduzir sua dívida líquida alcançando em 2015 um valor negativo (dívida bruta menor que caixa somado às aplicações). Observando a distribuição de valor a companhia “criou valor” de modo consistente para seus stakeholders; este indicador apresentou uma taxa composta no período de 10,74% ao ano, atingindo R$3,7 bilhões em 2015.
Na comparação do 1S2015 versus 1S2016, a companhia teve um comportamento de desempenho semelhante ao dos últimos cinco anos, incluindo a redução do endividamento líquido que também ficou negativo no 1S2016. Os resultados ficaram menores em relação ao 1S2015: quedas de 11% do EBITDA e de 62% de resultado líquido. A distribuição de valor aumentou 16% entregando R$1,547 bilhões para seus stakeholders no 1S2016. Veja a seguir como foi o desempenho das ações BVMF3 (BMFBOVESPA ON).
De 30/Set/2011 a 12/Ago/2016 a ação BVMF3 teve uma forte valorização de mais de 165%. A cotação ajustada de fechamento do papel saiu de R$7,19 e atingiu R$19,07 no final do período (por coincidência a cotação máxima foi de R$19,07 em 12/Ago/2016 e a mínima de R$7,19 em 30/Set/2011). No mesmo intervalo de tempo o Ibovespa subiu 11,42%.
COMENTÁRIOS FINAIS
A BM&FBovespa pertence ao setor de Serviços Financeiros que possui 15 companhias listadas na bolsa. Em 2015 a empresa ficou na 5ª posição por receitas com R$2,2 bilhões (market-share de 4,6%) e ocupou a 3ª posição por resultado líquido com lucro de R$2,2 bilhões, crescendo 125% em relação a 2014 (lucro de R$978 milhões). A empresa vem sabendo aproveitar o espaço de um “monopólio” privado, pois não tem concorrentes.
Em sua Mensagem sobre o Desempenho do 1º semestre de 2016, a Administração da companhia informou que em 20/Mai/2016, os acionistas da BM&FBOVESPA aprovaram em Assembleia Geral Extraordinária a combinação de operações com a CETIP, conforme proposta de combinação entre as duas companhias anunciada pelos respectivos conselhos de administração em 08/Abr/2016. A transação também foi aprovada pelos acionistas da CETIP e agora aguarda as aprovações regulatórias da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), BCB (Banco do Central do Brasil) e do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
A empresa comunicou também que o volume médio diário de Ações e Derivativos de Ações negociado no Segmento Bovespa atingiu R$7,1 bilhões no 2T16, permanecendo praticamente estável em relação ao mesmo período do ano anterior. No que diz respeito ao volume negociado por grupo de investidor, os estrangeiros seguem como os mais relevantes, representando 53,1% do volume total do segmento, e os volumes negociados por estes investidores subiram 2,0% em relação ao 2T15. Os investidores institucionais locais, o 2º grupo mais relevante com 24,4% do total, mantiveram os mesmos volumes negociados na comparação com o ano anterior. Já os investidores pessoas físicas representaram 16,3% do total e os volumes negociados por estes investidores subiram 12,4% em comparação com o 2T15. (Fonte: Release de Resultados 1S2016).
A SABE Consultores tem o propósito de “organizar informações financeiras sobre as empresas brasileiras e torná-las acessíveis e úteis” e acredita que as empresas vencedoras e que vieram para ficar são as que criam valor para TODOS os seus stakeholders. Manteremos você atualizado com novas informações extraídas do nosso Banco de Dados SABE.
Aproveite para deixar o seu comentário ao final desta página sobre a BM&FBovespa. Luiz Guilherme Dias é Sócio-Diretor da SABE Consultores, Consultor de Empresas e Conselheiro Certificado.