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Agarrem-se aos seus ativos!

23/03/2020

“A maior parte das pessoas não se dá conta que há tanto dinheiro a ser feito no naufrágio de uma civilização quanto na reconstrução de uma outra”

Rhett Butler – personagem de ...E o vento levou, filme premiado.

Chamou nossa atenção uma matéria publicada na Infomoney de 18 de março intitulada “Agarrem-se aos seus ativos” onde Guilherme Affonso Ferreira, CEO da Teorema Capital, faz a seguinte advertência:

“Dirijo-me aos que permanecem investidos em ações, que acredito serem a imensa maioria dos que entraram no mercado nos últimos 18 meses. Repito uma frase que ouvi ontem de um colega investidor, que reputo ser uma das cabeças privilegiadas do mercado: “Agarrem-se aos seus ativos porque o barco vai chacoalhar, e muito”.

Segundo Ferreira, “o problema dessa vez é que existe a perspectiva de que o Estado comece a comprar os ativos depreciados, como forma de sustentá-los. Como sabemos que nos períodos pós-crise (acredite, haverá um) e com excesso de liquidez haverá uma enorme demanda por ativos (contrário do que vimos no passado em que a inflação aconteceu nos produtos anulando a liquidez), esse é o fundamento da recomendação de “agarrem-se a seus ativos”. Óbvio, os que puderem comprem mais. No longo prazo é pule de dez! Leia mais...

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O momento atual

A frase "Só sei que nada sei", atribuída ao filósofo grego Sócrates, nunca esteve tão atual. Segundo as autoridades da área de Saúde, o Brasil está no início de uma subida muito íngreme com o número esperado de infectados pelo COVID-19. Além disso, temos pela frente cerca de três a quatro meses até que o surto paralise. Até lá só Deus sabe...

O corte na Selic em 0,50 ponto porcentual, para 3,75%, que antes era motivo de ganhos para as varejistas listadas na Bolsa, hoje aponta para um cenário de incertezas por conta da disseminação da doença. Vários segmentos serão afetados como o de shoppings e o comércio, em geral, que poderão ficar fechados por tempo indefinido. A conta vai chegar no 2º trimestre de 2020 com os resultados dos balanços das empresas. O Governo estima o crescimento do PIB em 2020 em 0,02%!

Camilo Cavalcanti da Infinity Asset acredita que “É natural que os investidores recém-iniciados na bolsa de valores se encontrem envolvidos por sentimentos negativos de angústia, frustração e pânico. Aliás, em períodos de queda aguda no mercado acionário, até mesmo investidores mais experientes têm essas sensações”. Para ele, se existe uma coisa que funciona exatamente da mesma maneira para investidores iniciantes e experientes, profissionais ou não, é o efeito da volatilidade nos preços dos ativos de risco. O que os diferencia, entretanto, é a reação de cada um. (Veja mais detalhes no clipping desta newsletter).

Balanços 2018 X 2019 (PRÉVIA)

Foram publicados até o momento 211 balanços individuais do exercício de 2019 de companhias listadas na B3, cerca de 62% do total, sendo 186 empresas (não financeiras) e 25 bancos. Em 2019 a soma dos lucros das 186 empresas não financeiras atingiu R$ 151 bilhões, queda próxima a 2% em relação a 2018. Por outro lado a soma dos lucros dos 25 bancos (R$92 bilhões) subiu, como de costume, quase 29% em relação a 2018.

Outras constatações podem ser extraídas dos números desta amostra de demonstrações financeiras individuais, comparando o crescimento dos resultados líquidos de 2018 contra 2019 até aqui, como mostra a planilha a seguir:


·  Das 186 empresas (não financeiras) da amostra, 30 tiveram prejuízo em 2019, num total acumulado de R$15,8 bilhões: A seguir as 10 maiores, em ordem alfabética: Azul, B2W Digital (*), Brazil Realt (*), Liq (*), Rossi Resid (*), Suzano Hold , Suzano, Tecnisa (*), Telebras (*) e Vale. (*) já vinham com prejuízo em 2018;

·  Ainda observando as empresas, 105 empresas tiveram aumento nominal de resultado líquido e 79 empresas tiveram queda nominal, de 2018 para 2019; o Grupo Natura e a Centauro não informaram resultado em 2018;

·  Pelo lado dos bancos, praticamente todos tiveram crescimento nominal de lucro, exceto Merc Financ e Merc Invest que tiveram queda. Banco Pine e Finansinos já tinham prejuízo em 2018 e mantiveram em 2019. A soma dos lucros (R$81 bilhões) dos 4 maiores (Itaú, Bradesco, BB e Santander) equivale a 88% do total dos resultados líquidos dos 25 bancos informados;

·  Olhando o desempenho das 186 companhias como um todo identificamos um crescimento nominal de 8% dos resultados líquidos, de 2018 para 2019. Eliminando Azul, Suzano, Vale, Petrobras e os 4 maiores bancos para atenuar distorções, notamos um aumento nominal do total dos resultados líquidos de 25% (+21% de empresas e + 89% de bancos), com os dados desta amostra.

Falta praticamente 1 semana para o fim do prazo de publicação dos novos balanços de 2019.

O Ibovespa na semana que passou

O Ibovespa encerrou a última semana no dia 20 de março registrando 67.069 pontos. O índice apresentou uma queda de 52.458 pontos (ou 43,89% em moeda local) em relação à máxima de 119.527 pontos observada em 23/01/2020.

O índice continuou oscilando como uma montanha-russa: 2ª feira -13,92%; 3ª feira +4,85%; 4ª feira – 10,35%; 5ª feira+2,15% e 6ª feira – 1,85%. Após queda de braço no petróleo, o ouro, um ativo de proteção, desde o dia 9 de março, caiu mais de 11% impactado por movimento vendedor: uma explicação é que muitos investidores estavam com posição deficitária, e foram obrigados a realizar a venda do metal para cobrir as perdas da carteira.

A tendência primária (longo prazo) do Ibovespa continua de alta, mesmo com a altíssima volatilidade do momento. Mas, no curtíssimo prazo (últimos 21 pregões) a tendência de queda se acentuou mais, refletindo principalmente a aversão ao risco com o surto do coronavírus e com o aumento das expectativas de incerteza dos investidores com o momento atual.

A seguir um clipping de notícias julgadas relevantes por nossa equipe, visando auxiliar o leitor a compreender o recorrente “quebra-cabeças” do mercado de capitais brasileiro. Na sequência mostramos a evolução do desempenho do Ibovespa em diferentes intervalos de tempo.

Desempenho do Ibovespa

Veja a seguir o desempenho da bolsa brasileira, medido pelo Ibovespa em pontos, em diferentes intervalos de tempo. Observe que, mesmo com a queda provocada pela onda de pânico com o coronavírus, somente no longo prazo a variação do índice continua superando a rentabilidade do CDI. Mas, para quem SABE, as ações ficaram baratas. Se você é conservador, sugiro que fique quieto, mas se for arrojado, sugiro que aproveite as “pechinchas” de qualidade.


Com a taxa SELIC agora em 3,75% ao ano, o retorno real em 1 ano da poupança é da ordem de 2,5% e da renda fixa a 100% do CDI é de cerca de 3,17%. Com o cenário para a inflação abaixo da meta, prevalece a perspectiva de que a SELIC será mantida em níveis baixos ainda por um longo período.

Portanto, a renda fixa deixa de ser uma boa alternativa para quem deseja aumentar o seu capital com retornos expressivos. Para proteger o patrimônio, a renda fixa continua sendo uma boa alternativa, mas para ganhar dinheiro “de verdade” as ações são (e sempre serão) a melhor opção de investimento a longo prazo.

Para a equipe responsável pela mesa de renda variável do BTG Pactual Digital, “a orientação, agora, é privilegiar papéis de empresas de melhor qualidade, líderes em seus setores e com boa posição de caixa, em contraposição àquelas mais dependentes da expansão do PIB, e que foram protagonistas em 2019. Na seleção indicada entram nomes como Bradesco, Itaú e B3, no setor financeiro; Vale e Suzano, ligadas a commodities; Localiza e Lojas Renner, mais relacionadas à atividade, além de companhias do setor elétrico, como Taesa e Transmissão Paulista, pelo chamariz dos dividendos”. À exceção da Vale por conta de seu passivo ambiental e social, TODAS as companhias citadas fazem parte das Carteiras SABE. Leia mais ...

Dentre as alternativas de aplicações com maior risco, as Ações de companhias com qualidade de gestão e desempenho consistente no longo prazo, as chamadas “SABE Campeãs”, trazem excelentes oportunidades de investimentos. A mudança do paradigma Renda Fixa X Renda Variável, já se faz sentir há mais de dois anos!

O conjunto de estatísticas mostrado ajuda o leitor a perceber os movimentos cíclicos da bolsa brasileira, em especial sobre os que têm (e os que não têm) fundamento técnico. Confira a evolução do “termômetro da bolsa” no gráfico abaixo e perceba as diferenças entre as tendências (linha pontilhada em amarelo) e as volatilidades do Ibovespa no longo prazo (cinco anos) e no curtíssimo prazo (últimos 21 pregões):


A SABE não pretende nem se dispõe a ensinar/instruir como investir no mercado de ações nem, muito menos, quais e quando comprar/vender ações: para isso recomendamos consultar a sua Corretora. SABE é o suporte imprescindível para quem já atua neste mercado ou já tomou a decisão de nele participar.

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O SABE Alerta é apenas a “ponta de um iceberg” quando comparado ao acervo de informações que o Big Data SABE tem à disposição de investidores e gestores de investimentos em ações: são 140.000 demonstrações financeiras padronizadas de TODAS as companhias abertas desde 1994 e os preços de suas ações ajustadas dos últimos cinco anos.

Conheça o SABE Intelligence, a maneira revolucionária de selecionar empresas de desempenho destacado com a inteligência artificial e tomar decisões de investimentos em ações com maior probabilidade de acerto.

Luiz Guilherme Dias
SABE | Inteligência em Ações da Bolsa



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