Farinha pouca, meu pirão primeiro!

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Farinha pouca, meu pirão primeiro!

16/03/2020

“A Peste ia a caminho de Bagdá quando encontrou Nasrudin. Este perguntou-lhe: ‘Aonde vais?’ A Peste respondeu-lhe: ‘Bagdá, matar 10 mil pessoas’. Depois de um tempo, a Peste voltou a encontrar-se com Nasrudin. Muito zangado, o mullah disse-lhe: ‘Mentiste-me. Disseste que matarias 10 mil pessoas e mataste 100 mil. E a Peste respondeu-lhe: ‘Eu não menti, matei 10 mil. O resto morreu de medo’”

Da fábula “Nasrudin e a Peste”

O ditado popular “Farinha pouca, meu pirão primeiro”, mostra claramente o egoísmo do ser humano. De pensar somente em si, de querer as coisas primeiro para si e somente se sobrar é que poderá partilhar com os irmãos. Situação semelhante ocorre hoje no mundo inteiro com indivíduos vendendo ações.

O momento atual

A dupla “medo e ganância” voltou mais uma vez a assombrar o mundo trazendo consequências negativas para todos nós. Acreditando que o fim do mundo estava próximo, muitos investidores venderam intensamente seus ativos, sem levar em conta FUNDAMENTOS. Foram vendidos ativos de risco e de proteção. ATÉ O OURO CAIU!!

O pânico geral pode ser explicado pelas incertezas dos investidores em relação ao impacto do corona vírus na economia e pelas decisões contraditórias das autoridades monetárias, muitas delas sem sentido.

Com a crise do subprime a bolsa brasileira caiu 41%, de 63.886 pontos em 2007 para 37.550 pp em 2008. Em 2009 voltou a subir e fechou em 68.588 pp, subindo 83%!! Costumamos dizer que a bolsa sobe de escada e desce de elevador. Subiu rápido em 2009, depois da crise! Resultado: Quem soube aproveitar se deu bem!

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Mais ainda: Quem souber aproveitar essa crise atual de 2020 (coronavírus + guerra de preços do petróleo) vai também se dar bem! É preciso calma e controle da ansiedade!!

O que fazer em meio à crise

Em 1º lugar acreditar que crise é sinônimo de perigo e oportunidade: um não existe sem o outro. Em 2º lugar crises sempre existiram e sempre existirão. Não é a crise do coronavírus que vai fazer o mundo acabar.

Por outro lado, não são as especulações nem as incertezas, que definem o desempenho futuro de uma empresa. Luiz Barsi nos ensina: “Não invisto no mercado, invisto em empresas; O vírus não afeta a empresa, mas sim a cotação dela!”

Portanto, com ou sem crise, o desenvolvimento de uma empresa se baseia em FUNDAMENTOS, ou seja, a capacidade da empresa CRIAR VALOR para seus stakeholders. É isso que sustenta o desempenho no longo prazo: sempre foi assim e sempre será!

Com fundamentos consistentes, a capacidade de uma empresa gerar valor para o acionista e seus stakeholders não se esgota em uma crise! Aqueles que souberem aproveitar a oportunidade para montar ou renovar posição em ações de empresas de qualidade terão retorno de seus investimentos.

De fevereiro de 2019 a fevereiro de 2020, o número de CPFs cadastrados na Bolsa passou de 942.117 para 1.973.302: cerca de 1 milhão de pessoas iniciaram em renda variável. Existe no momento uma excelente oportunidade de aprendizado, especialmente para esses novatos. É para isso que a “SABE | Inteligência em Ações da Bolsa” existe: servir investidores com tecnologia e informação para decidir, com mais consciência, sobre seus investimentos em ações no mercado à vista.

Balanços 2018 X 2019 (PRÉVIA)

Foram publicados até o momento 174 balanços individuais do exercício de 2019 de companhias listadas na B3, cerca de 51% do total, sendo 152 empresas (não financeiras) e 22 bancos. Em 2019 a soma dos lucros das 152 empresas não financeiras atingiu R$ 145 bilhões, queda de quase 4% em relação a 2018. Por outro lado a soma dos lucros dos 22 bancos (R$92 bilhões) subiu, como de costume, próximo a 29% em relação a 2018.

