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Petrobras – Obrigado, Pedro Parente!!!
05/06/2018Pedro Parente assumiu a presidência da Petrobras no dia 30/Mai/2016 em substituição à Almir Bendine, hoje preso pela Operação Lava Jato por corrupção. Após realizar vários feitos notáveis para consertar lambanças deixadas pelo governo Dilma, Parente pediu demissão em 01/Jun/2018 sob forte pressão provocada pela greve de caminhoneiros autônomos e de empresas de transportes, que obrigou o frágil governo Temer a reduzir o preço do litro do diesel e a aceitar diversas outras reivindicações.
Em sua gestão ao longo de dois anos, a Petrobras saiu de um prejuízo anual de R$ 13 bilhões em 2016 para um lucro trimestral de mais de R$ 7 bilhões nos três primeiros meses de 2018. Além disso, a petrolífera reduziu, no mesmo intervalo de tempo, seu grau de alavancagem financeira (dívida/EBITDA) de 7,4 vezes para 4 vezes, sendo este anualizado. Estava indo tudo bem até que as “forças do mal” derrubaram o belo trabalho da administração Pedro Parente. Minha opinião pessoal é que a única saída para o sucesso da Petrobras é a privatização. Mas, isso é outra discussão...
Confira a seguir a evolução do desempenho da Petrobras desde o ano de 2015 até o 1T2018, com informações dos demonstrativos consolidados, extraídas do Big Data SABE.
Segundo notícia publicada nesta data pelo site de notícias InfoMoney, nos dois anos em que esteve à frente da Petrobras, Pedro Parente bancou medidas impopulares para sanear as contas da petroleira. Além de implementar uma nova fórmula para reajuste dinâmico dos preços dos combustíveis, em acordo com as flutuações dos preços do petróleo no mercado internacional, posicionou-se contra a política de conteúdo local, desagradando a indústria nacional, e levou adiante um ambicioso plano de desinvestimentos, que resultou em inúmeras disputas judiciais e precisou ser revisado por determinação do Tribunal de Contas da União.
Ao assumir a estatal, um dos maiores temores do mercado era a forte concentração de vencimentos da dívida da companhia em um prazo de três anos, em um momento em que o caixa estava fragilizado pela política de controle de preços adotada no governo Dilma Rousseff e sofria com a queda do preço do petróleo. Sob sua gestão, a Petrobras enxugou em mais de 15 mil pessoas do corpo de funcionários, por meio de duas rodadas do Plano de Demissão Voluntária. A companhia arrecadou mais de US$ 17 bilhões com a venda de ativos, com destaque para as fatias do Campo de Roncador e Carcará e de uma parcela da BR Distribuidora. (Fonte: InfoMoney)
As 12 etapas da linha do tempo da gestão de Parente e sua equipe (30/Mai/2016 a 1º/Jun/2018) evidenciam claramente a melhora no desempenho da Petrobras, com destaque para: implantação da política de preços dos combustíveis, venda de ativos incluindo parte da BR Distribuidora, acordo para a conclusão das ações coletivas nos EUA e conquista de lucro a partir de 2017 com o retorno do pagamento de dividendos aos acionistas, sendo a União o majoritário.
No dia 1º/Jun/2018 o Diretor Financeiro Ivan Monteiro assumiu a presidência, depois de receber a garantia de que não haverá da parte do governo interferência na política de preço da petroleira. O conselho de administração da Petrobrás aceitou a indicação do governo e ele assumirá a vaga ocupada até hoje por Pedro Parente. A esperança é sempre a última que morre. A conferir...
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Luiz Guilherme DiasSABE | Inteligência em Ações