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A voz e a vez do acionista minoritário
24/08/2020“A OCDE e o Banco Mundial já
reconheceram que, nas regiões em que há maior proteção ao minoritário, é onde
ocorre o maior desenvolvimento do mercado de capitais”
Fabio Coelho – Presidente da AMEC
A voz e a vez dos minoritários
No dia 11 de agosto, quando se tornou pública a proposta de compra da Linx pela Stone, tinha início o mais novo capítulo da longa lista de disputas entre acionistas minoritários e grupo controlador no mercado local.
Em momentos, como o que vivemos hoje, nos quais o mercado está aquecido, com ofertas de ações e operações de fusão e aquisição (M&A) em abundância, alertou o presidente da AMEC, Fabio Coelho, é justamente quando também tendem a aumentar os conflitos de interesse.
“A falta de governança pode prejudicar o mercado de capitais brasileiro? Certamente que sim, mas seria mais adequada a interpretação de que algumas práticas no Brasil ainda estão amadurecendo”, disse Coelho, em referência ao maior ativismo que entende que, aos poucos, vem sendo observado entre os investidores locais.
A CVM, no dia 22 de junho de 2020, editou a Instrução nº 627. A nova norma, veio para facilitar o acesso dos minoritários às informações, e mesmo aos diretores das companhias com ações na Bolsa. Ela reduziu o percentual mínimo necessário de ações que o investidor precisa ter para convocar uma assembleia ou requerer esclarecimentos ao conselho fiscal da investida. Fonte: Infomoney. Leia mais...
O momento atual da COVID-19
O Brasil registrou 3.583.308 casos e 114.287 mortes por coronavírus até as 8h de domingo (23 de agosto), segundo o consórcio de veículos de imprensa.
Às 20h de sábado (22) o consórcio divulgou um novo balanço consolidado. Até então, o país registrava 114.277 mortes, 823 delas confirmadas nas últimas 24 horas. Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias, no sábado, foi de 997 óbitos, e não houve variação em relação aos dados registrados em 14 dias.
Em casos confirmados, até as 20h de sábado (22), eram 3.582.698, 46.210 desses confirmados no último dia. A média móvel de casos até então era de 37.838 por dia, uma variação de -12% em relação aos casos registrados em 14 dias. Fonte: G1. Leia mais...
Notícias relevantes
A seguir um clipping de notícias consideradas relevantes por nossa equipe, visando auxiliar o leitor a compreender o recorrente “quebra-cabeças” do mercado de capitais brasileiro.
Desempenho do Ibovespa
O Ibovespa encerrou a última semana no dia 21 de agosto registrando 101.521 pontos, apresentando uma queda de 18.006 pontos (ou 15,1% em moeda local) em relação à máxima de 119.527 pontos observada em 23/jan/2020.Na ano o Ibovespa está caindo 12,2%. Com a expectativa negativa dos números dos balanços do 2º trimestre, se o índice fechar 2020 com 115 mil pontos, como muitos “apostam”, a variação em relação à 2019 (quando o índice teve alta de 32%) será ZERO!! Em outras, se isso ocorrer o ano de 2020 não terá acontecido para a Bolsa.
A tendência primária (longo prazo) do Ibovespa continua em alta, mesmo com a elevada volatilidade e incerteza do momento, tanto no plano econômico quanto no cenário político. Entretanto, no curtíssimo prazo (últimos 21 pregões) a tendência se reverteu para queda.
Veja a seguir o desempenho da bolsa brasileira, medido em pontos, pelo Ibovespa e pelos índices das carteiras B3 de Dividendos (IDIV), Small Caps (SMLL) e Sustentabilidade (ISE), em diferentes intervalos de tempo. Observe que, mesmo com a queda provocada pela onda de incerteza com a Covid-19, no longo prazo, à exceção do ISE, a variação dos índices supera de longe a renda fixa. Agora, com a Selic em 2% aa, com tendência de manutenção, a renda variável se mantém como a protagonista do mercado, como prevíamos há mais de dois anos neste blog.
Observe, estimado leitor, que dos 4 índices da tabela abaixo o que apresenta a maior variação no longo, no médio e no curto prazo é o SMLL, seguindo a tendência de 2019 quando cresceu 53%. Por outro lado, o índice que teve a menor queda em 2020 até aqui foi o ISE. Perceba também que em 2020 os quatro índices estão no “vermelho”.
O conjunto de estatísticas mostrado ajuda o leitor a perceber os movimentos cíclicos da bolsa brasileira, em especial sobre os que têm (e os que não têm) fundamento técnico.
Confira a evolução do “termômetro da bolsa” no gráfico abaixo e perceba as tendências (linha pontilhada em amarelo) e as volatilidades do Ibovespa no longo prazo (cinco anos) e no curtíssimo prazo (últimos 21 pregões):
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A SABE não pretende nem se dispõe a ensinar/instruir como investir no mercado de ações nem, muito menos, quais e quando comprar/vender ações: para isso recomendamos consultar a sua Corretora. SABE é o suporte imprescindível para quem já atua neste mercado ou já tomou a decisão de nele participar.
O SABE Alerta é apenas a “ponta de um iceberg” quando comparado ao acervo de informações que o Big Data SABE tem à disposição de investidores e gestores de investimentos em ações: são mais de 150.000 demonstrações financeiras padronizadas de TODAS as companhias abertas desde 1994. Além disso, produzimos uma verdadeira “enciclopédia” sobre as companhias listadas na B3 com mais de 440 newsletters publicadas, entre blogs e alertas ao mercado.
Luiz Guilherme
Dias
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