Telecomunicações – Acesso a serviços de telecomunicações diminui!

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Telecomunicações – Acesso a serviços de telecomunicações diminui!

29/06/2018

Matéria da “Isto É” mostra que o Brasil fechou o ano de 2017 com 324 milhões de acessos a serviços de telecomunicações, volume 2,3% inferior ao registrado em 2016. A queda, que vem sendo experimentada desde 2014, ano de crise econômica no país, não deve ser revertida em curto prazo. A ANATEL projeta que, até 2021, os serviços de telefonia fixa, móvel e de TV por assinatura seguirão em queda. O único serviço que registrou crescimento e que deve ser ampliado é o de banda larga fixa.

No caso da telefonia fixa, a base de assinantes em 2017 era 40,9 milhões, o que significa uma redução de 2,7% em relação ao ano anterior. “A queda só não tem sido mais significativa devido à inclusão da telefonia fixa em pacotes com outros serviços, como banda larga, telefonia móvel e TV por assinatura”, diz a agência. Ainda assim, estes dois últimos serviços também sofreram queda. O Brasil encerrou o ano com 236,5 milhões de acessos à telefonia móvel, redução de 3,1%. No mercado de TV paga, a base de assinantes fechou o ano com 18 milhões, uma diferença de 4,5% em relação a 2016.

Já a banda larga registrou crescimento de 7,2%. Os brasileiros contavam em 2017 com 217,5 milhões de acessos à banda larga, sendo 188,9 milhões móveis e 28,6 milhões de acessos fixos. Isto significa que 42% dos domicílios estavam acessando banda larga fixa no fim de 2017. Até 2021, a expectativa da ANATEL é que a quantidade de acessos à banda larga fixa deve alcançar 37,6 milhões, volume 31,1% superior ao registrado em 2017. (Fonte: Isto É)

Na bolsa de valores brasileira o Setor de telecomunicações é composto por seis companhias abertas. De acordo com os números dos balanços de 1T2018, somente a Liq deu prejuízo. O setor como um todo apresentou um lucro acumulado no 1T2017 de R$ 883 milhões contra um lucro acumulado no 1T2018 de R$ 31,9 bilhões, com crescimento fortemente influenciado pela Oi que trouxe um ganho extraordinário de R$ 30,5 bilhões.

Três companhias concentram 95% das receitas: Telef Brasil (Vivo) com 50%, Oi com 26% e Tim com 19%. O total das receitas no 1T2017 foi de R$ 21,8 bilhões contra R$ 21,6 bilhões no 1T2018, representando leve redução nominal.

De modo geral, o desempenho como um todo das companhias abertas do Setor de Telecom foi modesto: receitas estáveis, EBITDA com aumento discreto de menos de 5% e lucros apresentaram crescimento extraordinário por forte influência da Oi. A alavancagem financeira medida pela relação anualizada dívida/EBITDA caiu 31%, por forte influência da redução de R$ 30 bilhões da dívida da Oi, atingindo o elevado nível de 2,7x no 1T2018. O ROE (retorno do acionista) anualizado subiu expressivos 103 pontos percentuais devido ao lucro extraordinário da Oi no 1T2018.

Comparação do Desempenho do 1T2018 X 1T2017

Liq e Oi tiveram queda de receitas, de 17% e 8%, respectivamente. Algar Telec teve maior aumento de vendas (+8%). Os aumentos expressivos de EBITDA foram de: Algar Telec (+24%) e Tim (+13%). Com relação às maiores variações de lucros, novamente pontuaram: Algar Telec (+69%) e Tim (+86%).

Olhando o nível da relação anualizada dívida/EBITDA, quatro companhias reduziram seu grau de endividamento, exceto a Atompar e Liq, que apresentaram EBITDA negativo nos dois trimestres analisados. Oi e Tim tiveram as maiores reduções de alavancagem: 41% e 19%, respectivamente. Por outro lado, Telef Brasil e Tim são as companhias que gozam do melhor nível de alavancagem: 1,8x e 1,9x. Por fim, o maior retorno do acionista anualizado (ROE) no 1T2018 foi de Algar Telec (18%).

Destaques Positivos e Negativos

Comparando os números dos balanços do 1T2018 versus 1T2017, o destaque positivo é atribuído à Tim pelo seu bom desempenho: crescimento da receita (+4%), da geração de caixa medida pelo EBITDA (+13%) e dos lucros (+86%). Além disso, a Tim teve redução da alavancagem financeira (-19%).

O destaque negativo é atribuído à Atompar, por conta exclusiva de seu passivo a descoberto nos dois trimestres, mesmo considerando a expressiva redução de seu PL negativo de R$ 8,3 milhões no 1T2017 para R$ 2,7 milhões no 1T2018.

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Luiz Guilherme Dias
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