A Hypermarcas S.A. iniciou suas atividades no ano de 2001, sob o nome de Prátika Industrial Ltda, quando João Alves de Queiroz Filho readquiriu a empresa, que havia sido vendida à Bestfoods como parte da Arisco, logo incorporada a Unilever, que por sua vez não tinha interesse no negócio de esponjas de aço, seu foco, com as marcas Assolan e Fácil. Procurando destaque para sua marca foco, a Assolan, a empresa investiu pesado em marketing, obtendo sucesso e tornando a marca Assolan, uma das mais conhecidas do Brasil. (Fonte: Wikipédia).
A Hypermarcas é uma das maiores companhias de bens de consumo com capital de origem brasileira e possui o maior e mais diversificado portfólio de marcas, incluindo predominantemente marcas líderes e vice-líderes em seus respectivos segmentos. A empresa atua em 2 linhas de negócios, Farma e Consumo, desenvolvendo, produzindo e comercializando produtos que fazem parte de um amplo e reconhecido portfólio de marcas. Com uma estrutura de vendas e distribuição com abrangência nacional, a empresa atua nos canais de varejo alimentar e farmacêutico. Cada um dos negócios da empresa conta com uma força de vendas dedicada e especializada, composta por vendedores suportados por uma rede de promotores, bem como equipe de visitação médica para a promoção de medicamentos aos médicos. (Fonte: Empresa).
Veja agora o que o nosso Banco de Dados SABE tem a mostrar sobre a Hypermarcas: “Radar de Desempenho Econômico-Financeiro de 2011 a 2015, incluindo a comparação 1T2015 X 1T2016” e desempenho em bolsa das ações HYPE3 (HYPERMARCAS ON) nos últimos quase 4 anos.
De 2011 a 2015 a Hypermarcas obteve crescimento discreto de ativos, patrimônio e geração de caixa (EBITDA); as receitas caíram 37% de 2014 para 2015. O resultado líquido saiu de –R$55 milhões em 2011 e cresceu até atingir seu maior valor em 2015 com lucro de R$560 milhões; O endividamento líquido cresceu de forma moderada bem abaixo do EBITDA. Na comparação do 1T2015 x 1T2016, a empresa teve queda do ativo, crescimento do PL e queda forte do endividamento líquido, que foi reduzido a mais da metade da dívida do mesmo trimestre de 2015; a receita caiu mais de 30%, o EBITDA subiu 23% e o destaque foi para o crescimento do lucro que aumentou mais de 10 vezes em relação a 2015. Veja a seguir como foi o desempenho ações HYPE3 (HYPERMARCAS ON).
De 30/Set/2011 a 24/Jun/2016 a ação HYPE3 obteve uma valorização de 17,69%. A cotação de fechamento do papel saiu de R$8,68 e alcançou R$23,34 no final do período (a cotação máxima foi de R$27,89 em 31/Mar/2016 e a mínima de R$8,34 em 29/Dez/2011). No mesmo intervalo de tempo o Ibovespa teve uma queda de 1,53%.
COMENTÁRIOS FINAISA Hypermarcas pertence ao setor de Atacado e Varejo que contém 23 companhias listadas na bolsa. Em 2015 a empresa foi a 14ª colocada por receitas com 1,51% de market-share (~ R$3 bilhões) e ocupou a 2ª posição por resultado líquido com lucro de R$560 milhões, tendo crescido 39% em relação a 2014.
Segundo informações do Relatório do Desempenho do 1T2016, o Lucro Líquido das Operações Continuadas totalizou R$118 milhões, crescimento de quase 30% comparado com 1T2015. Nesse período, o aumento das despesas financeiras, relacionado a gastos com pré-pagamento de dívidas, no total de R$87 milhões, foi compensado pela melhoria do desempenho operacional. Somado ao Lucro Líquido das Descontinuadas, que atingiu R$890 milhões principalmente pelo resultado da venda do braço de cosméticos para a Coty, esse desempenho levou a um Lucro Líquido de R$1.008 milhões no 1T2016. O crescimento de 10 vezes é, portanto, devido a um lucro extraordinário e não recorrente.
Na semana encerrada em 01/Jul/2016 a ação HYPE3 despencou 16% (maior queda do Ibovespa), fechando o pregão a R$23,76. Segundo o Estadão, na mira da PGR (Procuradoria-Geral da República), após a delação de seu ex-diretor de Relações Institucionais, Nelson Mello, o grupo já teve seu principal acionista, João Alves de Queiroz Filho, citado em uma quebra de sigilo na Operação Lava Jato. Embora a delação de Mello não seja no âmbito da operação que apura o cartel de empreiteiras na Petrobras, os investigadores querem descobrir o motivo dos pagamentos efetuadas pela Monte Cristalina, holding de Queiroz Filho, à JD Consultoria, do ex-ministro José Dirceu da Casa Civil no governo Lula.
De acordo com a quebra de sigilo da consultoria solicitada pela força-tarefa de Curitiba, a Monte Cristalina efetuou vários pagamentos, entre 2008 e 2013, que somaram R$ 1,5 milhão. Segundo o Estadão divulgou, a empresa está no centro de mais um escândalo envolvendo políticos. Mello, apontado como o braço direito de Queiroz Filho há cerca de 30 anos, disse que a empresa repassou R$ 30 milhões para senadores do PMDB, entre eles, Romero Jucá (RR), Renan Calheiros (AL) e Eduardo Braga (AM). Embora todos os envolvidos neguem terem recebidos recursos, trata-se de mais um caso de empresas de grande porte que jogam por terra sua reputação por conta de “tenebrosas transações” com o Governo.
A SABE Consultores tem o propósito de compartilhar informações úteis e atualizadas sobre as empresas brasileiras. Manteremos você atualizado com novas informações extraídas do nosso Banco de Dados SABE.
Aproveite para deixar o seu comentário ao final desta página sobre o desempenho da Hypermarcas. Luiz Guilherme Dias é Sócio-Diretor da SABE Consultores, Consultor de Empresas e Conselheiro Certificado.