Telecomunicações: Prejuízo da Oi corrói o lucro do setor no 1º Trim 2020!

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Telecomunicações: Prejuízo da Oi corrói o lucro do setor no 1º Trim 2020!

22/07/2020

APRESENTAÇÃO

Os números que serão aqui apresentados foram gerados tendo como base as demonstrações financeiras das companhias abertas do Setor de Telecomunicações listadas na B3, com o objetivo de medir o desempenho do setor no 1º Trimestre de 2020 em comparação com o mesmo período de 2019.

A análise focaliza quatro indicadores: Receitas Líquidas, Resultados Líquidos, Grau de Alavancagem (Dívida Líquida/EBITDA) e ROE (Retorno do Acionista) olhando as 5 companhias do Setor que fazem parte do Banco de Dados SABE©. Todas as empresas deste setor publicaram seus balanços do 1º trimestre de 2020.

SETOR COMO UM TODO (1º Trim 2019 X 1º Trim 2020)

As receitas líquidas tiveram queda nominal de 3% e os resultados líquidos (lucros/prejuízos) “derreteram”, saindo de um lucro de R$ 2,1 bilhões para um prejuízo de quase R$ 5 bilhões, influenciado pela Oi que teve perdas de R$ 6,2 bilhões no 1º Trim 2020. Excluindo a Oi do cálculo, o lucro do setor teria subido 15%. A alavancagem financeira, medida pela relação dívida líquida/EBITDA, subiu 17%, mas ficando ainda em nível pouco acima de 3 vezes, patamar de alerta. Por fim, o retorno do acionista (ROE) ficou deteriorado por conta do elevado prejuízo da OI, cedendo quase 26 pontos percentuais!!!

No 1º Trim 2020 o maior lucro foi da Telefônica Brasil (R$ 1,15 bilhões) seguido da Tim (R$ 162 milhões). O maior grau de endividamento anualizado foi da Oi com alavancagem anualizada de 7,4 vezes e o menor foi da Telefônica Brasil com 1,8 vezes. Algar Telecom proporcionou o maior retorno (ROE) anualizado ao acionista no último trimestre com 13,1%.

A planilha abaixo ilustra a evolução dos indicadores do total das 5 Empresas do Setor, do 1º Trim 2019 para o 1º Trim 2020.


OFERTA DE AQUISIÇÃO DA OI

A oferta conjunta das empresas Claro, Tim e Vivo pela operação móvel da Oi, avaliada entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões, fez as ações das companhias se valorizaram no pregão de 20 de julho. Os papéis da Oi, que está em recuperação judicial, fecharam com alta de 9% na B3, enquanto que os da Tim e da Vivo subiram em torno dos 6%, refletindo a habitual especulação de curto prazo que ocorre na bolsa brasileira. Essa não é a única oferta pela Oi. A Algar corre por fora para ampliar sua participação no mercado de telefonia móvel, o que pode ter motivado o bote em conjunto de Claro, Tim e Vivo, segundo os especialistas. Fonte: Correio Braziliense.

CONCLUSÃO

No fim de 2019 o Setor de Telecom vinha bem sendo representado por Telefônica Brasil (Vivo) e Tim apresentando lucros de R$ 5 bilhões e R$ 3,6 bilhões, respectivamente. Por outro lado a Oi amargava prejuízo de mais de R$ 9 bilhões, jogando o resultado do setor para baixo. No mesmo ano o grau de endividamento do setor era de 3,2 vezes, enquanto que o da Oi superava 13 vezes!!!. O retorno do acionista (ROE) de 31% em 2018 ficou negativo no ano seguinte com queda de 32 pps, devido ao grande rombo da Oi.


No 1º trimestre de 2020 o desempenho do setor continuou ruim prejudicado de novo pela Oi. A boa notícia foi a manutenção do nível de endividamento do setor no patamar de 3 vezes, dado que o ROE ficou deteriorado por conta do elevado prejuízo da Oi.Como dissemos há tempos neste blog, uma saída para a crise de insolvência da Oi seria o seu “fatiamento”, agora comprovado pelo “bote” em conjunto de Claro, Tim e Vivo.

O destaque no 1º Trim deste ano ficou com a Telefônica Brasil, dona da Vivo por ter apresentado a melhor combinação de indicadores de desempenho junto com o menor grau de alavancagem financeira de 1,8x e retorno do acionista de 6,5%.

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O SABE Alerta é apenas a “ponta de um iceberg” quando comparado ao acervo de informações que o Big Data SABE tem à disposição de investidores e gestores de investimentos em ações: são 140.000 demonstrações financeiras padronizadas de TODAS as companhias abertas desde 1994 e os preços ajustados de suas ações dos últimos cinco anos.

Luiz Guilherme Dias
SABE | Inteligência em Ações da Bolsa


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