Burger King Brasil – IPO desagrada analistas!

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Burger King Brasil – IPO desagrada analistas!

21/12/2017

O IPO do Burger King Brasil (BK Brasil) movimentou R$ 2,2 bilhões, com a ação de ticker BKBR3 fechando em R$ 18,00, no topo da faixa indicativa de preço que constava em seu prospecto, de R$ 14,50 a R$ 18,00. A demanda superou em quatro vezes a oferta, por conta da entrada de alguns fundos, nacionais e de fora, com exposição relevante, o que ajudou a ancorar a oferta.

Do total oferecido, R$ 886 milhões vieram da oferta primária - ou seja, esses recursos irão diretamente para o caixa da companhia. Esse montante será destinado para a expansão orgânica de novos restaurantes e para a aceleração da abertura de quiosques de sobremesas nos próximos anos. Somado a isso, a empresa pretende utilizar parte dos recursos com pesquisa e desenvolvimento de novas marcas de fast food.

A oferta secundária, que movimentou R$ 1,3 bilhão, irá para o bolso dos acionistas Vinci Capital (que antes do negócio tinha 29,8% do capital), Temasek (29%) e Sommerville Investments (18,6%). Com a oferta, suas fatias serão reduzidas para cerca de 10%, 9,8% e 7,2%, respectivamente.

Entre as redes que estão ganhando espaço no país estão a Taco Bell Brasil, adquirida pelo empresário Carlos Wizard Martins, Casa do Pão de Queijo, que no passado colocou na mesa a possibilidade de IPO, Habib’s e Giraffa’s, entre outras. Na Bolsa brasileira, o único representante do setor listado é a International Meal Company (IMC), dona das redes do Frango Assado e do Viena. A IMC fez há pouco mais de um mês uma oferta secundária de ações, com esforços restritos, que movimentou R$ 444 milhões. (Fonte: Época Negócios).

Os números dos quatro balanços publicados (desde o anual de 2016 até o dos nove primeiros meses de 2017) mostram uma companhia com crescimento nos ativos, receitas e EBITDA com perspectiva de aumento e prejuízos líquidos; em 2016 a BK amargou prejuízo de R$ 93 milhões, e nos 9M2017 ainda está no vermelho em R$ 18 milhões, sem possibilidade de oferecer retorno aos seus acionistas. Por outro lado, a empresa vem reduzindo sua alavancagem financeira, tendo atingido o patamar de 3,22 vezes nos 9M2017, no cálculo anualizado.

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Segundo matéria publicada na Exame, o volume total das ofertas no ano de 2017 foi de R$ 37,6 bilhões – o maior visto na bolsa desde 2010. As novatas não têm tido um bom ano na bolsa, apesar do grande número de ofertas iniciais: acumulam alta de 10,6% em 2017, 10 pontos abaixo do índice Ibovespa, que acumula alta de 20%.

A rede Burger King fez o 10º IPO em 2017. Até 2011, uma desconhecida de metade dos brasileiros, cresceu mais de cinco vezes desde então, para 628 restaurantes. Mas a companhia está longe de ser uma unanimidade entre analistas. Eles se queixam da falta de clareza nos valores apresentados.

Criticam, por exemplo, que a geração de caixa (medida pelo EBITDA) exclua gastos com a abertura de lojas antes de serem inauguradas, mas inclua o crescimento das lojas logo após a inauguração. Outra dúvida é sobre o modelo de negócios, sem grandes inovações em relação ao já oferecido no país. Desde o seu IPO em 18/Dez/2017 a ação BKBR desvalorizou 3,44% em três dias, até o fechamento do pregão de 20/Dez/2017. (Fonte: EXAME).

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