Papel e Celulose – Desempenho excelente com dívida sob controle!

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Papel e Celulose – Desempenho excelente com dívida sob controle!

01/06/2018

A união de Fibria e Suzano criou uma gigante de Papel e Celulose em uma operação que vai integrar 37 mil funcionários, uma capacidade de produção de 11 milhões de toneladas de celulose, 1,4 milhão de toneladas de papel e exportações anuais de cerca de R$ 18 bilhões. É a maior empresa do agronegócio brasileiro e a 5ª maior entre as companhias listadas na bolsa de São Paulo (B3) que não são financeiras, atrás da Petrobras, Ambev, Vale e Telefonica. Juntas, Suzano e Fibria atendem a mais de 90 países.

Com base em estimativas de analistas de mercado, a expectativa é de ganhos entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões em sinergias entre as duas empresas. Essa integração deve ocorrer, especialmente nas áreas administrativa, logística, suprimentos, além da florestal. (Fonte: Globo Rural)

Na bolsa de valores brasileira o Setor de Papel e Celulose é composto por sete companhias abertas. A empresa Celulose Irani não apresentou ainda seu balanço do 1º trimestre de 2018, motivo pelo qual este artigo considerou somente 6 companhias. De acordo com os números dos balanços de 1T2018, somente Melhoramentos SP deu prejuízo. O setor como um todo mostrou um lucro acumulado no 1T2017 de R$ 1,4 bilhões contra um lucro acumulado no 1T2018 de R$ 1,6 bilhões, aumento de 14%.

Três empresas concentram 87% das receitas: Fibria com 36%, Suzano com 29% (portanto, Grupo Suzano detém 67%) e Klabin com 21%. O total das receitas no 1T2018 foi de R$ 10 bilhões contra R$ 7 bilhões no 1T2017, representando um aumento nominal de 37%. Dentre as companhias com marketshare de mais de 10%, o maior crescimento em vendas no 1T2018 contra igual período em 2017 ficou com a Fibria, cujas receitas subiram 36%.

De modo geral, o desempenho como um todo das companhias abertas do Setor de Papel e Celulose foi excelente: receitas cresceram 37%, lucros subiram 14%, EBITDA aumentou 63%. A alavancagem financeira medida pela relação anualizada dívida/EBITDA caiu 38%, atingindo o nível de 2,86x no 1T2018. O ROE (retorno do acionista) anualizado aumentou 0,97 pontos percentuais, alcançando 15,14% no 1T2018.

·  Comparação do Desempenho do 1T2018 X 1T2017

A única companhia que teve queda na receita foi Melhoramentos SP (-14%). Os aumentos mais expressivos de vendas foram das maiores empresas: Fibria (+78%), Suzano (+33%) e Klabin (+17%). Os aumentos expressivos de EBITDA foram de: Fibria (+171%) e Suzano (+82%). Com relação às maiores variações de lucros, novamente vemos Fibria (+87%) e Suzano (+81%); nesse quesito Klabin caiu (-80%).

Olhando o nível da relação anualizada dívida/EBITDA, a exceção de Klabin que teve esse indicador crescendo 10% para 4,2 vezes e Melhoramentos SP que teve EBITDA negativo no 1T2018, todas as demais companhias reduziram seu grau de endividamento. Destaques mais uma vez para Fibria (-61%) e Suzano (-47%) que ostentaram grau de alavancagem satisfatório de 2,4 e 2,3 vezes, respectivamente. Por fim, o retorno do acionista anualizado (ROE) no 1T2018 de Fibria (16%) e Suzano (26%), subiram 7 e 9 pontos percentuais, respectivamente.

·  Destaques Positivos e Negativos

Comparando os números dos balanços do 1T2018 versus 1T2017, os destaques positivos são atribuídos Fibria e Suzano pelos seus excelentes desempenhos: crescimento expressivo das receitas, da geração de caixa medida pelo EBITDA e dos lucros, como também pela forte redução da alavancagem financeira, além do crescimento da rentabilidade patrimonial.

O destaque negativo é atribuído à Melhoramentos SP, por conta principalmente de ter gerado caixa negativo e ter dado prejuízo no 1T2018.

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Luiz Guilherme Dias
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