Dinossauros X Robôs X Humanos: quem ganha?

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Dinossauros X Robôs X Humanos: quem ganha?

22/05/2018

Matéria circulando na internet de autoria de Silvio Genesini, alerta para o que está tirando o chão do homem mais rico do Brasil: as mudanças advindas, principalmente, da existência de uma nova gente, habitando esta terra, que tem outros hábitos, vontades e certezas

As pessoas estão preferindo comer alimentos frescos, feitos em casa ou sob encomenda, do que comida industrial processada, como as fabricadas pela Kraft Heinz, ou o fast food do Burger King. Em bebidas a situação é similar: os refrigerantes, bebidas carbonatadas com açúcar ou adoçante, têm sofrido rejeição crescente. E, no caso da cerveja, carro chefe do grupo que detêm o controle da AB InBev, as cervejas artesanais (craft beers) fazem o papel do saudável e do novo, usando menos produtos químicos, além de ter charme e personalidade.

Segundo o autor, no darwinismo empresarial atual, os dinossauros têm toda a chance de escapar da extinção e sobreviver. Para isso precisam, apenas, ser inovadores, ágeis, flexíveis, mutantes e sensíveis aos desejos e necessidades dos novos e inconstantes habitantes deste planeta.

Inspirados pela notícia fomos buscar em nosso Big Data SABE a situação atual do desempenho de três companhias controladas por Jorge Paulo Lemman: Ambev, Lojas Americanas e B2W.

Pela ótica do desempenho econômico-financeiro, as companhias apresentam o seguinte quadro nos últimos cinco anos:

·  Resultado Líquido: o lucro da Ambev caiu 40% de 2016 para 2017, o das Lojas Americanas caiu quase 80% de 2013 para 2017 e a B2W está no vermelho desde 2013, tendo tido um prejuízo de R$ 412 milhões em 2017;

·  Dívida Líquida: analisando o endividamento pela alavancagem financeira medida pela relação dívida/EBITDA, vemos que a Ambev está em situação confortável (1,43x), Lojas Americanas nem tanto (4,23x) e B2W em situação muito difícil (7,30x);

·  Retorno do Acionista: Ambev com quase 25% de média de ROE nos últimos 5 anos; Lojas Americanas teve expressiva queda de retorno, saindo de 27% em 2013 para 1% nos dois últimos anos; B2W teve seu ROE deteriorado no período por não ter apresentado lucro.

Por outro lado, observando o desempenho das ações ABEV3, LAME4 e BTOW3, no longo prazo, cerca de 5 anos, com Ibovespa variando pouco mais de 75%, vemos um retrato inverso: Ambev ON valorizou 44%, abaixo do índice, Lojas Americanas PN valorizou 77%, pouco acima do índice e B2W ON saltou 363%! Nada a ver (assim parece) com o desempenho econômico mostrado. As razões são várias, mas acreditamos que a principal seja especulação sobre os papéis, em particular BTOW3 por conta de uma suposta compra da companhia pela Amazon.

Segundo a notícia publicada a ficha da disrupção caiu para Lemman e seus sócios. Os desafios que afligem as grandes corporações com as mudanças do mundo, aliados ao crescente custo do dinheiro estão afetando a gestão e a estratégia das empresas, tornando eficiência objeto de crítica. O mundo passou a esperar do capitalismo métodos mais humanizados. “Não é totalmente descabido afirmar que, em tempos tão peculiares, dinossauros, robôs e humanos possam conviver em harmonia. Estamos vivendo uma época jurássica transumanista”, afirmou Genesini.

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Luiz Guilherme Dias
SABE | Inteligência em Ações da Bolsa

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