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Eletrobras: Privatização toma lá, dá cá!
30/01/2018
Segundo notícia publicada em 29/Jan/2017, o
presidente Michel Temer afirmou que há clima para aprovar a privatização da
companhia elétrica. Vale destacar a matéria do Estadão da véspera, que aponta
que a privatização da companhia já começou a provocar disputa no governo em
torno de seu "espólio".
Com orçamento de R$ 100 milhões anuais, o PROCEL
(Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) pode ser assumido por
uma estrutura governamental a ser criada,
a ABDE (Agência de Desenvolvimento
Energético). A agência também assumiria as funções do CONPET, programa de combate ao desperdício de recursos naturais não
renováveis, tocado pela Petrobrás.
Além disso informa a notícia, “a defesa da nova agência, que teria sede no Recife, foi feita pelo secretário de Planejamento do Ministério de Minas e Energia (MME), o pernambucano Eduardo Azevedo, em reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A agência seria uma autarquia, a exemplo da APEX, para promoção de exportações e investimentos, e da ABDI, que desenvolve ações sobre a política industrial. Essa iniciativa, porém, enfrenta resistências dentro do governo”.
Mais ainda, segundo apurou o Estadão/Broadcast, “o Ministério do Planejamento é contra a proposta e avalia que os programas podem ser assumidos pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética), que tem entre suas atribuições a prestação de serviços na área de estudos sobre eficiência. No projeto de lei de privatização da Eletrobras, o governo retirou o PROCEL das atribuições da companhia e o colocou sob responsabilidade do Poder Executivo. Porém, não definiu qual órgão ficaria com o programa”. (Fonte: Infomoney).
O gráfico de valorização do preço ajustado da ação ELET3 (Eletrobras ON) evidencia os dois momentos da companhia: antes e depois da entrada da nova administração comandada pelo engenheiro Wilson Ferreira Júnior, que vem fazendo com sua equipe um trabalho invejável. Cabe aqui o registro que Ferreira Júnior esteve à frente da CPFL Energia durante vários anos realizando inúmeros progressos.
Criar uma nova estatal como “moeda de troca” da privatização da Eletrobras parece brincadeira, especialmente quando já existem órgãos de sobra como a EPE para assumir funções que ficariam “sem dono”. A “sopa de letrinhas” – PROCEL, ABDE, CONPET, MME, CNPE e EPE só pode ser obra de um tecnocrata, leitor assíduo de Maquiavel, que segue o princípio de “dividir para reinar”. Em outras palavras, ninguém entende o propósito, a não ser o próprio Governo!!!
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Equipe SABE Inteligência em Ações
