Blog
E se a Reforma da Previdência não sair?
18/02/2019“Se eu tivesse que fazer uma única mudança seria a reforma da Previdência, porque o déficit sobe de R$ 50 bilhões para R$ 80 bilhões num ano, para R$ 130 bilhões no outro, é uma bola de neve que vai explodir o Brasil inteiro”
Paulo Guedes – Ministro da Economia
Sem a aprovação da reforma e com uma dívida pública bruta na faixa dos 75% do PIB, a consequência mais imediata no país é o aumento da desconfiança dos investidores estrangeiros e a retirada em massa de seu capital aplicado. Com isso, torna-se inevitável uma iminente alta do dólar diante do real. Se a reforma da Previdência não
sair do papel, a incredulidade dos grandes investidores forçará o governo a
aumentar os juros para permanecer se financiando. A combinação entre altas
taxas de juros e depreciação cambial desemboca em efeitos tempestuosos que o
brasileiro já conhece bem: descontrole inflacionário e degradação da atividade
econômica. (Fonte:
Focalise). O Governo Federal está
fazendo os últimos ajustes na proposta de reforma da Previdência que vai ser
encaminhada ao Congresso. A proposta da reforma prevê três opções para se
aposentar durante um período de transição que pode chegar a 14 anos. O
trabalhador poderá escolher a modalidade mais vantajosa. O governo deve
encaminhar a proposta ao Congresso na quarta-feira (20/fev) e até lá o texto
ainda pode sofrer alterações. Na ótica dos investimentos,
os impactos da não aprovação da reforma são vários: - aumenta do custo dos insumos
e dos bens de capital de muitas empresas, prejudicando seus resultados e
depreciando o preço de suas ações, por conta da valorização do dólar; - aumento do endividamento das
empresas que têm dívidas em moeda estrangeira, sobretudo em companhias do setor
industrial e do varejo; - queda no preço dos ativos em
virtude da fuga de capital da Bolsa de Valores por ceticismo na economia
nacional, favorecendo o desempenho dos fundos cambiais, que costumam se beneficiar
do dólar alto; - aumento da taxa de juros favorecendo
quem investe em renda fixa pós-fixada, uma vez que muitos ativos dessa
categoria (como CDB, Tesouro Direto e LCI/LCA) são atrelados à Selic; - aumento de custos para
captação de recursos para quem precisa de crédito, com bancos tornando-se mais
seletivos na concessão de crédito. Para muitos economista e
analistas, a reforma vem para salvar a infraestrutura e as políticas públicas
brasileiras. Devemos fazer pensamento positivo para que até o fim do 1º semestre
tenhamos a Reforma da Previdência aprovada. Desempenho do Ibovespa A volatilidade continua por conta das incertezas tanto no cenário interno (aprovação das reformas, alinhamento político do novo governo, etc) quanto no exterior (guerra comercial EUA – China, principalmente). Em 2019 o Ibovespa valorizou 10,77%, mais de 2 pontos acima da variação da
semana anterior, caracterizando a forte volatilidade no ano, principalmente por
conta da expectativa da aprovação tão necessária da Reforma da Previdência. Nos últimos
21 pregões o Ibovespa subiu 3,66%, aumento de quase 1,5 pontos percentuais em
relação à última semana, ainda com tendência
de alta, como mostrado no gráfico abaixo. A forte volatilidade fez com que o índice
fechasse a semana encerrada em 15/fev com 97.525 pontos, tendo variação positiva
de 2,57% nesse breve período, quase 5 pontos acima da variação da semana
anterior. A tendência primária do Ibovespa também é de alta. Em todos os intervalos
de tempo observados na tabela a seguir, o Ibovespa superou a renda fixa,
sinalizando um novo cenário para os investimentos em nosso país. Veja a seguir o desempenho da bolsa brasileira, medido pelo Ibovespa em
pontos, em diferentes intervalos de tempo.
Confirmando a expectativa do mercado, com a SELIC baixa no patamar de 6,5% ao ano, os investidores terão que buscar alternativas com maior risco, caso queiram obter retornos melhores. Para proteger o patrimônio, a renda fixa continua sendo uma boa alternativa, mas para ganhar dinheiro de verdade as ações são a melhor opção.
Como lembra o economista Lionel Robbins, “expectativas equivocadas estimulam investimentos inapropriados”. Dentre as alternativas de aplicações com maior risco, as Ações de companhias com qualidade de gestão e desempenho consistente no longo prazo, as chamadas “SABE Campeãs”, trazem excelentes oportunidades de investimentos. Quem não quiser gerenciar risco vai ter que se contentar com 0,50% de retorno real ao mês! A mudança do paradigma Renda Fixa X Renda Variável, na nossa opinião, é uma questão de tempo...
O conjunto de estatísticas mostrado ajuda o leitor a perceber os movimentos cíclicos da bolsa brasileira, em especial sobre os que têm (e os que não têm) fundamento técnico. Confira a evolução do “termômetro da bolsa” no gráfico abaixo e perceba agora a semelhança entre as tendências de alta e as volatilidades do Ibovespa no longo prazo (quase cinco anos) e nos últimos 21 pregões:Veja agora o que o SABE Alerta da semana passada publicou sobre o Desempenho das Carteiras SABE Invest, tendo como base de referência o mês de Jan/2019, e sobre o desafio da Cielo no mercado de meios eletrônicos de pagamentos.
A SABE não pretende nem se dispõe a ensinar/instruir como investir no mercado de ações nem, muito menos, quais e quando comprar/vender ações: para isso recomendamos consultar a sua Corretora. SABE é o suporte imprescindível para quem já atua neste mercado ou já tomou a decisão de nele participar.
O SABE Alerta é apenas a “ponta de um iceberg” quando comparado ao acervo de informações que o Big Data SABE tem à disposição de investidores e gestores de investimentos em ações: são 120.000 demonstrações financeiras padronizadas de TODAS as companhias abertas desde 1994 e os preços de suas ações ajustadas dos últimos cinco anos.
Conheça o SABE Intelligence, a maneira revolucionária de selecionar empresas de desempenho destacado com a inteligência artificial e tomar decisões de investimentos em ações com maior probabilidade de acerto.
Luiz Guilherme Dias
SABE | Inteligência em Ações da Bolsa