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B3: uma bolsa de commodities
06/12/2021“Quando os mercados estão calmos,
as condições para fazer transações são, em grande medida boas. Mas, quando a
calma se rompe, muitos fundos de investimentos são obrigados por gerentes de
risco nervosos ou de forma automática, por regras algorítmicas, a vender. A formação
de mercado é hoje uma prática virtualmente exclusiva dos fundos de transações
de alta frequência. Quando a volatilidade cresce, esses fundos se protegem ao
ampliar rapidamente os preços pelos quais vão atuar e ao reduzir a magnitude
das ordens que estão dispostos a cumprir”.
Do relatório “Por que a fragilidade é a nova realidade das bolsas de valores” – Wellington Group
B3: uma bolsa de commodities
Para Adauto Lima, economista-chefe da Western Asset, o mercado ficará as próximas semanas em compasso de espera, reagindo pontualmente às notícias positivas e negativas, monitorando internações e mortes. Se o problema for grave, voltaremos a ver impactos na dinâmica da economia, o que pode piorar o problema de inflação.
O Ibovespa fechou o pregão de 1º de dezembro com queda de 1,12% aos 100.774 pontos. As poucas altas do dia no índice ficaram por conta das commodities, menos relacionadas à economia local: Braskem PNA subiu 5,45%, Suzano ON ganhou 3,37% e Gerdau PN subiu 1,43%. Na outra ponta, Magazine Luiza despencou 11,79%, Méliuz ON tombou
11,37%, Locaweb ON perdeu 9,93% e Via ON recuou 8,29%. No setor aéreo,
possivelmente afetadas pela nova variante, Gol PN caiu 7,5%, Azul PN devolveu
6,5% e Embraer ON perdeu 4,39%.
Como consequência, o Ibovespa, registra, até o fechamento de novembro, o 2º pior desempenho no mundo em 2021 com queda de 14,4%, atrás apenas da bolsa da Venezuela que despencou 99,5%, segundo ranking da agência classificação de risco Austin Rating. Uma pergunta que fica no ar: “E se não fossem as commodities, como nossa bolsa estaria?”
O momento atual da COVID-19
Novo levantamento da situação da pandemia de coronavírus no Brasil divulgado pelo consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das Secretarias Estaduais de Saúde, consolidados às 20h de sábado (4 de dezembro). Fonte: G1. Saiba mais...
Notícias relevantes
No link abaixo você pode acessar uma compilação de notícias consideradas relevantes por nosso time, visando auxiliar o nosso estimado leitor a compreender o recorrente “quebra-cabeças” do mercado de capitais brasileiro.
Segue o link para download do Relatório “A Bolsa na semana”: https://bit.ly/3IjS7jj
Desempenho
do Ibovespa
O Ibovespa encerrou a última semana no dia 3 de dezembro registrando 105.070 pontos, equivalente a menos 17.315 pontos (menos 14,1% em moeda local) abaixo da marca recorde de 122.385 pontos registrada no fechamento do pregão de 7/01/2021. O principal índice da B3 terminou 2020 com alta de 2,9%, tendo entre os índices acionários de países emergentes comparáveis o pior desempenho em dólar, representando queda de 20,18%. Neste ano de 2021 o Ibovespa está caindo 11,7%.
A tendência primária (longo prazo) do Ibovespa continua em alta, mesmo com a elevada volatilidade e incerteza do momento, tanto no plano econômico quanto no cenário político, agora agravado pelo surgimento da variante ômicron do Covid. No curtíssimo prazo (últimos 21 pregões) a tendência do principal índice da bolsa se mantém em queda.
Veja a seguir o desempenho da bolsa brasileira, medido em pontos, pelo Ibovespa e pelos índices das carteiras B3 de Dividendos (IDIV), Small Caps (SMLL) e Sustentabilidade (ISE), em diferentes intervalos de tempo. Observe que, mesmo com a queda provocada pela onda de incerteza com a Covid-19, no longo prazo, a variação dos quatro índices, à exceção do ISE, supera DE LONGE a renda fixa, com variação positiva de mais de 74%. Com a Selic a 7,75% aa, a renda fixa volta ao radar dos investidores, mas a renda variável ainda continua sendo a protagonista do mercado, como prevíamos há mais de três anos neste blog.
Perceba, estimado leitor, que o índice que teve o melhor desempenho no longo prazo foi o SMLL, com alta de 117%. Perceba também que o IDIV é o que tem o melhor desempenho em 2021, com queda de 4,8%.
O conjunto de estatísticas mostrado ajuda o leitor a perceber os movimentos cíclicos da bolsa brasileira, em especial sobre os que têm (e os que não têm) fundamento técnico.
Confira a evolução do “termômetro da bolsa” no gráfico abaixo e perceba as tendências (linha pontilhada em amarelo) e as volatilidades do Ibovespa no longo prazo (cinco anos) e no curtíssimo prazo (últimos 21 pregões):
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A SABE não pretende nem se dispõe a ensinar/instruir como investir no mercado de ações nem, muito menos, quais e quando comprar/vender ações: para isso recomendamos consultar a sua Corretora. SABE é o suporte imprescindível para quem já atua neste mercado ou já tomou a decisão de nele participar.
O SABE Alerta é apenas a “ponta de um iceberg” quando comparado ao acervo de informações que o Big Data SABE tem à disposição de investidores e gestores de investimentos em ações: são mais de 160.000 demonstrações financeiras padronizadas de TODAS as companhias abertas desde 1994. Além disso, produzimos uma verdadeira “enciclopédia” sobre as companhias listadas na B3 com mais de 490 newsletters publicadas, entre blogs e alertas ao mercado.
Luiz Guilherme Dias
SABE | Inteligência em Ações da Bolsa
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