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Balanços do 1º Semestre de 2017 trazem “alegria e tristeza” para o mercado
29/08/2017Por Luiz Guilherme Dias | Rio, 29/Ago/2017.
“O pecado é o motivo de tua tristeza. Deixa que a santidade seja o motivo de tua alegria”
Santo Agostinho
Encerrada
a temporada de balanços publicados sobre 345 companhias abertas com informações
do 1º semestre de 2017, extraímos de nosso Banco de Dados SABE
informações para a alegria e para a tristeza dos investidores e participantes
do mercado de ações brasileiro.
Para ilustrar esses dois sentimentos utilizamos como métrica o indicador Retorno do Acionista (ROE, do inglês Return on Equity) que mede a capacidade de agregar valor de uma empresa a partir de seus próprios recursos e do dinheiro de investidores. Em outras palavras, o ROE é o retorno total do Resultado Líquido, medido como porcentagem do Patrimônio Líquido da companhia. Portanto, o ROE mede a rentabilidade de uma companhia ao revelar o quanto de lucro ela gera com o dinheiro investido pelos acionistas.
Selecionamos, sem levar em conta a qualidade da rentabilidade medida, os 30 maiores desempenhos anualizados (companhias com ROE maior que 20%) e os 30 piores desempenhos (companhias que estão com passivo a descoberto, leia-se patrimônio líquido negativo, e com prejuízo) nos resultados dos seis primeiros meses de 2017.
No 1º semestre de 2017, as 30 companhias que trouxeram “alegria” ao mercado acumularam um patrimônio líquido de R$ 75 bilhões e obtiveram um lucro de R$ 13 bilhões. As 30 companhias que trouxeram “tristeza” ao mercado, amargaram um prejuízo de R$ 4 bilhões e acumularam um patrimônio líquido negativo de R$ 26 bilhões. As planilhas a seguir detalham o quadro apresentado.
30 Maiores e 30 Piores Desempenhos por ROE no 1S2017 – Fonte: SABE © Powered by Maestro ©Os gráficos a seguir ilustram os 10 maiores desempenhos medidos pelo ROE no 1S2017 das companhias com presença relevante na bolsa.
10 maiores desempenhos medidos pelo ROE no 1S2017 – Fonte: SABE © Powered by Maestro ©COMETÁRIOS FINAIS
Como enfatizamos em artigos publicados neste blog, do ponto de vista econômico o ano de 2016 não aconteceu para as companhias com ações na Bovespa. As empresas tiveram vendas estáveis por não conseguir aumentar preços, mantendo geração de caixa mínima. Do lado dos Bancos, mesmo com queda expressiva nos lucros, os grandes ainda lograram resultados elevados e os pequenos, com raras exceções, sofreram os efeitos da recessão, tendo alguns amargado prejuízo.
A temporada de balanços do 1S2017 refletiu parcialmente os mesmos efeitos observados em 2016. Observando informações de resultados líquidos obtidos de uma amostra de 290 companhias abertas, percebemos uma queda de 11% no resultado das empresas não-financeiras e um aumento de 7% no resultado dos bancos. Buscando um resultado mais consistente obtido pela eliminação das grandes empresas (Eletrobras, Oi, Petrobras e Vale) e dos grandes bancos (Brasil, Bradesco, Itaú e Santander), constatamos um leve aumento de 1% no resultado das empresas e uma forte queda de 31% no desempenho dos bancos, confirmando nossa expectativa com o desempenho observado em 2016. Em outras palavras, até o fim do 1º semestre, 2017 também ainda não aconteceu!
A SABE Consultores tem a missão de “organizar informações financeiras sobre as empresas brasileiras e torná-las acessíveis e úteis” e acredita que as empresas conscientes atuam de maneira a criar valor não só para si mesmas, mas também para seus clientes, colaboradores, fornecedores, investidores, comunidade e meio ambiente ou usando o jargão do momento para seus “stakeholders”.
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