Siderurgia e Metalurgia: Lucros caem mais de 100% no 1º Trim 2020!

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Siderurgia e Metalurgia: Lucros caem mais de 100% no 1º Trim 2020!

08/07/2020

APRESENTAÇÃO

Os números que serão aqui apresentados foram gerados tendo como base as demonstrações financeiras das companhias abertas do Setor de Transporte e Logística listadas na B3, com o objetivo de medir o desempenho do setor e de seus segmentos (subsetores) no 1º Trimestre de 2020, em comparação com o mesmo período de 2019.

A análise focaliza os seguintes indicadores: Receitas Líquidas, Resultados Líquidos, Grau de Alavancagem (Dívida Líquida/EBITDA) e ROE (Retorno do Acionista).

A amostra contém 15 companhias do Setor que fazem parte do Banco de Dados SABE©. Todas as empresas deste Setor publicaram seus balanços até 30 de junho de 2020.

SETOR COMO UM TODO (1º Trim 2019 X 1º Trim 2020)

Na comparação do 1º trimestre de 2020 com igual período de 2019, o desempenho do setor como um todo foi muito ruim. As receitas líquidas caíram, os lucros tiveram quedas expressivas e reverteram para prejuízos, influenciados principalmente pela queda bruta da Sid Nacional. A alavancagem financeira, medida pela relação dívida líquida/EBITDA, aumentou pouco, mas se mantendo em nível bem baixo de 1,4 vezes. E, o retorno do acionista (ROE) despencou, ficando deteriorado no primeiro trimestre de 2020.

No primeiro trimestre do ano, o maior lucro foi da Gerdau (R$ 221 milhões, queda de 51%), seguido da Gerdau Met com R$ 218 milhões (queda de 50%). Das 15 companhias do setor, apenas 5 deram lucros. Os maiores prejuízos foram de Sid Nacional (- R$ 1,3 bilhões) e Paranapanema (- R$ 570 milhões). O maior grau de endividamento anualizado veio de Aliperti com 16,9 vezes (!!) totalmente fora do padrão do setor que é baixo; o menor foi de Tupy (0,9x). O maior retorno anualizado (ROE) foi conquistado por Panatlantica com 70%.

A planilha abaixo ilustra a evolução, do 1º Trim 2019 para o 1º Trim 2020, dos indicadores do total das 15 Empresas do Setor e de cada um de seus segmentos. Em seguida comentamos o desempenho individual de cada segmento também chamado de subsetor.


SIDERURGIA (1º Trim 2019 X 1º Trim 2020)

Contando com 6 empresas, o segmento de Siderurgia apresentou um fraco desempenho no 1º Trim 2020: queda de 6% nas receitas, queda expressiva de mais de 100% nos resultados líquidos; pequeno aumento no grau de alavancagem anualizado para 1,5x e forte queda (15,8 pontos percentuais) no ROE ficando deteriorado no 1º Trim 2020.

O melhor desempenho foi obtido pela Gerdau, com receita de R$ 9,2 bilhões (queda de 8%) e lucro de R$ 221 milhões (queda de 51%). O maior prejuízo foi de Sid Nacional com R$ 1,3 bilhões. Panatlantica goza da melhor posição de endividamento com alavancagem anualizada de 1,0x e o maior ROE para o acionista com 70%.

METALURGIA (1º Trim 2019 X 1º Trim 2020)

O segmento de Metalurgia, composto de 9 empresas também teve um desempenho muito fraco no 1º Trim 2020: vendas em queda de quase 10% e resultados líquidos em forte queda, totalizando R$ 787 milhões de prejuízos. O grau de endividamento cresceu 8,7% mas, para patamar bem baixo de 1,3 vezes (nível de conforto) e o retorno anualizado do acionista (ROE) caiu mais de 16 pps.

O melhor desempenho foi obtido pela Gerdau Met, com receita de R$ 9,2 bilhões (queda de 8%) e lucro de R$ 218 milhões (queda de 50%). O maior prejuízo veio de Paranapanema com R$ 570 milhões. Mangels Indl e Taurus Armas enfrentam problemas de passivo a descoberto com patrimônio líquido negativo no 1º Trim 2020. Tupy goza da melhor posição de endividamento com alavancagem anualizada de 0,9x e a Schulz trouxe o maior ROE para o acionista com quase 10%.

CONCLUSÃO

De 2018 para 2019 o Setor de Siderurgia e Metalurgia já vinha enfrentando perdas com queda de quase 50% nos lucros do ano. Além disso, o endividamento subiu 22% para uma alavancagem financeira elevada de 5,0 vezes, acima do nível de alerta. Por outro lado, o retorno (ROE) do setor como um todo desceu 6,9 pontos percentuais em 2019 chegando a 6,3%.

Pela comparação dos números do 1º Trim de 2019 com igual período de 2020, observamos que os dois segmentos do Setor de Siderurgia e Metalurgia tiveram um fraco desempenho com quedas expressivas nos lucros, sendo a maior a do segmento de Siderurgia, devido à forte queda de lucro da Sid Nacional.  Pela ótica do endividamento, percebemos um baixo grau de alavancagem anualizada nos dois segmentos, em níveis baixos entre 1 e 2 vezes no 1º Trim 2020. E, por último, os dois segmentos apresentaram reduções expressivas dos ROEs anualizados, prejudicando o retorno para o acionista.

No 1º trimestre de 2020 os destaques positivos em desempenho vão para o Grupo Gerdau por terem apresentado os melhores indicadores de resultados, mesmo em queda em relação ao mesmo período de 2019, mas com baixo grau de endividamento e retorno para o acionista em nível acima do setor. Assim como outros setores, Siderurgia e Metalurgia vão enfrentar grandes desafios no curto prazo provocados pela covid-19.

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O SABE Alerta é apenas a “ponta de um iceberg” quando comparado ao acervo de informações que o Big Data SABE tem à disposição de investidores e gestores de investimentos em ações: são 150.000 demonstrações financeiras padronizadas de TODAS as companhias abertas desde 1994 e os preços ajustados de suas ações dos últimos cinco anos.

Luiz Guilherme Dias
SABE | Inteligência em Ações da Bolsa

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