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Segundo notícia sob o título “Festa na Banca”, publicada no dia 02/Nov/2017 na coluna de Ancelmo Góis do O Globo, “mesmo com a queda de juros, os três maiores bancos privados do país (Itaú, Bradesco e Santander) já lucraram R$ 34,4 bilhões de janeiro a setembro de 2017. Isto é mais do que o governo prevê arrecadar (R$ 30 bilhões) com privatizações em infraestrutura, em 2018, incluindo aí Eletrobras e novos blocos para exploração de petróleo”.

Um estudo feito pela SABE Consultores, com base em resultados brutos de intermediação financeira (equivalente às receitas líquidas) e lucros líquidos de demonstrações financeiras individuais de 22 bancos, mostra que, mesmo com a grave crise econômica dos últimos anos, os grandes bancos continuam obtendo lucros expressivos.

As receitas líquidas dos 9M2017 dos bancos da amostra totalizaram R$ 75 bilhões, com queda nominal de 21,53% em relação a igual período de 2016. Ainda assim os lucros desses bancos, num total de R$ 45 bilhões, tiveram aumento nominal de 10,43% na mesma base de comparação. Confrontado com os lucros de 235 empresas (não financeiras), apresentado em nosso último SABE Alerta, percebemos uma forte semelhança de valor (R$ 46 bilhões), porém com queda de 20,38% em relação aos 9M2016.

Em síntese, o desempenho das empresas decepciona enquanto que o dos bancos surpreende, em especial os grandes. A pergunta que não quer calar é: “Até quando os bancos brasileiros terão desempenho superior às atividades produtivas em nosso país?”. Em Out/2017, das sete companhias abertas mais valiosas de nossa bolsa, quatro são bancos (Bradesco, Brasil, Itaú e Santander); as demais são indústrias tradicionais: Ambev, Petrobras e Vale. Percebemos aí dois aspectos: os bancos representam grande força na nossa economia e nossas principais empresas não inovam e nem renovam, o que é grave sob os dois pontos de vista. Em 2017, no mercado norteamericano, as cinco empresas mais valiosas são de tecnologia: Apple, Alphabet (Google), Microsoft, Amazon e Facebook. Não precisa dizer mais nada...

Considerando todos os 22 bancos da amostra, nos primeiros nove meses de 2017 comparado com igual período de 2016, as receitas líquidas caíram 21,53% e os lucros subiram 10,43%. Excluindo os quatro grandes bancos, a história inverte: receitas sobem 3,72% e lucros caem 5,66%. Confira o desempenho dos bancos tendo como base as planilhas abaixo, extraídas de nosso Banco de Dados SABE.

A SABE Consultores não pretende nem se dispõe a ensinar/instruir como investir no mercado de ações nem, muito menos, quais e quando comprar/vender ações: para isso recomendamos consultar a sua Corretora. SABE Consultores é o suporte imprescindível para quem já atua neste mercado ou já tomou a decisão de nele participar.