Brasil está devagar, quase parando

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Brasil está devagar, quase parando

20/05/2019

“Sabemos que o investimento público está deprimido por causa da exigência de ajuste fiscal. Já o investimento privado está limitado por causa da incerteza. Então nossa esperança é que, quando a incerteza for embora, o investimento privado vai voltar a crescer”

Antonio Spilimbergo, diretor assistente para o hemisfério Ocidental do FMI

O longo caminho de retomada da economia brasileira

"Olhando o período depois da recessão, que é de lenta recuperação, o componente ausente é o investimento, tanto privado quanto público", diz Spilimbergo. O economista lembra que antes da recessão a taxa de investimento estava se aproximando de 20% no país e hoje patina pelos 15%.

A principal incerteza tem cunho político e diz respeito à reforma da Previdência, considerada o pivô da consolidação fiscal de um país cujas contas públicas estão em estado delicado. Spilimbergo define o projeto apresentado pelo governo como "corajoso e muito forte", mas prefere não comentar seus efeitos sobre o Orçamento antes que ele passe pelas transformações que deverá sofrer no Congresso. "Como não sabemos qual vai ser a extensão da reforma, que é muito importante para dar estabilidade e credibilidade ao país, a atitude que está predominando é a do ’vamos esperar para ver’." (Fonte: Valor – Eu & Fim de Semana). Leia mais...


Dólar supera R$ 4,10 e fecha no maior valor em oito meses

A semana que passou foi marcada por tensões de toda natureza, tanto internas quanto no cenário externo. O dólar comercial encerrou a sexta-feira (17/mai/2019) vendido a R$ 4,102, com alta de R$ 0,065 (+1,62%). A divisa está no maior valor desde 19/set/2018 (R$ 4,124).

Do lado interno, tivemos a revisão para baixo do crescimento da economia brasileira. Na quarta-feira (15), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que funciona como uma prévia do PIB, encolheu 0,68% no 1º trimestre de 2019 contra o último trimestre de 2018.

No cenário externo, a tensão comercial entre Estados Unidos e China dominou as preocupações. Os dois países atravessam uma escalada de tensões comerciais, após os Estados Unidos terem sobretaxado produtos chineses em US$ 200 bilhões na última semana. Na segunda-feira (13), o país asiático informou que aplicarão tarifas sobre US$ 60 bilhões em mercadorias norte-americanas a partir de junho. (Fonte: Isto É Dinheiro). Leia mais...

Desempenho do Ibovespa

Em 2019, até 17/mai, o Ibovespa variou 6,29%, queda de 0,82 pontos em relação à variação da semana anterior, ficando abaixo de uma renda fixa bem remunerada.

Nos últimos 21 pregões o Ibovespa cedeu 4,60 %, com redução de 2,49 pontos percentuais em relação à última semana, ficando agora com tendência de baixa. O índice fechou a semana encerrada em 17/mai com 89.992 pontos, rompendo a barreira dos 90.000 pontos, tendo variação negativa de 4,52 % nesse breve período, com 2,70 pontos abaixo da variação da semana anterior.

A incerteza sobre o futuro do país tem mantido o Ibovespa com variações minúsculas em relação ao pregão do dia anterior, favorecendo exclusivamente aos apostadores de curto prazo. Na 2ª feira caiu 2,69%, na 3ª subiu 0,40%, na 4ª caiu 0,51%, na 5ª teve queda de 1,75% e finalmente na 6ª feira cedeu 0,04%, fechando a 89.992 pontos.

A tendência primária (longo prazo) do Ibovespa continua de alta. O mercado continua na expectativa da retomada da economia, mas enquanto as reformas não avançarem o comportamento da nossa bolsa continuará refletindo as especulações de curto. Em outra newsletter comentaremos sobre os desempenhos dos balanços do 1º trimestre.

Veja a seguir o desempenho da bolsa brasileira, medido pelo Ibovespa em pontos, em diferentes intervalos de tempo.


Com a manutenção da SELIC baixa no patamar de 6,5% ao ano ou em menor nível, como esperado pelo mercado, os investidores terão que buscar alternativas com maior risco, caso queiram obter retornos melhores. Para proteger o patrimônio, a renda fixa continua sendo uma boa alternativa, mas para ganhar dinheiro “de verdade” as ações são a melhor opção.

Dentre as alternativas de aplicações com maior risco, as Ações de companhias com qualidade de gestão e desempenho consistente no longo prazo, as chamadas “SABE Campeãs”, trazem excelentes oportunidades de investimentos. Quem não quiser gerenciar risco vai ter que se contentar com algo tipo 0,50% de retorno real ao mês! A mudança do paradigma Renda Fixa X Renda Variável, na nossa opinião, é uma questão de tempo...

O conjunto de estatísticas mostrado ajuda o leitor a perceber os movimentos cíclicos da bolsa brasileira, em especial sobre os que têm (e os que não têm) fundamento técnico. Confira a evolução do “termômetro da bolsa” no gráfico abaixo e perceba as diferenças entre as tendências (linha pontilhada em amarelo) e as volatilidades do Ibovespa no longo prazo (quase cinco anos) e nos últimos 21 pregões:


Veja a seguir o que o SABE Alerta da semana passada publicou sobre o Setor de Siderurgia e Metalurgia, com dados financeiros dos balanços de 2018.

Siderurgia só decola com a aprovação das reformas


A SABE não pretende nem se dispõe a ensinar/instruir como investir no mercado de ações nem, muito menos, quais e quando comprar/vender ações: para isso recomendamos consultar a sua Corretora. SABE é o suporte imprescindível para quem já atua neste mercado ou já tomou a decisão de nele participar.

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O SABE Alerta é apenas a “ponta de um iceberg” quando comparado ao acervo de informações que o Big Data SABE tem à disposição de investidores e gestores de investimentos em ações: são 120.000 demonstrações financeiras padronizadas de TODAS as companhias abertas desde 1994 e os preços de suas ações ajustadas dos últimos cinco anos.

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Luiz Guilherme Dias
SABE | Inteligência em Ações da Bolsa

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