SABE

“Tensão, ombros cansados e cabeça a mil. As eleições estão nos deixando exaustos e já superam em paixão, emoção e torcida a Copa do Mundo”

Marcelo Adnet – jornalista e humorista

Mesmo com a taxa Selic mantida em 6,5% ao ano, os contratos de juros futuros DI estão sendo negociados nas alturas. Começaram a subir em Mai/2018, impactados pela greve dos caminhoneiros e, a partir do mês passado, voltaram a subir por conta da corrida eleitoral. Na semana passada, os contratos com vencimento em 2021 fecharam em 9,8%; em 2023 fecharam em 11,5% e em 2025 em mais que 12% ao ano, chegando próximo ao dobro da atual taxa Selic.

Em termos práticos, para a economia real o que vale é a taxa futura de juros, usada como base de decisões para investimentos e financiamentos. Os bancos se protegem fazendo “travas” com as taxas de juros futuros e reduzem o risco da volatilidade nos juros de longo prazo provocada pela incerteza sobre o novo governo eleito. A situação pode ficar mais crítica ainda, pois quanto maior é a diferença entre as taxas básica e de juros futuros, maior é a probabilidade do BACEN elevar a Selic. Neste cenário aumenta a dificuldade para a empresa investir e obter crédito.

O ano de 2018 está sendo dramático para as empresas. Conforme notícia publicada nos jornais especializados, 948 empresas devem falir neste ano (o maior volume em uma década) e 1.282 empresas devem pedir recuperação judicial em busca de proteção. Leia mais em Gazeta Online.

Mais ainda: do total das empresas falidas, 34% são médias ou grandes, impactando de forma expressiva o aumento do desemprego no país. Do lado do Governo, os programas de refinanciamento de dívidas tributárias (REFIS) custarão aos cofres da União mais de R$ 83 bilhões. Em suma, à exceção dos bancos, perdem todos!!!

Na última semana, encerrada em 21/Set/2018, a bolsa subiu 5,42%, motivada pela manutenção da Selic, pela redução do IPCA em relação a Ago/2018 e pela maior clareza sobre o 2º turno da eleição que se aproxima.Na 6ª feira passada o Ibovespa fechou em 79.379 pontos. Em 2018 a bolsa está subindo 3,90% (em US$ perde cerca de 20%).

Veja a seguir o desempenho da bolsa brasileira medido pelo Ibovespa em pontos, em diferentes intervalos de tempo.

Continuamos acreditando que, com a SELIC no patamar de 6,5% ao ano, os investidores terão que buscar alternativas com maior risco, caso queiram obter retornos melhores. Para proteger o patrimônio, a renda fixa continua sendo uma boa alternativa, mas para ganhar dinheiro de verdade as ações são a melhor opção. Ocorrendo aumento dos juros em 2018, a busca por melhores retornos se tornará mais técnica e seletiva.

Como lembra o economista Lionel Robbins, “expectativas equivocadas estimulam investimentos inapropriados”. Dentre as alternativas de aplicações com maior risco, as Ações de companhias com gestão de qualidade e desempenho consistente no longo prazo, as chamadas “Campeãs”, trazem excelentes oportunidades de investimentos. Quem não quiser gerenciar risco vai ter que se contentar com 0,50% de retorno ao mês! A mudança do paradigma Renda Fixa X Renda Variável, na nossa opinião, é uma questão de tempo...

O conjunto de estatísticas mostrado ajuda o leitor a perceber os movimentos cíclicos da bolsa brasileira, em especial sobre os que têm (e os que não têm) fundamento técnico. Confira a evolução do “termômetro da bolsa” no gráfico abaixo e perceba a expressiva diferença entre as tendências e as volatilidades do índice no longo prazo (quase cinco anos) e no curtíssimo prazo (este ano de 2018):

Desempenho do Ibovespa no Longo e no Curtíssimo Prazo

Fonte: APLIGRAF I Elaboração: SABE^©

Veja agora o SABE Alerta da semana passada informou sobre o crescimento das Vendas do Setor de Papel e Celulose e sobre o prejuízo no 1S2018 de 111 companhias listadas na B3.

A SABE não pretende nem se dispõe a ensinar/instruir como investir no mercado de ações nem, muito menos, quais e quando comprar/vender ações: para isso recomendamos consultar a sua Corretora. SABE é o suporte imprescindível para quem já atua neste mercado ou já tomou a decisão de nele participar.

O SABE Alerta é apenas a “ponta de um iceberg” quando comparado ao acervo de informações que o Big Data SABE tem à disposição de investidores e gestores de investimentos em ações: são 120.000 demonstrações financeiras padronizadas de TODAS as companhias abertas desde 1994 e os preços de suas ações ajustadas dos últimos cinco anos.

Conheça o SABE Intelligence, a maneira revolucionária de selecionar empresas saudáveis com a inteligência artificial e tomar decisões de investimentos em ações com maior probabilidade de acerto.

Luiz Guilherme Dias
SABE | Inteligência em Ações da Bolsa