Desafios para o Brasil manter a rota de crescimento

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Desafios para o Brasil manter a rota de crescimento

15/01/2020

O cenário econômico foi marcado pela melhora das percepções em relação ao Brasil, em um contexto de redução dos riscos prospectivos ao cenário global e aprovação da reforma da Previdência. O CDS atingiu as mínimas históricas, compatível com o período em que o país era grau de investimento. Esse quadro tende a se manter com avanços adicionais na agenda estrutural, gerando impactos positivos em termos de condições financeiras. Sob esse contexto, o mercado está mais otimista.

Boletim do DEPEC-Bradesco revisou para cima a maioria dos indicadores, com expectativa de maior crescimento, inflação e câmbio equilibrados e redução adicional de juros. Em relação à atividade econômica,  a estimativa para crescimento do PIB deste ano, subiu de 1% para 1,2%. Essa ligeira mudança é reflexo dos dados correntes, que mostram uma recuperação lenta, mas consistente da atividade econômica.

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Para 2020, a projeção de crescimento passou de 1,9% para 2,2%. Essa revisão é compatível com a melhora adicional que a esperada para as condições financeiras domésticas. Adicionalmente, também há perspectivas de melhora do balanço de riscos prospectivos no cenário global.

Apesar da melhora dos indicadores de atividade na margem, a ociosidade da economia permanece elevada, o desemprego se mantém elevado e a recuperação da economia não deve gerar pressões inflacionárias nos próximos trimestres. O IPCA de 2019 foi ajustado de 3,1% para 3,2% e o de 2020 de 3,7% para 3,6%.

Assim, o quadro de inflação baixa e expectativas ancoradas tende a prevalecer, levando o BC a fazer um ajuste adicional de 25 b.p. em fevereiro, levando a Selic para 4,25%, patamar que deve se manter ao longo de todo o ano.

O desafio daqui para frente não é mais crescimento sem inflação, mas sim crescimento com menos desigualdade social, o que vale para o Brasil e para muitos outros países.


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