Papel e Celulose: Prejuízos aumentam quase 12 vezes no 1º Trim 2020!

SABE

notícias

voltar

Papel e Celulose: Prejuízos aumentam quase 12 vezes no 1º Trim 2020!

03/07/2020

APRESENTAÇÃO

Os números que serão aqui apresentados foram gerados tendo como base as demonstrações financeiras das companhias abertas do Setor de Papel e Celulose listadas na B3, com o objetivo de medir o desempenho do setor no 1º Trimestre de 2020 em comparação com o mesmo período de 2019.

A análise focaliza quatro indicadores: Receitas Líquidas, Resultados Líquidos, Grau de Alavancagem (Dívida Líquida/EBITDA) e ROE (Retorno do Acionista).

A análise foi feita com 6 companhias do Setor que fazem parte do Banco de Dados SABE©. Todas as empresas deste setor publicaram seus balanços do 1º trimestre de 2020.

SETOR COMO UM TODO (1º Trim 2019 X 1º Trim 2020)

As receitas líquidas tiveram crescimento nominal de 15% e os resultados líquidos (lucros/prejuízos) “derreteram” com os prejuízos aumentando quase 12 vezes, influenciados por Suzano. A alavancagem financeira, medida pela relação dívida líquida/EBITDA, caiu 35%, mas ficando ainda em nível muito acima de 3 vezes, patamar de alerta. Por fim, o retorno do acionista (ROE) ficou deteriorado por conta do elevado prejuízo cedendo 409 pontos percentuais!!!

No 1º Trim 2020 o maior lucro foi da Duratex (R$ 52 milhões) seguido da Eucatex (R$ 45 milhões). As maiores do setor: Klabin e Suzano amargaram prejuízos muito expressivos, de R$ 13,4 e R$ 3,1 bilhões, respectivamente. O maior grau de endividamento anualizado foi da Suzano com alavancagem anualizada de 7,1 vezes e o menor foi da Eucatex com 2,8 vezes. Irani proporcionou o maior retorno (ROE) anualizado ao acionista no último trimestre de 20,3%.

A planilha abaixo ilustra a evolução dos indicadores do total das 6 Empresas do Setor, do 1º Trim 2019 para o 1º Trim 2020.


CONCLUSÃO

O Setor de Papel e Celulose em bolsa no fim de 2019 já apresentava um desempenho muito fraco com elevado prejuízo, fortemente influenciado por Suzano que teve perdas de R$ 2,8 bilhões. No mesmo ano o grau de endividamento alcançava 7,0 vezes com aumento de mais de 100% em relação a 2018. O retorno do acionista (ROE) de 3,8%, que já era baixo em 2018 ficou negativo no ano seguinte com queda de 9,2 pps.

No 1º trimestre de 2020 o desempenho do setor veio bem pior com aumento expressivo dos prejuízos provocado pelas duas maiores companhias do setor (Klabin e Suzano), fazendo com que o retorno do acionista ficasse deteriorado. A boa notícia foi a queda do nível de endividamento do setor para 6,5 vezes, embora ainda em nível de perigo.

O destaque no 1º Trim deste ano ficou com a Eucatex (2º lugar em lucros), menor grau de alavancagem financeira e retorno do acionista de 13%.

APP SABE INVEST


TERMO DE RESPONSABILIDADE (DISCLAIMER)

A SABE não pretende nem se dispõe a ensinar/instruir como investir no mercado de ações nem, muito menos, quais e quando comprar/vender ações: para isso recomendamos consultar a sua Corretora. SABE é o suporte imprescindível para quem já atua neste mercado ou já tomou a decisão de nele participar.

O SABE Alerta é apenas a “ponta de um iceberg” quando comparado ao acervo de informações que o Big Data SABE tem à disposição de investidores e gestores de investimentos em ações: são 140.000 demonstrações financeiras padronizadas de TODAS as companhias abertas desde 1994 e os preços ajustados de suas ações dos últimos cinco anos.

Luiz Guilherme Dias
SABE | Inteligência em Ações da Bolsa


Quer monitorar GRATUITAMENTE o desempenho da sua carteira de ações?

Conheça nosso APP:

SABE Invest - Google Play  SABE Invest - App Store



Comentários