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Crise financeira: o novo normal??
23/01/2023O Modelo do Consultor Ichak Adizes, se adotado, teria sido útil para diagnosticar o estágio do ciclo de vida em que a Americanas se encontrava nos últimos cinco e anos e recomendar quais ações seus administradores deveriam tomar para reverter o seu envelhecimento. Agora com dívidas de R$ 43 bi e em recuperação judicial a Americanas vai precisar de um Insultor (e não um Consultor) para evitar fechar as portas e negociar com credores, com mediação da Justiça. Que os cerca de 45 mil colaboradores e 16 mil fornecedores não sofram as mesmas consequências que são devidas pelos seus administradores.

Americanas: só não viu quem não quis!!
16/01/2023A pergunta que não quer calar: “Você investiria numa empresa que nos últimos 5 anos de balanços de 9 Meses, deu prejuízo em 4 anos, tendo sua dívida líquida atingido quase R$24 bi, representando 11 vezes o Ebitda, nos 9M2022?” Mais ainda: como uma empresa com esse grau de endividamento consegue atingir um PL de R$ 14,7 bi, com crescimento de 32% ao ano?? Esquisito não? Pois é: esta empresa chama-se “Americanas” e os dados mostrados estão disponíveis gratuitamente no site da B3 e da CVM.

Cabo de guerra: Governo Federal X BC
10/01/2023Nada garante que novas altas da taxa Selic não serão necessárias. A tendência gastadora revelada pelo novo governo já mereceu uma advertência dos membros do COPOM. Estarão de olho nas consequências de eventual exagero na condução da política fiscal. O BC tem autonomia. Seus dirigentes não podem ser demitidos. Provavelmente procurarão se contrapor aos efeitos da expansão fiscal, mantendo sua política de juros. Pode-se prever, então, um novo “cabo de guerra” entre a administração federal e o BC, algo que dificultará a luta contra a inflação e trará inquietação.

2022: Ibovespa de 4,7% X CDI de 12,3%
03/01/2023Com a Selic mantida (por enquanto) em 13,75% aa, vivemos novamente a era do “paraíso dos rentistas e o inferno dos empreendedores”. Em 2022 o CDI alcançou 12,3% contra 4,7% do IBOV, quase o triplo, uma verdadeira “surra” da renda fixa sobre a variável. Estamos assim no ciclo de alta da Selic de maior duração das últimas décadas (14 meses), que ainda não terminou. A volta dos patamares elevados da Selic gera de novo uma sensação de conforto para os investidores mais conservadores, alocados em títulos pós-fixados, agora aproveitando os rendimentos de aproximadamente 1% ao mês, reforçando a nossa cultura de investimentos contrária às ações de companhias sólidas com bons fundamentos.