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Siderurgia – Recuperação com redução da dívida!
09/01/2018O Setor de Siderurgia e Metalurgia é composto de onze companhias abertas com ações na bolsa. Segundo os números dos balanços dos nove primeiros meses de 2017, apenas cinco empresas deram lucros. Entretanto, o setor como um todo se recuperou: no mesmo período de 2016 somente três companhias deram lucro. O prejuízo acumulado nos 9M2016 foi de R$ 1,4 bilhões contra um lucro acumulado nos 9M2017 de R$ 2,3 bilhões.
Três
empresas detêm 85% das receitas: Gerdau Siderúrgica com 34%, Gerdau Metalúrgica
com 34% (portanto, Grupo Gerdau detém 68%) e Siderúrgica Nacional com 17%. O
total das receitas nos 9M2017 foi de R$ 79,7 bilhões contra R$ 82,5 bilhões nos
9M2016, representando uma queda nominal de 3,39%. O maior crescimento em vendas
nos 9M2017 contra igual período de 2016 ficou com a Usiminas, cujas receitas
subiram 20,89%.
O desempenho como um todo das companhias do Setor de Siderurgia e Metalurgia foi muito bom: embora tendo receitas com queda real de cerca de 6%, os lucros voltaram a aparecer, o EBITDA teve um expressivo aumento de 36% e alavancagem financeira medida pela relação anualizada dívida/EBITDA despencou quase 32%, atingindo o nível de 5,47x nos 9M2017. O ROE (retorno do acionista) acompanhou a recuperação do setor atingindo num cálculo anualizado pouco mais de 4% nos nove primeiros meses de 2017.
Dos 9M2017 para o mesmo período de 2016, as quedas expressivas de receitas foram de: Paranapanema (- 35%) e Fibam (- 20%), enquanto que os aumentos mais expressivos ficaram com: Usiminas (+ 21%), Panatlantica (+ 17%) e Aliperti (+ 14%). Com relação às variações de lucros nos mesmos períodos, Ferbasa, Gerdau Metalúrgica e Usiminas reverteram seus prejuízos em lucros nos 9M2017 e, particularmente, Gerdau Siderúrgica logrou um expressivo aumento de quase cinco vezes no seu resultado líquido, saindo de R$ 188 milhões nos 9M2016 para R$ 1,05 bilhões nos 9M2017.
Sobre o endividamento, observamos redução expressiva do grau de alavancagem financeira das grandes companhias do setor: Usiminas ( -76%), Gerdau Metalúrgica ( -32%), Gerdau Siderúrgica ( -29%), além de Sid Nacional ( -19%). Entretanto, o nível da relação anualizada dívida/EBITDA dessas quatro empresas continua muito elevado nos 9M2017, a saber: Usiminas (3,72x), Gerdau Metalúrgica (4,42x), Gerdau Siderúrgica (4,54x) e Sid Nacional (8,30x).
Pela comparação dos números dos balanços dos 9M2016 versus 9M2017, os destaques positivos são de Gerdau Siderúrgica e Usiminas pelo bom desempenho: crescimento expressivo dos lucros, da geração de caixa medida pelo EBITDA e pela forte redução da alavancagem financeira, o que permitiu significativa melhora da rentabilidade patrimonial. Neste quesito quem ostenta o melhor ROE anualizado é a Ferbasa: 18,42%, comparável à de um banco de grande porte.
O destaque negativo vai para Fibam, por conta de prejuízos recorrentes, geração negativa de caixa e passivo a descoberto nos dois períodos do estudo.
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Luiz Guilherme Dias
Equipe SABE Inteligência em Ações