Endividamento cresce e assusta no 1º Semestre 2020!! - ERRATA

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Endividamento cresce e assusta no 1º Semestre 2020!! - ERRATA

26/08/2020

NOTA DE ERRATA

Este artigo foi publicado no dia 21 de agosto de 2020, sexta-feira, e está sendo republicado hoje para corrigir um erro de conceito no cálculo do EBITDA (Earnings before interest, taxes, depreciation and amortization), em português LAJIDA (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização. A falha técnica foi originada ao usar o “Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro” no lugar do “Resultado antes do Resultado Financeiro e dos Tributos”, o que provocou distorções nos cálculos e nas conclusões, mas sem prejudicar a chamada “Endividamento cresce e assusta no 1º Semestre 2020”.

Pedimos desculpas aos nossos leitores e aproveitamos para agradecer ao Analista de Investimentos Flávio Conde, participante ativo do nosso Grupo de WhatsApp “SABE Alerta” que nos “alertou” sobre o fato.

Análise do Endividamento no 1º Semestre de 2020

Até o dia 17 de agosto nosso Banco de Dados SABE© registrou a publicação de 233 balanços individuais de empresas (não financeiras) listadas na B3. Embora o Banco de Dados hoje já possua mais balanços publicados, mantivemos a amostra para corrigir a falha detetada.

Até aquela data, 103 empresas ainda não tinham publicado suas demonstrações financeiras, mesmo porque o prazo expira no fim de agosto. Entretanto, não acreditamos que os resultados dessas companhias mudem expressivamente o quadro que aqui mostramos.

Este artigo tem como objetivo a análise do endividamento de empresas (não financeiras) referente ao 1º Semestre de 2020 (1S2020) em comparação ao mesmo período de 2019 (1S2019).

Endividamento Líquido

Tomando como base a dívida líquida, apuramos o seguinte quadro:

-  13 empresas apresentaram dívida líquida negativa, junto com EBITDA positivo, estando portanto em situação confortável. São elas, em ordem alfabética: Afluente T, Alfa Consorc, Brazilian Fr, CTC S.A., Eletropar, Eztec, Light S/A, Odontoprev, Ourofino S/A, Porto Seguro, Sinqia, Weg e WLM Ind Com;

-  58 empresas vieram com EBITDA negativo, totalizando uma perda acumulada de R$ 33,6 bilhões, sendo as 10 maiores, em ordem alfabética: Azul, Br Malls Par, Braskem, Dommo, Embraer, GOL, Invepar, Oi, Sid Nacional e Suzano Hold. Estas empresas não conseguiram gerar caixa suficiente para enfrentar suas dívidas, o que é grave!

Grau de Alavancagem Financeira

O grau de alavancagem acumulado, medido pela relação Dívida Líquida/EBTIDA anualizado, das 233 companhias atingiu 10,1 vezes no 1S2020, muito elevado para os padrões de mercado e correspondendo a um aumento de quase 88% em relação ao mesmo múltiplo do 1S2019 de 5,4 vezes.

Considerando o padrão de mercado em 3 vezes para o grau de alavancagem financeira, medido pela relação Dívida Líquida/EBITDA, identificamos o seguinte cenário:

-  57 empresas estão com grau de alavancagem financeira menor que 3 vezes, abaixo do padrão de alerta, um bom sinal;

-  33 empresas apresentaram alavancagem entre 3 e 5 vezes, acendendo o sinal de alerta;

-  48 empresas mostraram alavancagem entre 5 e 10 vezes, sinalizando perigo;

-  23 empresas estão com grau de alavancagem acima de 10 vezes, portanto em grave situação financeira.

Conclusão

O endividamento líquido total de 233 empresas não financeiras cresceu quase 17% do 1º semestre de 2019 para o mesmo período deste ano, o que em “tempos normais” não representa propriamente um problema. Mas, considerando o grau de alavancagem financeira, percebemos um sinal de forte preocupação: de 5,4 vezes no 1S2019 para 10,1 vezes no 1S2020. Em outras palavras, 163 empresas (70% da amostra) estão com alavancagem acima de 3 vezes, das quais 81 em situação financeira muito difícil.

O desempenho das companhias listadas em bolsa nos primeiros seis meses de 2020 teve mais da metade do período afetado pela pandemia. Os lucros das empresas derreteram como mostramos no último alerta, anulando praticamente os ganhos de 2019 e o endividamento subiu de expressiva, quase 17%. Ao que tudo indica, a nossa bolsa oscilando em 100 mil pontos ainda não captou o que deve vir num futuro próximo, a considerar os balanços dos nove meses do ano.

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O SABE Alerta é apenas a “ponta de um iceberg” quando comparado ao acervo de informações que o Big Data SABE tem à disposição de investidores e gestores de investimentos em ações: são 140.000 demonstrações financeiras padronizadas de TODAS as companhias abertas desde 1994 e os preços ajustados de suas ações dos últimos cinco anos.

Luiz Guilherme Dias
SABE | Inteligência em Ações da Bolsa


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