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Saneamento – Demanda de investimentos de R$ 20 bilhões por ano!
19/06/2018Um artigo publicado no site UOL Economia sob o título “Saneamento deve ter R$ 1,5 bi do BNDES”, aponta que há muita demanda por investimentos para o setor. Nos últimos dez anos, a média de investimentos foi da ordem de R$ 11 bilhões por ano, enquanto que a necessidade é de R$ 20 bilhões por ano.
O País tinha 20,6 milhões de domicílios sem rede de esgoto e 2 milhões de residências sem água encanada em 2016, segundo a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra Domicílios), do IBGE. Apenas 65,9% dos lares tinham escoamento do esgoto através da rede geral, rede pluvial ou de fossa ligada à rede.
Companhias estaduais, como Sabesp (SP), Cedae (RJ), Copasa (MG) e Sanepar (PR), são as principais investidoras em saneamento no País, pois prestam o serviço de água e esgoto em 70% dos municípios, segundo a ABCON, entidade que representa o setor privado de saneamento. (Fonte: UOL/Economia)
Na bolsa de valores brasileira o Setor de Saneamento e Serviços de Água e Esgoto é composto por sete companhias abertas. De acordo com os números dos balanços de 1T2018, somente Casan deu prejuízo. O setor como um todo mostrou um lucro acumulado no 1T2017 de R$ 1,15 bilhões contra um lucro acumulado no 1T2018 de R$ 1,14 bilhões, queda de menos de 1%.
Três companhias concentram 73% das receitas: Sabesp com 43%, Comgas com 17% e Copasa com 13%. O total das receitas no 1T2017 foi de R$ 7,8 bilhões contra R$ 8,5 bilhões no 1T2018, representando um aumento nominal de 9,26%.
De modo geral, o desempenho como um todo das companhias abertas do Setor de Saneamento e Serviços de Água e Esgoto foi medíocre: receitas cresceram 9%, lucros ficaram estáveis e o EBITDA
aumentou 5%. A alavancagem financeira medida pela relação anualizada
dívida/EBITDA caiu menos de 1%, atingindo o nível de 3,36x no 1T2018. O ROE (retorno do acionista)
anualizado caiu 1,23 pontos percentuais, alcançando 13,03% no 1T2018.
· Comparação do Desempenho do 1T2018 X 1T2017
Todas as sete companhias tiveram crescimento de receita. Os aumentos mais expressivos de vendas foram: Comgas (+25%) e Ceg (+14%). Os aumentos expressivos de EBITDA foram de: Sanepar (+24%) e Comgas (+19%). Com relação às maiores variações de lucros, novamente vemos Comgas (+73%) e Sanepar (+17%).
Olhando o nível da relação anualizada dívida/EBITDA, praticamente todas as companhias reduziram seu grau de endividamento, exceto a Casan (+1440%, atingindo o expressivo nível de 77x) e Ceg que ficou estável. Copasa e Sanepar ostentaram grau de alavancagem satisfatório de 2,6 e 2,7 vezes, respectivamente. Por fim, os maiores retornos do acionista anualizados (ROE) no 1T2018 foram de Comgas (33%), Ceg (15%) e Sanepar (14%).
· Destaques Positivos e Negativos
Comparando os números dos balanços do 1T2018 versus 1T2017, o destaque positivo é atribuído à Comgas pelo seu excelente desempenho: crescimento da receita (+17%), da geração de caixa medida pelo EBITDA (+19%) e dos lucros (+73%). Além disso, a Comgas teve redução da alavancagem financeira (-4%) e ofereceu ao seu acionista a maior rentabilidade patrimonial do setor no 1T2018 (33%).
O destaque negativo é atribuído à Casan, devido principalmente à expressiva queda na sua geração de caixa no 1T2018, levando a companhia a um grau de alavancagem financeira de 77 vezes seu EBITDA, grave sinalização de endividamento.
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Luiz Guilherme DiasSABE | Inteligência em Ações da Bolsa