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De um lado do ringue a Família Batista com 42,31% (FB Participações) e do outro o BNDESPAR com 21,32% das ações ON da JBS, companhia listada no Novo Mercado da B3. Os dois acionistas majoritários travam uma “queda de braço” sobre a governança e o comando da companhia.

A prisão recente de Wesley Batista, filho do fundador José Batista Sobrinho (o Zé Mineiro), por crime de insider trading, deixou vago o comando da empresa. Logo em seguida, em 13/Set/2017 (sábado), a JBS realizou reunião do Conselho de Administração elegendo Batista Sobrinho como novo CEO da companhia.

O BNDES levantou questão sobre a validade da reunião, alegando ter sido realizada às pressas e violando regras de governança, como anúncio e pauta prévia da decisão, e propondo o afastamento dos Batista da gestão da empresa. As notícias sobre o embate tornaram-se públicas provocando forte oscilações no preço e no volume das ações JBSS3, como ilustra o gráfico abaixo:

Como contrapartida, o fundador da JBS encaminhou carta ao presidente do BNDES ameaçando processá-lo como responsável pela queda das ações da companhia e por alegação de manipulação de mercado. Em apenas dois dias (de 15/Set a 16/Set/2017), as ações JBSS3 recuaram quase 5%, levando o valor de mercado da companhia a reduzir em cerca de R$ 1,2 bilhões.

Segundo o Portal do Investidor da CVM, “somente estando bem informados sobre as atividades da companhia é que os acionistas poderão fiscalizar, de forma adequada, a atuação dos administradores da sociedade, bem como terão condições de proferir, com consciência, o seu voto nas assembleias gerais”.

A fatia dos acionistas minoritários no capital da companhia é de 35,60% e corresponde a pouco mais de 970 milhões de ações ordinárias, leia-se, com direito a voto. Resta saber como está o nível de preocupação desses acionistas sobre a batalha entre os majoritários. A resposta virá com o tempo...

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