Startups avançam com maquininhas!!!

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Startups avançam com maquininhas!!!

12/04/2018

Menos de uma década após o fim do duopólio das maquininhas de cartão, aceitar diversas bandeiras virou commodity, oferecida até por camelôs e impulsionada por uma enxurrada de startups que chegam para disputar com as gigantes ligadas aos bancos, como Cielo, Rede e GetNet. Enquanto o Banco Central se mexe para aumentar a concorrência, as entrantes batalham para conquistar o micro e pequeno empreendedor, apostando em diferenciais que vão muito além do cartão: softwares de automação comercial, como gestão de caixa e estoque, e modelos voltados para nichos. (Fonte: O Globo/Economia)

Confira a seguir os principais indicadores-chave (KPI SABE), dos últimos cinco anos, da CIELO, extraídos dos balanços consolidados do Big Data SABE:

O desempenho econômico-financeiro da CIELO parece refletir a ameaça da entrada das maquininhas, especialmente pelos números de 2017 comparados à 2016.

De 2013 a 2017 a companhia teve um crescimento expressivo tanto em termos patrimoniais quanto de resultados, medidos pela taxa CAGR: ativo total (+46%), patrimônio líquido (+36%), receitas (+11%), EBITDA (+8%) e lucro (+10% ao ano).

Por outro lado, de 2016 para 2017, a CIELO teve quedas em vários indicadores de desempenho: redução de 6% de receitas e de 5% na geração de caixa medida pelo EBITDA, embora o lucro tenha crescido quase 2%. O mais preocupante foi o aumento de mais de 4 vezes do endividamento líquido atingindo o patamar de R$67 bilhões, com a relação dívida/EBITDA alcançando 12,69x em 2017, quando em 2016 era de 2,71x.

O desempenho da ação CIELO ON (CIEL3) de Jun/2013 a 10/Abr/2018 teve bastante volatilidade: no longo prazo o papel se valorizou 38,03%, abaixo do Ibovespa (78,08%) e também da renda fixa. No médio e curto prazo, a ação perdeu valor, caindo 10,90% e 11,97%, respectivamente.

Reforçando a ameaça das maquininhas, no fim de Mar/2018 o BC retirou entraves à atuação das pequenas empresas, dispensando, por exemplo, companhias com giro anual de até R$ 500 milhões da exigência de autorização para operar. Foi o mais recente incentivo a uma indústria que, até 2010, funcionava como duopólio. Naquele ano, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) impôs o fim da exclusividade entre bandeiras Visa e Mastercard com Cielo e Rede, respectivamente. Há um ano, o Cade também derrubou a exclusividade sobre Hipercard, Amex e Elo.

Com esses movimentos, várias empresas passaram a explorar esse mercado. Existem pelo menos 14 start-ups financeiras (fintechs) dedicadas a soluções de pagamento com cartões, segundo o FintechLab. Mesmo assim, Cielo, Rede e GetNet ainda têm 95% do mercado. A PagSeguro, maior desafiante e que se consolidou vendendo suas máquinas em vez de alugá-las, detém apenas 3%, calcula o JP Morgan. Isso sugere que há espaço para maior competição, sobretudo num segmento que quer saltar de 32,6% para 52% do consumo das famílias em uma década. (Fonte: O Globo/Economia)

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Luiz Guilherme Dias
Equipe SABE Inteligência em Ações

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