Saneamento é o setor mais atrasado da infraestrutura brasileira

SABE

notícias

voltar

Saneamento é o setor mais atrasado da infraestrutura brasileira

22/05/2019

De acordo com dados do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento), em 2018 foram investidos R$ 10,6 bilhões e 18% disso foram aplicados pelas companhias privadas, que detém apenas 6% do atendimento no país. Em 2017, as companhias estatais e privadas destinaram R$ 11,4 bilhões nas obras de do atendimento de saneamento.

Desses recursos, o investimento privado por habitante atendido de 2014 a 2016 foi de 2,2 vezes a média nacional. Enquanto as empresas privadas investiram R$ 418,66 por habitante, a média de investimentos no Brasil foi de R$ 188,17 por habitante.

Ainda com informações do SNIS referentes a 2017, apenas 60,2% da população urbana do país têm acesso a coleta de esgoto. Para alcançar a meta do PLANSAB (Plano Nacional de Saneamento Básico) seria necessário uma média de R$ 21,6 bilhões por ano. Por isso, segundo o presidente da CNI, Paulo Afonso Ferreira, o Brasil só deve alcançar a universalização daqui a 45 anos aproximadamente, já na década de 2060. "A queda consecutiva nos investimentos do setor mais atrasado da infraestrutura brasileira torna a universalização ainda mais distante”, afirma o executivo. Fonte: AESBE.

O Setor de Saneamento na B3

Apenas sete companhias do setor estão listadas na B3. São elas, em ordem alfabética: Casan, Ceg, Comgas, Copasa, Igua, Sabesp e Sanepar. Sabesp e Comgas concentram 61% das vendas do setor em bolsa.

Desempenho Econômico-Financeiro das Companhias Abertas

O setor em bolsa apresentou em 2018 desempenho positivo com resultados crescentes (receitas, EBITDA e lucros), endividamento líquido maior, mas grau de alavancagem menor e aumento de retorno para os acionistas. Confira a seguir a performance do setor com números extraídos do Big Data SABE:

As receitas líquidas do setor cresceram de R$ 34 bilhões para R$ 38 bilhões, alta de 12%, de 2017 para 2018. Todas as empresas do setor tiveram crescimento de receita. Os maiores crescimentos foram de Igua (30%) e Comgas (24%).

As sete companhias registraram em 2018 um lucro líquido total de R$5,7 bilhões, um aumento expressivo de 20,45% em relação ao ano anterior. Todas as empresas deram lucro, exceto Casan que aumentou o prejuízo de 2017 para R$ 119 milhões em 2018.

O resultado operacional do setor, medido pelo EBITDA, subiu 18% de 2017 para 2018, perfazendo um total de R$ 13 bilhões. Somente Comgas, Sabesp e Sanepar tiveram crescimento de geração de caixa medida pelo EBITDA de 44 %, 25 % e 19 %, respectivamente.

O endividamento líquido do setor cresceu 6,8% em 2018 para R$ 40,4 bilhões. Entretanto, a alavancagem financeira medida pela relação Dívida/EBITDA caiu 9,36% para 3,2 vezes, pouco acima do limite de alerta. Casan apresentou em 2018 um grau de alavancagem extremamente alto, superior a 10 vezes, sinalizando perigo.

Desempenho das Ações das Companhias Abertas na B3

O desempenho em bolsa das ações das companhias do setor de Saneamento, no longo prazo (aproximadamente 5 anos), foi excelente. Se considerássemos uma carteira formada com ações das companhias do setor, o desempenho ficaria, sem ponderação, bem acima do Ibovespa. Apenas Copasa ficou abaixo da variação do Ibovespa no mesmo período. Confira a seguir a performance das ações das companhias com as cotações ajustadas da APLIGRAF.

Cabe a observação que as empresas Casan e Igua não possuem cotações informadas.

Comentários Finais

Notícia publicada no Correio Braziliense, mostra que a baixa dos investimentos em saneamento se explica, em grande parte, pela estrutura das empresas estatais. As companhias estaduais têm uma  despesa média anual por empregado de R$ 142 mil, enquanto nas empresas privadas esse valor é de R$ 56 mil por ano. Ou seja, as empresas públicas gastam 2,5 vezes salários, benefícios e encargos do que as empresas privadas.

Em função dessa despesa elevada, a margem das companhias públicas fica comprometida. Elas gastam, em média, 51,58% da sua receita com pessoal. Já nas privadas, a relação é de 22,10%.

No Congresso, tramita a Medida Provisória nº 868/2018, que reformula o marco legal do setor de saneamento básico, facilita a privatização de empresas públicas e visa a estimular a competitividade do setor. Uma comissão mista para analisar a MP foi instalada no dia 27/04/2019, tendo o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) como relator.

Se algum dia você se perguntou como os gestores de investimentos conseguem ser tão bem-sucedidos, procure saber quais são suas fontes de informação. SABE Intelligence é o benchmark que deve complementar suas fontes e ferramentas de análise para assegurar maior probabilidade de acerto nas decisões de investimentos em ações.

Assine agora o SABE Intelligence, o relatório que auxiliará você na montagem ou avaliação de uma carteira de ações alinhada ao seu perfil, oferecendo maiores chances de melhores retornos.

Por menos que R$1,00 (isso mesmo, um real !!!) por dia você terá em mãos a solução pioneira desenvolvida pela SABE | Inteligência em Ações da Bolsa, uma empresa que se dedica ao negócio de informações financeiras empresariais desde 1995.

SABE Intelligence


O SABE Alerta é apenas a “ponta de um iceberg” quando comparado ao acervo de informações que o Big Data SABE tem à disposição de investidores e gestores de investimentos em ações. São 120.000 demonstrações financeiras padronizadas de TODAS as companhias abertas desde 1994 que, junto com os preços de suas ações ajustadas dos últimos cinco anos permitem à nossa equipe elaborar relatórios técnicos com informações seguras para investidores e profissionais do mercado.

Acompanhe os artigos técnicos publicados no Blog SABE e conheça o SABE Intelligence, a maneira revolucionária de selecionar empresas com desempenho destacado com suporte da IA e tomar decisões de investimentos em ações com maior probabilidade de acerto.

Luiz Guilherme Dias
SABE | Inteligência em Ações da Bolsa

Comentários