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Os Estados Unidos viveram no último dia 02/Out/2017 uma comoção nacional pelo maior massacre da sua história moderna, deixando um saldo de 58 mortos e mais de 500 feridos. Esta tragédia reabre com força a discussão sobre o controle de armas. Mas a resistência ao tema é grande no país que possui mais armas do que carros — 265 milhões de armas, contra 263,6 milhões de veículos, segundo levantamento do “Guardian” e informações do Departamento de Transporte dos EUA.

De acordo com o Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI), os EUA continuam liderando as exportações mundiais de armas durante os últimos 5 anos, respondendo por um terço das vendas mundiais. "Os EUA estão vendendo armas para pelo menos 100 países do mundo, o que é mais do que qualquer outro país fornecedor", comunicou Aude Fleurant, chefe do Programa de Despesas Militares e de Armamento do SIPRI. (Fonte: Sputnik Brasil).

Aqui no Brasil temos uma empresa com ações na bolsa – Forja Taurus – com exportações para mais de 70 países e mais de 2.600 trabalhadores. A Taurus é uma das maiores fabricantes de revolveres do mundo e já recebeu dezenas de prêmios como reconhecimento pelo seu elevado padrão de qualidade e inovação, como o "Handgun of the Year", comemorado pela 7ª vez em 2011, considerado o mais importante da Indústria de Armas dos Estados Unidos, sendo a pistola PT 740, reconhecida pelo design inovador, avanços tecnológicos no uso de materiais, ergonomia e segurança.

Lamentavelmente, os números de seu balanço mostram uma realidade diferente: nos últimos dois anos e no 1S2017 a Taurus apresenta patrimônio líquido negativo, prejuízo constante e uma dívida que sobe sem parar, sem condições de pagamento por geração de caixa. Confira na planilha abaixo:

Mais ainda: sua ação FJTA4 (FORJA TAURUS PN) quase "virou pó" com uma expressiva desvalorização de 92% do fim de 2012 até o momento, refletindo a difícil situação de insolvência enfrentada pela companhia.

Como informado em seu site, a Forja Taurus tem a missão de “projetar, desenvolver e fabricar produtos voltados à defesa e segurança da sociedade, seguindo as normas vigentes e garantindo os mais altos padrões de qualidade, segurança, efetividade e adequação às necessidades de seus clientes” e a visão de futuro de “Orgulho de contribuir para o desenvolvimento do nosso país e da nossa sociedade”.

Resta ao leitor e aos investidores tentar descobrir como a empresa conseguirá desenvolver seu pensamento estratégico com o atual desempenho pífio tanto econômico quanto de sua ação em bolsa.

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