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Siderurgia – Melhor desempenho com redução da dívida!
30/05/2018O crescimento da atividade econômica nacional é lento e ainda não suficiente para que a indústria brasileira do aço se recupere da pior crise de sua história. A previsão do Instituto Aço Brasil de vendas internas é de aumento de 1,2%, em 2017, tímido para compensar a queda acumulada de 32,2%, de 2013 a 2016. A produção deve aumentar 9,2% em relação a 2017, devido à entrada em operação da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), enquanto o consumo aparente de aço deve crescer 5,2% em 2017. Consumo este significativamente suprido pelas importações, cuja previsão de crescimento é de 33,5% este ano. (Fonte: Instituto Aço Brasil).
O Setor de Siderurgia e Metalurgia é composto por treze companhias abertas com ações na bolsa. Segundo os números dos balanços de 1T2018, cinco empresas deram prejuízos. Entretanto, o setor como um todo continuou se recuperando: o lucro acumulado no 1T2017 foi de R$ 1,8 bilhões contra um lucro acumulado no 1T2018 de R$ 2,5 bilhões, influenciado principalmente por Sid Nacional cujo lucro aumentou mais de 11 vezes, de R$ 118 milhões no 1T2017 para R$ 1,5 bilhões no 1T2018.
Três empresas detêm 83% das receitas: Gerdau Sid com 33%, Gerdau Met com 33% (portanto, Grupo Gerdau detém 67%) e Siderúrgica Nacional com 16%. O total das receitas no 1T2018 foi de R$ 31 bilhões contra R$ 25 bilhões no 1T2017, representando um aumento nominal de 23%. Dentre as companhias com marketshare de mais de 10%, o maior crescimento em vendas no 1T2018 contra igual período em 2017 ficou com a Usiminas, cujas receitas subiram 38%.
De modo geral, o desempenho como um todo das companhias abertas do Setor de Siderurgia e Metalurgia foi excelente: receitas cresceram 23%, lucros subiram 37%, EBITDA aumentou 24%. A alavancagem financeira medida pela relação anualizada dívida/EBITDA caiu 16%, atingindo o nível de 3,64x no 1T2018. O ROE (retorno do acionista) anualizado aumentou 3,8 pontos percentuais, alcançando 13,75% no 1T2018, influenciado por Sid Nacional que subiu 66 pontos percentuais!
· Comparação do Desempenho do 1T2018 X 1T2017
A queda expressiva de receitas foi de Fibam (-98%), enquanto que os aumentos mais expressivos de vendas ficaram com: Forja Taurus (+1993%), Aço Altona (+90%), Usiminas (+38%) e Paranapanema (+32%). Os aumentos expressivos de EBITDA foram de: Aço Altona (+211%), Sid Nacional (+156%), Panatlantica (+72%) e Mangels Indl (+49%). Com relação às maiores variações de lucros, temos: Sid Nacional (+1164%), Panatlantica (+125%) e Usiminas (+45%).
Quanto ao endividamento, observamos redução expressiva da dívida líquida da Fibam (-90%). Entretanto, sob a ótica do nível da relação anualizada dívida/EBITDA, destacamos as maiores: Mangels Indl (12,11X) e Forja Taurus (8,06x).
· Destaques Positivos e Negativos
Pela comparação dos números dos balanços do 1T2018 versus 1T2017, os destaques positivos são atribuídos à Sid Nacional e Usiminas pelo seu bom desempenho: crescimento das receitas, crescimento expressivo dos lucros, da geração de caixa medida pelo EBITDA e pela forte redução da alavancagem financeira, além da melhora da rentabilidade patrimonial.
Os destaques negativos são atribuídos à Fibam e Mangels Indl, por conta de prejuízos recorrentes e passivo a descoberto no 1T2018 e no mesmo período de 2017.
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Luiz Guilherme DiasSABE | Inteligência em Ações da Bolsa