Saneamento – Desempenho medíocre frustra investidores!

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Saneamento – Desempenho medíocre frustra investidores!

22/12/2017

Sete companhias abertas com ações na bolsa fazem parte do Setor de Saneamento e Serviços de Água & Gás. De acordo com os balanços dos nove primeiros meses de 2017, todas as empresas deram lucros, mas o crescimento dos resultados líquidos comparado com igual período de 2016 foi medíocre.

Duas empresas detêm 60% das receitas: Sabesp com 43% e Comgas com 17%. O total das receitas nos 9M2017 foi de R$ 24,5 bilhões contra R$ 23,5 bilhões nos 9M2016, representando um aumento nominal de 4,54%. O maior crescimento em vendas nos 9M2017 contra igual período de 2016 ficou com a CEG, cujas receitas subiram 19,26%.

O desempenho como um todo das companhias do Setor de Saneamento e Serviços de Água & Gás foi fraco: receitas com aumento real de pouco mais de 2%, lucros em queda discreta de 2%, EBITDA aumento quase 5% e alavancagem financeira medida pela relação anualizada dívida/EBITDA em leve queda, atingindo o nível de 3,31x nos 9M2017. O ROE (retorno do acionista) teve expressiva queda de 11,29% chegando num cálculo anualizado a pouco mais de 14% nos nove primeiros meses de 2017.

À exceção de Comgas, cujas vendas caíram 6,74%, as demais companhias tiveram aumentos de receitas nos 9M017 na comparação com os 9M2016, sendo os maiores: CEG (+19,26%), Casan (+12,10%), Sanepar (+11,49%) e Cabambiental (+11,20%). Com relação às variações de lucros nos mesmos períodos, Comgas e Sabesp tiveram quedas de 40,33% e 4,68%, respectivamente, enquanto que as demais cresceram seus lucros, sendo a maior o da Casan que triplicou. Sobre o endividamento, todas as empresas, sem exceção, reduziram seu grau de alavancagem financeira, sendo a maior redução de Comgas (-52,26%) e Cabambiental (-48,68%). Para esta última a relação dívida/EBITDA caiu de 9,19x para 4,71x.

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Pela comparação dos números dos balanços dos 9M2016 versus 9M2017, o destaque positivo vai para CEG pela consistência do seu desempenho: receita subiu 11%, lucro cresceu 18%, EBITDA aumentou 11% e o ROE cresceu 9%. Do lado do endividamento, mesmo com aumento de 7% em seu grau de alavancagem, a CEG ainda mantém um equilíbrio na relação dívida/EBITDA inferior a 3x, sendo de 2,43x nos 9M2017.

O destaque negativo vai para Comgas, que na comparação dos números dos dois períodos desse estudo teve quedas de receita (-7%), de lucro (-40%), de EBITDA (-31%) e do ROE (-40%). Apesar dessas quedas, a Comgas mantém sua dívida sob controle, sendo seu grau de alavancagem de 2,57x (aumento de 53%) inferior ao padrão desejado pelo mercado (3 vezes a geração de caixa).

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Luiz Guilherme Dias
Equipe SABE Inteligência em Ações

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