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Lucros caem 8,8% em 2020!!
15/03/2021“Em minha opinião, num país instável como o Brasil, os títulos do governo e os fundos de renda fixa que neles se baseiam só serão atraentes quando renderem, no mínimo, uns 3% reais ao ano após impostos. Fora isso, é Bolsa, Bolsa, Bolsa, incluindo bons IPOs que devem surgir ainda neste ano. Sugiro apenas que se evite empresas controladas pelo governo e concessionárias de serviços públicos, que podem ter suas tarifas defasadas por razões eleitoreiras.”
Ivan Sant’Anna, escritor
Lucros caem 8,8% em 2020!!
Até o dia 12 de março nossa Base de Dados SABE©. registrou a publicação de balanços do ano de 2020 de 135 companhias não financeiras listadas na B3. A seguir fazemos uma comparação do desempenho de receitas e resultados líquidos de 2019 para 2020.
As Receitas subiram 6,8%, mas os Lucros tiveram uma enorme queda de 8,8%, de R$ 118,6 bilhões para R$ 108,2 bilhões:
• os 5 maiores crescimentos de receitas vieram de Grupo Natura (+155,6%), JHSF Part (+83,8%), Dasa (+61,3%), B2W Digital (+49,6%) e Magaz Luiza (+46,7%);
• os 5 maiores crescimentos de lucros foram obtidos por: Minerva (+4.214,5%), BRF (+367,3%), Usiminas (+242,9%), Energisa (+204,9%) e Marfrig (+186,4%);
• os 5 maiores lucros (variações entre parêntesis) foram de: Vale (+386,4%), Ambev (-3,7%), Itausa (-30,5%), Petrobras (-84,8%) e Telef Brasil (-4,6%);
• 22 empresas amargaram prejuízo em 2020 totalizando R$ 29,5 bilhões;
• os 5 maiores prejuízos (variações entre parêntesis) foram de: Paranapanema (+3.336,1%), IRB Brasil RE (-225,7%), Klabin (-434,4%), Suzano S.A. (+280,7%) e Azul (+350,9%).
Em síntese, podemos perceber com os números da amostra que o segmento de varejo, representado por B2W Digital e Magazine Luiza, cresceu com as vendas no e-commerce, como também que o setor de frigoríficos teve aumento expressivo com os resultados de Minerva, BRF e Marfrig.
O
momento atual da COVID-19
Novo levantamento da situação da pandemia de coronavírus no Brasil divulgado pelo consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das Secretarias Estaduais de Saúde, consolidados às 20h de sábado (13 de março). Fonte: G1. Leia mais...
Notícias relevantes
A seguir um clipping de notícias consideradas relevantes por nossa equipe, visando auxiliar o nosso estimado leitor a compreender o recorrente “quebra-cabeças” do mercado de capitais brasileiro.
Desempenho do Ibovespa
O Ibovespa encerrou a última semana no dia 12 de março registrando 114.160 pontos, 8.225 (-6,7% em moeda local) abaixo da marca recorde de 122.385 pontos registrada em 7/01/2021. O principal índice da B3 terminou 2020 com alta de 2,9%, tendo entre os índices acionários de países emergentes comparáveis o pior desempenho em dólar, representando queda de 20,18%. Neste ano de 2021 o Ibovespa está caindo 4,1%.
A tendência primária (longo prazo) do Ibovespa continua em alta, mesmo com a elevada volatilidade e incerteza do momento, tanto no plano econômico quanto no cenário político. Mas, no curtíssimo prazo (últimos 21 pregões) a tendência do principal índice da bolsa está em queda.
Veja a seguir o desempenho da bolsa brasileira, medido em pontos, pelo Ibovespa e pelos índices das carteiras B3 de Dividendos (IDIV), Small Caps (SMLL) e Sustentabilidade (ISE), em diferentes intervalos de tempo. Observe que, mesmo com a queda provocada pela onda de incerteza com a Covid-19, no longo prazo, à exceção do ISE, a variação dos índices supera DE LONGE a renda fixa, com variação positiva de mais de 130%. Com a Selic a 2% aa, a renda variável continua sendo a protagonista do mercado, como prevíamos há mais de três anos neste blog.
Observe, estimado leitor, o índice que teve o melhor desempenho no longo prazo foi o SMLL, seguido do IDIV, ambos com altas de mais de 160%. Perceba também que o SMLL é o que tem o melhor desempenho em 2021, com queda de 3,0%.
O conjunto de estatísticas mostrado ajuda o leitor a perceber os movimentos cíclicos da bolsa brasileira, em especial sobre os que têm (e os que não têm) fundamento técnico.
Confira a evolução do “termômetro da bolsa” no gráfico abaixo e perceba as tendências (linha pontilhada em amarelo) e as volatilidades do Ibovespa no longo prazo (cinco anos) e no curtíssimo prazo (últimos 21 pregões):
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A SABE não pretende nem se dispõe a ensinar/instruir como investir no mercado de ações nem, muito menos, quais e quando comprar/vender ações: para isso recomendamos consultar a sua Corretora. SABE é o suporte imprescindível para quem já atua neste mercado ou já tomou a decisão de nele participar.
O SABE Alerta é apenas a “ponta de um iceberg” quando comparado ao acervo de informações que o Big Data SABE tem à disposição de investidores e gestores de investimentos em ações: são mais de 150.000 demonstrações financeiras padronizadas de TODAS as companhias abertas desde 1994. Além disso, produzimos uma verdadeira “enciclopédia” sobre as companhias listadas na B3 com mais de 450 newsletters publicadas, entre blogs e alertas ao mercado.
Luiz Guilherme Dias
SABE | Inteligência em Ações da Bolsa
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