Blog
Pra que mexer, se está ganhando?
22/02/2021“Graduado em economia, com doutorado na Fundação Getulio Vargas (FGV EPGE) e pós-doutorado na University of Chicago. Participou de programas de treinamento executivo da Sloan School of Management (MIT) e International Institute for Management Development (IMD). É professor afiliado da EPGE (FGV), atuando também como diretor do Centro de Estudos em Crescimento e Desenvolvimento Econômico dessa instituição. Foi diretor na Vale S.A., Banco Central do Brasil, Banco Boavista, Banco Boavista Investimentos e Banco InterAtlântico. Foi membro do Conselho de Administração da Petrobras entre maio de 2015 e abril de 2016, GRU Airport e Invepar, assim como membro do Conselho Diretor da ABRASCA, Diretor da Câmara Americana de Comércio (RJ) e membro do Conselho de Administração do IBEF e do Conselho Curador da FGV. Foi presidente do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores, presidente executivo do IBMEC e vice-presidente da Câmara de Comércio Brasil-Canadá”.
Curriculum Vitae de Roberto Castello Branco, Ex-Presidente da Petrobras
Petrobras: pra que mexer, se está ganhando?
Com a mudança no comando da estatal após os últimos reajustes nos combustíveis, muitos investidores se desfizeram das ações da Petrobras. As perdas aqui e lá fora (ações na B3 e ADRs nas bolsas estrangeiras) acumuladas até a sexta-feira (19 de fevereiro) totalizaram, em valor de mercado, R$60 bilhões e podem chegar a R$ 100 bilhões na próxima semana por conta da intervenção do governo na companhia.
Para agentes do mercado, as perdas devem superar as provocadas pelo esquema de corrupção na petroleira durante os governos petistas. O valor de mercado da Petrobras devido ao escândalo da Lava Jato em 2014 sofreu uma perda de R$ 85 bilhões, além de prejuízos financeiros entre 2014 e 2016, como mostram o gráfico e a planilha com informações extraídas do Banco de Dados SABE© sobre a evolução dos resultados líquidos de 1994 a 2019, a seguir:
No mundo do futebol se diz que “em time que está ganhando não se mexe”. Simplificando a complexidade do problema, se em 2019 a Petrobras obteve o maior lucro de sua história em 26 anos, era de se esperar que não fosse feita alguma mudança no comando da companhia, certo? Errado! Explico melhor.
A União Federal possui 50,26% das ações ON, enquanto que outros acionistas possuem 49,50%. Ocorre que estes outros minoritários possuem também 71,41% das ações PN. No total, combinando as ONs com PNs, a companhia fica em desvantagem com 28,68% contra 58,91% dos minoritários. Mas, quem manda mesmo é quem tem direito a voto.
O nível 2 (N2) de Governança da B3 em que a Petrobras está listada, permite a empresa ofertar ações preferenciais (PN), mas que tenham poder de voto em situações críticas como fusões e aquisições. A mudança de comando deveria ser considerada situação crítica, abrindo caminho para uma discussão com a participação dos minoritários. Para reduzir a interferência do Governo, um outro caminho seria a privatização, para que a companhia pudesse seguir as melhores práticas de governança, que por enquanto nada mais é que “um sonho numa noite de verão”.
O momento atual da COVID-19
Novo levantamento da situação da pandemia de coronavírus no Brasil divulgado pelo consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das Secretarias Estaduais de Saúde, consolidados às 20h de sábado (20 de fevereiro). Fonte: G1. Leia mais...
Notícias relevantes
A seguir um clipping de notícias consideradas relevantes por nossa equipe, visando auxiliar o nosso estimado leitor a compreender o recorrente “quebra-cabeças” do mercado de capitais brasileiro.Desempenho do Ibovespa
O Ibovespa encerrou a última semana no dia 19 de fevereiro registrando 118.431 pontos, equivalente a 1.096 pontos (-0,9% em moeda local) abaixo da marca de 119.527 pontos registrada em 23/01/2020. O principal índice da B3 terminou 2020 com alta de 2,9%, tendo entre os índices acionários de países emergentes comparáveis o pior desempenho em dólar, representando queda de 20,18%. Neste ano de 2021 o Ibovespa está caindo 0,5%.
A tendência primária (longo prazo) do Ibovespa continua em alta, mesmo com a elevada volatilidade e incerteza do momento, tanto no plano econômico quanto no cenário político. Mas, no curtíssimo prazo (últimos 21 pregões) a tendência do principal índice da bolsa está em alta discreta.
Veja a seguir o desempenho da bolsa brasileira, medido em pontos, pelo Ibovespa e pelos índices das carteiras B3 de Dividendos (IDIV), Small Caps (SMLL) e Sustentabilidade (ISE), em diferentes intervalos de tempo. Observe que, mesmo com a queda provocada pela onda de incerteza com a Covid-19, no longo prazo, à exceção do ISE, a variação dos índices supera DE LONGE a renda fixa, com variação positiva de mais de 180%. Com a Selic mantida a 2% aa, a renda variável continua sendo a protagonista do mercado, como prevíamos há mais de três anos neste blog.
Observe, estimado leitor, o índice que teve o melhor desempenho no longo prazo foi o SMLL, seguido do IDIV, ambos com altas de mais de 230%. Perceba também que o SMLL é o que tem o melhor desempenho em 2021, com alta de 0,6%. Neste ano somente o SMLL está positivo.
O conjunto de estatísticas mostrado ajuda o leitor a perceber os movimentos cíclicos da bolsa brasileira, em especial sobre os que têm (e os que não têm) fundamento técnico.
Confira a evolução do “termômetro da bolsa” no gráfico abaixo e perceba as tendências (linha pontilhada em amarelo) e as volatilidades do Ibovespa no longo prazo (cinco anos) e no curtíssimo prazo (últimos 21 pregões):
Conheça o SABE Intelligence e o SABE Portfolio e aprimore o desempenho da sua Carteira de Ações
Estamos aqui para auxiliá-lo a selecionar empresas de qualidade sólida e desempenho consistente, que criam valor para todos os seus stakeholders, com nossos relatórios SABE Intelligence e SABE Portfolio. Conte conosco!
Dentre as alternativas de aplicações com maior risco, as Ações de Companhias com qualidade de gestão e desempenho destacado no longo prazo, as chamadas “SABE Campeãs”, trazem excelentes oportunidades de investimentos.
TERMO DE RESPONSABILIDADE (DISCLAIMER)
A SABE não pretende nem se dispõe a ensinar/instruir como investir no mercado de ações nem, muito menos, quais e quando comprar/vender ações: para isso recomendamos consultar a sua Corretora. SABE é o suporte imprescindível para quem já atua neste mercado ou já tomou a decisão de nele participar.
O SABE Alerta é apenas a “ponta de um iceberg” quando comparado ao acervo de informações que o Big Data SABE tem à disposição de investidores e gestores de investimentos em ações: são mais de 150.000 demonstrações financeiras padronizadas de TODAS as companhias abertas desde 1994. Além disso, produzimos uma verdadeira “enciclopédia” sobre as companhias listadas na B3 com mais de 450 newsletters publicadas, entre blogs e alertas ao mercado.
Luiz Guilherme
Dias
SABE | Inteligência em Ações da Bolsa
Quer monitorar GRATUITAMENTE o desempenho da sua carteira de ações?
Conheça nosso APP: