Setores: Lucros ‘derretem’ no 1º Trimestre de 2020!!

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Setores: Lucros ‘derretem’ no 1º Trimestre de 2020!!

29/07/2020

Este alerta tem como objetivo a análise do resultado dos setores da bolsa no 1º Trim 2020 em comparação com o mesmo período de 2019. Os resultados líquidos (soma de lucros e prejuízos) de 293 companhias listadas na B3 com balanços publicados até 30 de junho caíram expressivamente em mais de 100%, acumulando perdas de R$ 77 bilhões, como ilustra a planilha a seguir com informações do Banco de Dados SABE©.


Podemos extrair as seguintes conclusões estatísticas da planilha acima, analisando o desempenho dos setores no 1º trimestre de 2020 e sua variação em relação à igual período de 2019:

·  Dos 22 setores da bolsa, apenas 2 tiveram crescimento de lucros no 1º Trim 2020:

   -  Mineração com  aumento de 107% (por conta da recuperação expressiva de Vale) e

   -  Tecnologia da Informação (TI) crescendo 54%,

   -  ou seja, os demais 20 setores tiveram quedas de lucros ou aumento de prejuízos;

·  O setor de Bancos foi o que trouxe a maior receita (R$ 177 bilhões), aumento de 66% e o maior lucro (R$ 14,7 bilhões), queda de 33%;

·  Lazer, Turismo e Hotelaria teve a menor receita (R$ 714 milhões), aumento de 26%, provocado principalmente pela rede de academias de ginástica Smart Fit, cuja receita foi de R$ 603 milhões;

·  O setor de Petróleo e Biocombustíveis teve o maior prejuízo (R$ 54 bilhões), influenciado por Petrobras que, sozinha, teve um prejuízo de quase R$ 50 bilhões no 1º Trim 2020;

·  Tecidos, Vestuário e Calçados foi o setor com o maior grau de alavancagem financeira medido pela relação Dívida Líquida/EBITA em 43 vezes, nível extremamente alto, considerando o parâmetro de 3 vezes como limite ideal; o segmento Têxtil foi o principal responsável pelo elevado endividamento do setor;

·  Tecnologia da Informação, junto com Açúcar e Álcool, Siderurgia/Metalurgia e Serviços Médico-Hospitalares foram os setores menos alavancados, com níveis inferiores a 3 vezes;

·  O maior ROE (retorno do acionista) de 16,5% foi conquistado pelo setor de Serviços Financeiros, influenciado pela Corretora Wiz (82%) e por BB Seguridade (58%);

·  Metade dos 22 setores tiveram ROEs deteriorados devido aos elevados prejuízos, sendo os maiores o de Petróleo e Biocombustíveis e o de Papel/Celulose, influenciados pelas grandes perdas de Petrobras e Suzano, respectivamente.

Conclusão

Como já tínhamos antecipado em newsletter publicada no início de junho passado, o impacto da crise com a Covid-19 iniciado na 2ª quinzena de março trouxe perdas significativas no desempenho das companhias listadas na B3.

O 2º Trim 2020, cuja temporada de balanços está em pleno curso, sofreu em cheio os efeitos da pandemia e deverá, como consequência, trazer números piores que o do período encerrado em 30 de março de 2020. Quem viver verá...

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Luiz Guilherme Dias
SABE | Inteligência em Ações da Bolsa


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