Profarma dá largada na temporada de balanços 1S2019

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Profarma dá largada na temporada de balanços 1S2019

24/07/2019

A Profarma

Com mais de 57 anos de atuação, o Grupo Profarma é o player mais diversificado do segmento de saúde, com Unidades de Negócio de Distribuição, Especialidades e Varejo. Em 2006, tornou-se a 1ª companhia do segmento a realizar abertura de capital no Novo Mercado BM&FBovespa. Atualmente, com um histórico de aquisições bem integradas e uma reputação sólida, está entre os 200 maiores grupos privados do Brasil.​​ Fonte: Empresa

Desempenho Econômico-Financeiro

A Profarma foi a 1ª companhia listada na B3 a publicar seu balanço referente aos primeiros seis meses de 2019. Confira a seguir a evolução do desempenho da Profarma nos últimos cinco anos e no 1º semestre de 2019 com informações extraídas do Big Data SABE.

De 2014 a 2018 – desempenho medido pelo CAGR (taxa composta anual de crescimento)

· Crescimento expressivo das contas patrimoniais, receitas reais estáveis com crescimento pouco acima da inflação, aumento expressivo da geração de caixa medida pelo EBITDA, prejuízo recorrente no período, aumento expressivo da dívida líquida, queda do grau de alavancagem financeira, mas ainda para nível de perigo, deterioração do ROE.

Do 1S2018 para 1S2019 – desempenho medido pela variação percentual, com alavancagem e retorno anualizados

· Aumento expressivo dos ativos, redução do patrimônio líquido, crescimento expressivo das receitas, aumento muito expressivo do EBITDA, permanência dos prejuízos, queda expressiva do nível de alavancagem financeira, mantendo o patamar de perigo, manutenção da deterioração do ROE.

Desempenho em Bolsa (5 anos)

Tendo como base as cotações ajustadas extraídas da base de dados da APLIGRAF, de 30/set/2014 a 22/jul/2019, a ação PROFARMA ON (PFRM3) sofreu expressiva desvalorização de 56% no longo prazo, com tendência primária de queda, refletindo seu fraco desempenho nesse período por não ter apresentado lucro. No mesmo intervalo de tempo o Ibovespa variou positivamente 92 %. Confira no gráfico a seguir o desempenho de PFRM3.

Desempenho Setorial (1T2019)

A Profarma faz parte do Setor de Atacado e Varejo, composto de 27 companhias abertas listadas na [B]3. Ela faz parte do segmento de Medicamentos, composto de 4 companhias, junto com BR Pharma, Dimed e RaiaDrogasil. Confira a seguir seus desempenhos com informações consolidadas de 2018, extraídas do Big Data SABE:

·  Por crescimento de receita líquida, ocupou a 2ª posição no ranking do segmento em bolsa com vendas de R$ 4,3 bilhões, alta de 4% em relação a 2017;

·  Por crescimento de resultado operacional, medido pelo EBITDA, a companhia chegou em 3º lugar com R$ 89 milhões, aumento de 339% em relação ao ano anterior;

·  No ranking por resultados líquidos, a Profarma ocupou a 4ª posição com prejuízo de quase R$ 10 milhões, melhor que o de 2017 quando o prejuízo foi de R$ 113 milhões;

·  A alavancagem financeira, medida pela relação dívida líquida/EBITDA da Profarma em 2018 foi de 18,5x, nível de perigo definido pelo mercado, e bem acima da média do setor (4,5x);

·  Finalmente, no ranking por ROE (retorno do acionista), a Profarma ficou bastante prejudicada por não ter apresentado lucro.

Comentários Finais

Em seu Relatório de Desempenho referente ao 2T2019, a Administração da Profarma comunicou que “Com receita bruta consolidada de R$ 1,3 bilhão no 2T19, as vendas do Grupo Profarma apresentaram alta de 12,9% em relação ao registrado no mesmo trimestre de 2018. O bom desempenho operacional das divisões Distribuição Farma e Varejo proporcionou Ebitda acumulado de R$ 31,8 milhões no 2T19, o que representa alta de 10,8% em comparação ao registrado no 2T18. Excluindo o efeito da variação de pagamento de bônus aos executivos no montante de R$ 3,8 milhões no 2T19, o Ebitda teria sido 24,0% maior em relação ao ano anterior, atingindo R$ 35,6 milhões com margem de 3,1%”.

O desempenho das ações da Profarma (B3: PFRM3) no primeiro semestre de 2019 apontou para desvalorização de 2,0%, cotadas a R$ 3,85. Considerando esse mesmo período, o volume médio diário negociado totalizou R$ 650,5 mil, com média de 392 negócios realizados. O valor de mercado atingiu R$ 476,7 milhões com free float de 70,7%. Fonte: CVM

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Luiz Guilherme Dias
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