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PDG REALTY – Recuperação judicial, com dívidas de mais de R$ 8 bilhões!
04/12/2017
A PDG Realty, em recuperação judicial, anunciou em Fato
Relevante divulgado no dia 01/Dez/2017 que o Plano de Recuperação
Judicial das Companhias incorporadora e securitizadora e das demais empresas
integrantes do seu grupo econômico, foi aprovado em Assembleia Geral de
Credores realizada na mesma data.
Embora o plano de recuperação judicial da PDG Realty tenha sido aprovado pelos credores da empresa e seja o primeiro passo para o pagamento das dívidas da incorporadora, um clima de incertezas ainda domina os clientes da construtora. A empresa tem mais de 20 mil credores, incluindo funcionários e consumidores, além de sete bancos, que detêm 80% dos débitos. (Fonte: O Globo/Economia).
De 2012 a 2016, a PDG teve um desempenho péssimo com quedas em seus principais indicadores chave de desempenho, medidas por taxas de crescimento anuais compostas (CAGR), como segue: patrimônio (-193%), receitas (-44%), EBITDA e lucros negativos durante praticamente todo o período. A dívida líquida da companhia no final de 2016 era de R$ 8 bilhões. Com passivo a descoberto, prejuízos constantes e margens deterioradas, a PDG enfrenta um quadro difícil de recuperação econômica num momento complicado para o setor imobiliário.
Pelos números do balanço dos nove primeiros meses de 2017, o desempenho da PDG se manteve muito crítico: patrimônio líquido negativo em quase R$ 5 bilhões e dívida líquida acima de R$ 8 bilhões agravada por insuficiência de geração de caixa. O aumento da receita (+66%) para R$ 291 milhões em relação aos 9M2016 não foi suficiente para a recuperação do resultado da companhia que amargou prejuízo de mais de R$ 1 bilhão nos 9M2017.
De 2011 até 2016, tanto as receitas quanto os resultados da PDG só fizeram cair, enquanto sua dívida só fazia crescer. A partir de 2012 a companhia ficou no “vermelho” e após 2015 não mais conseguiu gerar caixa para fazer face ao seu endividamento crescente.
A ação PDGR3 (PDG REALT ON) de Dez/2012 a 01/Dez/2017 praticamente “virou pó” sofrendo uma tremenda desvalorização de 98%, refletindo o fraco desempenho econômico-financeiro da companhia nos últimos cinco anos.
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Luiz Guilherme Dias
Equipe SABE Inteligência em Ações
