Siderurgia só decola com a aprovação das reformas

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Siderurgia só decola com a aprovação das reformas

17/05/2019

Tanto na metalurgia quanto na siderurgia são produzidos metais, a diferença é o tipo de metal que cada uma produz. Uma metalúrgica produz vários tipos de metais em um âmbito mais amplo: alumínio, cobre, titânio e ferro, por exemplo. Já uma siderúrgica é como se fosse uma metalúrgica especializada, já que trabalha exclusivamente com a produção de aço e ferro.

A indústria siderúrgica vendeu 8,9% a mais em 2018 e prevê cenário ainda mais otimista para 2019. A expectativa é que as vendas possam atingir o patamar dos 30% de crescimento. O aumento do consumo de aço e a demanda por parte das empresas de autopeças, dos setores de implementos agrícolas, da indústria de reposição e de transformação, entre outros devem impulsionar o setor em 2019. Fonte: Brasil Mineral.

O Setor de Siderurgia e Metalurgia na B3

Doze companhias do setor estão listadas na B3. São elas, em ordem alfabética:

Aço Altona, Aliperti, Ferbasa, Forja Taurus, Gerdau, Gerdau Met, Mangels Industrial, Panatlantica, Paranapanema, Sid Nacional, Tekno e Usiminas.

O Grupo Gerdau junto com a Siderúrgica Nacional (CSN) responde por 84% das vendas do setor em 2018.

Desempenho Econômico-Financeiro das Companhias Abertas

O setor em bolsa apresentou em 2018 desempenho favorável, com resultados crescentes, endividamento reduzido e aumento de retorno para os acionistas. Confira a seguir a performance do setor com números extraídos do Big Data SABE:

As receitas líquidas do setor cresceram de R$ 110 bilhões para R$ 138 bilhões, alta de 25% de 2017 para 2018. À exceção da Aliperti, todas as empresas do setor tiveram crescimento de receita. Os maiores crescimentos foram de Aço Altona (47%), Paranapanema (36%) e Panatlantica (31%).

O total de resultados líquidos chegou a R$ 10,5 bilhões em 2018, alta bastante expressiva em relação ao ano anterior, influenciada pelo resultado extraordinário da CSN que alcançou R$ 5,2 bilhões em 2018. Note que em 2017 o setor em bolsa registrou prejuízo de R$ 488 milhões. Aliperti, Mangels Indl, Forja Taurus e Paranapanema deram prejuízo em 2018.

O resultado operacional do setor, medido pelo EBITDA, subiu expressivos 78% de 2017 para 2018, perfazendo um total de R$ 23 bilhões. Contribuíram para esse desempenho Gerdau, Gerdau Met e Sid Nacional, com variações na faixa de 86%.

O endividamento líquido do setor cresceu somente 2,05% em 2018 para R$ 94,9 bilhões. Entretanto, a alavancagem financeira medida pela relação Dívida/EBITDA caiu expressivos 42,59 % para 4,11 vezes, mas ainda acima do limite de alerta. Quatro companhias apresentaram em 2018 um grau de alavancagem extremamente alto, superior a 10 vezes, sinalizando perigo: Forja Taurus, Sid Nacional, Gerdau e Panatlantica.

Desempenho das Ações das Companhias Abertas na B3

O desempenho em bolsa das ações das companhias do setor de Siderurgia e Metalurgia, no longo prazo (aproximadamente 5 anos), foi fraco. Se considerássemos uma carteira formada com ações das companhias do setor, o desempenho ficaria sem ponderação abaixo do Ibovespa. Apenas Ferbasa, Mangels Indl, Panatlantica e Sid Nacional superaram o Ibovespa. Confira a seguir a performance das ações das companhias com as cotações ajustadas da APLIGRAF.

Cabe a observação que as empresas Aliperti, Tekno não possuem cotações informadas.

Comentários Finais

Segundo matéria publicada no Valor, o mercado mantém-se mais pessimista quanto a retomada do setor siderúrgico brasileiro. A expectativa de aumento no consumo aparente neste ano é menor que a feita pelas companhias. Isso porque, com o atraso da aprovação da reforma da Previdência, setores que demandam muito aço, como a construção civil, ainda não reagiram.

O consumo aparente de aço deve crescer entre 3,5% a 4% este ano. A estimativa está abaixo da expectativa no início do ano, que era de expansão de 4,5% no consumo aparente de aço. Setores importantes como o de construção civil e infraestrutura ainda não retomaram a atividade, por isso, o cenário para o segmento de aços longos deve ser mais desafiador.

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Luiz Guilherme Dias
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