NATURA – Sustentabilidade dá retorno!

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NATURA – Sustentabilidade dá retorno!

23/11/2017

A Natura foi eleita a empresa mais sustentável do ano de 2017. Para a Natura, a sustentabilidade tornou-se parte indissociável do negócio — uma estratégia feita para durar. Segundo notícia publicada no Guia Exame 2017 de Sustentabilidade, parte relevante dos avanços da Natura na seara da sustentabilidade ocorreu nos últimos dois anos — período nada fácil para o país. Nem, claro, para a empresa. O mercado de cosméticos encolheu pela primeira vez em 2016. Nesse período, a anglo-holandesa Unilever assumiu a liderança do setor. A Natura precisou repensar o modelo de negócios, até pouco tempo exclusivamente baseado na venda direta. Hoje existe também uma rede de lojas físicas e houve um incentivo às vendas online. Os resultados começam a aparecer. A receita líquida da Natura registrou alta de 10,6% no terceiro trimestre, em comparação com o mesmo período do ano passado. O lucro líquido foi 136,8% maior do que no terceiro trimestre de 2016, chegando a 166,7 milhões de reais.

A compra da britânica The Body Shop, em jul/2017, por 1 bilhão de euros, reforçou o objetivo de ampliar os canais de venda, além de avançar na presença global. A aquisição também tem um aspecto quase filosófico. Assim como a Natura, a The Body Shop sempre investiu na sustentabilidade como parte indissociável de seu negócio. (Fonte: Exame).

Nos últimos 5 anos, 2012 a 2016, a Natura teve um desempenho fraco com quedas em indicadores chave, medidas por taxas de crescimento anuais compostas (CAGR), como segue: patrimônio (-5,3%), receitas (4,5%), EBITDA (-2,3%) e lucros (-18,6%). As receitas escaparam, mas não superaram a inflação acumulada dos cinco anos. A dívida líquida da companhia cresceu 16% no mesmo período. Em 2016 a relação dívida líquida/EBITDA ficou em 3,82x, acima do nível de alerta. O retorno do acionista (ROE) na média dos cinco anos ficou em 56%, mantendo seu nível desde o IPO em 2004.

Pela comparação dos números do balanço dos nove primeiros meses de 2017 contra igual período de 2016, o desempenho da Natura melhora significativamente: além do crescimento expressivo dos ativos (87%) e do patrimônio (47%), a receita cresceu 9%, o EBITDA aumentou 26% e o lucro quadruplicou atingindo R$ 413 milhões, já superando o lucro de 2016. Ao mesmo tempo o endividamento subiu 88%, levando o grau de alavancagem dívida/EBITDA a alcançar 6,55xx a geração de caixa, sinalizando um nível de perigo. O ROE anualizado nos 9M2017 foi de 39%, correspondendo a um aumento de 25 pontos percentuais em relação aos 9M2016.

Com relação ao desempenho da ação NATU (NATURA ON): no longo prazo (desde o fim de 2012 até o dia 21/Nov/2017) houve expressiva desvalorização de 35%, refletindo o fraco desempenho dos últimos cinco anos.

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Luiz Guilherme Dias
Equipe SABE - Inteligência em Ações da Bolsa

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