Outras constatações podem ser extraídas dos números desta amostra de demonstrações financeiras individuais, comparando o crescimento dos resultados líquidos de 2018 contra 2019 até aqui, como mostra a planilha a seguir:

·  Das 152 empresas (não financeiras) da amostra, 16 tiveram prejuízo em 2019, num total acumulado de R$13,1 bilhões: Foram elas em ordem alfabética: Anima, Azul, B2W Digital (*), Ecorodovias, Frigol Foods (*), GOL (*), Grupo Natura, Mangels Indl (*), Melhor SP , Plascar Part (*) , Sinqia, Suzano, Terra Santa, Time For Fun, Triunfo Part (*) e Vale. (*) já vinham com prejuízo em 2018;

·  Ainda observando as empresas, 60 empresas tiveram queda nominal de resultado líquido e 91 empresas tiveram aumento nominal, de 2018 para 2019; o Grupo Natura não informou resultado em 2018;

·  Pelo lado dos bancos, todos, sem exceção, tiveram crescimento de lucro, exceto o Banco Pine, cujo prejuízo aumentou de 2018 para 2019. A soma dos lucros (R$81 bilhões) dos 4 maiores (Itaú, Bradesco, BB e Santander) equivale a 88% do total dos 22 bancos informados;

·  Olhando o desempenho das 174 companhias como um todo identificamos um crescimento nominal de quase 7% dos resultados líquidos, de 2018 para 2019. Eliminando Azul, Suzano, Vale, Petrobras e os 4 maiores bancos para atenuar distorções, notamos um aumento nominal dos resultados de 23% (+19% de empresas e + 91% de bancos), com os dados desta amostra. Faltam 2 semanas para o fim do prazo de publicação dos novos balanços de 2019.

O Ibovespa na semana que passou

O Ibovespa encerrou a última semana no dia 13 de março registrando 82.677 pontos. O índice apresentou uma queda de 36.850 pontos (ou 30,1% em moeda local) em relação à máxima de 119.527 pontos observada em 23/01/2020.

O índice oscilou como uma verdadeira montanha-russa: 2ª feira -12,17%; 3ª feira +7,14%; 4ª feira – 7,64%; 5ª feira -14,78% e 6ª feira +13,91%. Sem falar que 4 circuit-breakers foram acionados na B3 em cinco dias de pregão. Foi assim uma semana de muitas emoções, que só a técnica pode enfrentar, colocando os investidores sob forte tensão. (haja coração!)

A tendência primária (longo prazo) do Ibovespa continua de alta, mesmo com a altíssima volatilidade do momento. Mas, no curtíssimo prazo (últimos 21 pregões) a tendência de queda se acentuou, refletindo principalmente a aversão ao risco com o surto do coronavírus e com o aumento das expectativas de incerteza dos investidores com o momento atual.

A seguir um clipping de notícias julgadas relevantes por nossa equipe, visando auxiliar o leitor a compreender o recorrente “quebra-cabeças” do mercado de capitais brasileiro. Na sequência mostramos a evolução do desempenho do Ibovespa em diferentes intervalos de tempo.


Desempenho do Ibovespa

Veja a seguir o desempenho da bolsa brasileira, medido pelo Ibovespa em pontos, em diferentes intervalos de tempo. Observe que, mesmo com a queda provocada pela onda de pânico com o coronavírus, somente no longo prazo a variação do índice continua superando a rentabilidade do CDI. Mas, para quem SABE, as ações ficaram baratas...


Com a taxa SELIC em 4,25% ao ano, o retorno real em 1 ano da poupança é de 2,98%, da renda fixa a 100% do CDI é de 3,51% e a 120% do CDI chega a 4,21%. Com o cenário para a inflação em níveis ainda mais favoráveis, prevalece a perspectiva de que a SELIC será mantida em níveis baixos por um período prolongado, afirma grande parte dos analistas de mercado.

Portanto, a renda fixa deixa de ser uma boa alternativa para quem deseja aumentar o seu capital com retornos expressivos. Para proteger o patrimônio, a renda fixa continua sendo uma boa alternativa, mas para ganhar dinheiro “de verdade” as ações são (e sempre serão) a melhor opção de investimento a longo prazo.

Dentre as alternativas de aplicações com maior risco, as Ações de companhias com qualidade de gestão e desempenho consistente no longo prazo, as chamadas “SABE Campeãs”, trazem excelentes oportunidades de investimentos. A mudança do paradigma Renda Fixa X Renda Variável, já se faz sentir há mais de dois anos!

O conjunto de estatísticas mostrado ajuda o leitor a perceber os movimentos cíclicos da bolsa brasileira, em especial sobre os que têm (e os que não têm) fundamento técnico. Confira a evolução do “termômetro da bolsa” no gráfico abaixo e perceba as diferenças entre as tendências (linha pontilhada em amarelo) e as volatilidades do Ibovespa no longo prazo (cinco anos) e no curtíssimo prazo (últimos 21 pregões):


A SABE não pretende nem se dispõe a ensinar/instruir como investir no mercado de ações nem, muito menos, quais e quando comprar/vender ações: para isso recomendamos consultar a sua Corretora. SABE é o suporte imprescindível para quem já atua neste mercado ou já tomou a decisão de nele participar.

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O SABE Alerta é apenas a “ponta de um iceberg” quando comparado ao acervo de informações que o Big Data SABE tem à disposição de investidores e gestores de investimentos em ações: são 140.000 demonstrações financeiras padronizadas de TODAS as companhias abertas desde 1994 e os preços de suas ações ajustadas dos últimos cinco anos.

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Luiz Guilherme Dias
SABE | Inteligência em Ações da Bolsa



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