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Será que a Vale vale?
25/01/2021“A história da humanidade torna-se cada vez mais uma corrida entre a educação e a catástrofe”
Herbert George Wells, escritor
Será que a Vale vale?
Na opinião de analistas, o ano de 2021 será o ‘ano das commodities’ com a retomada do crescimento da China e com a continuação da política de estímulos dos bancos centrais em todo o mundo, em especial do FED. A demanda por minério de ferro deve continuar forte em 2021 em um cenário que contribui para manter os preços da commodity em níveis elevados, beneficiando a geração de caixa da Vale. A mineradora tem sido indicada como boa opção de investimento pelas corretoras e casas de análise tanto pelo potencial de valorização da ação quanto pela expectativa de distribuição de dividendos.
Por outro lado, o mercado financeiro caminha na direção da adoção dos padrões ESG para os investimentos, sinalizando que é possível conciliar responsabilidade social, ambiental e de governança com rentabilidade. O racional é que essas esferas não são excludentes, e que as empresas que agem em conformidade com esses critérios são mais resilientes no longo prazo.
Há exatos dois anos, no dia 25 de janeiro de 2019, a barragem de rejeitos de minério da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), administrada pela empresa Vale se rompeu. O acidente resultou em um dos maiores desastres ambientais no Brasil e no mundo. A tragédia provocou 259 mortes, com 11 pessoas ainda desaparecidas, deixando um rastro de destruição com efeitos socioeconômicos e ambientais.
De acordo com cálculo do governo do Estado de MG, do Ministério Público e da AGU, os danos econômicos causados pelo rompimento da barragem somam R$ 26,7 bilhões. E outros R$ 27,3 bilhões se referem a perdas por danos morais. O total pedido, portanto, alcança R$ 54 bilhões. A Vale ofereceu R$ 29 bilhões, pouco mais da metade calculada pelos órgãos públicos. A solução do caso segue na justiça aumentando o risco de judicialização.
Em 30/12/2020 o valor de mercado da Vale era de R$ 462 bilhões. Dentro deste contexto fica aqui a reflexão para nossos queridos leitores: Será que a Vale vale?
O momento atual da COVID-19
Novo levantamento da situação da pandemia de coronavírus no Brasil divulgado pelo consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das Secretarias Estaduais de Saúde, consolidados às 20h de sábado (23 de janeiro). Fonte: G1. Leia mais...
Notícias relevantes
A seguir um clipping de notícias consideradas relevantes por nossa equipe, visando auxiliar o nosso estimado leitor a compreender o recorrente “quebra-cabeças” do mercado de capitais brasileiro.
Desempenho do Ibovespa
O Ibovespa encerrou a última semana no dia 22 de janeiro registrando 117.380 pontos, 2.147 pontos abaixo da marca de 119.527 pontos registrada em 23/01/2020. O principal índica da B3 terminou 2020 com alta de 2,9%, tendo o pior desempenho em dólar, queda de 20,18%, entre os índices acionários de países emergentes comparáveis. Neste ano de 2021 está caindo 1,4%.
A tendência primária (longo prazo) do Ibovespa continua em alta, mesmo com a elevada volatilidade e incerteza do momento, tanto no plano econômico quanto no cenário político. E, no curtíssimo prazo (últimos 21 pregões) a tendência do principal índice da bolsa se mantém em leve alta.
Veja a seguir o desempenho da bolsa brasileira, medido em pontos, pelo Ibovespa e pelos índices das carteiras B3 de Dividendos (IDIV), Small Caps (SMLL) e Sustentabilidade (ISE), em diferentes intervalos de tempo. Observe que, mesmo com a queda provocada pela onda de incerteza com a Covid-19, no longo prazo, à exceção do ISE, a variação dos índices supera DE LONGE a renda fixa, com variação positiva de mais de 200%. Com a Selic mantida a 2% aa, a renda variável continua sendo a protagonista do mercado, como prevíamos há mais de três anos neste blog.
Observe, estimado leitor, o índice que teve o melhor desempenho no longo prazo foi o IDIV, seguido de perto do SMLL, ambos com altas de mais de 270%. Perceba também que o ISE é o que tem o melhor desempenho em 2021, com queda de 1,1%. No curto e curtíssimo prazo todos os índices estão no ‘vermelho’.
O conjunto de estatísticas mostrado ajuda o leitor a perceber os movimentos cíclicos da bolsa brasileira, em especial sobre os que têm (e os que não têm) fundamento técnico.
Confira a evolução do “termômetro da bolsa” no gráfico abaixo e perceba as tendências (linha pontilhada em amarelo) e as volatilidades do Ibovespa no longo prazo (cinco anos) e no curtíssimo prazo (últimos 21 pregões):
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Luiz Guilherme
Dias
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