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Aos trancos e barrancos!

30/03/2020

“Muitos olham para o empresário como o lobo a ser caçado; outros olham para ele como uma vaca a ser ordenhada; poucos são os que o enxergam como o cavalo que puxa a carroça.”

Winston Churchill – 1º Ministro do Reino Unido durante a 2ª Guerra Mundial

Evolução do PIB brasileiro

Segundo o IBGE, o PIB brasileiro apresentou um crescimento de 1,14% em 2019, fechando em R$ 7,3 trilhões em valores correntes. Entretanto, no 4º trimestre de 2019, a taxa trimestral do PIB em relação ao mesmo período do ano anterior foi de 1,7%. Estávamos naquele momento “a milímetros do paraíso”, como enfatizou Paulo Guedes.


Evolução do PIB brasileiro durante o governo dos presidentes Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro (Fonte: Gazeta do Povo)

O país atingiu o posto de 7ª economia mundial em 1995, 9ª em 2018 e se manteve entre as 10 primeiras economias desde então. O BC revisou sua projeção para a economia brasileira em 2020 e passou a projetar estabilidade para o nível de atividade, ou seja, sem alta nem queda do PIB. A previsão anterior, divulgada em dezembro, era de expansão de 2,2%. A XP cortou a projeção de PIB 2020 de alta de 1,8% para queda de 1,9%. O mercado como um todo está pessimista...

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O momento atual

Em matéria publicada na Revista Exame, José Galló, presidente do C.A. da varejista Lojas Renner aponta que “a pandemia de coronavírus contaminou as expectativas para a economia, negócios e investimentos, exigindo soluções tanto por parte do governo quanto das empresas. Ele lembra que o Brasil já viveu muitas crises: as indústrias pararam, 300% de inflação ao mês, as lojas fecharam, mas muitas empresas continuaram existindo. Para ele, o líder precisa entender que crises têm quatro etapas: a primeira é do pânico, das medidas extremas, quando as pessoas estão perdidas; depois é a do realismo – o que podemos fazer com funcionários, fornecedores ; depois entramos na fase da solidariedade, da compreensão e, por fim, é a fase da negociação”, afirma Galló. Continue lendo...

Essa crise é mais complicada porque começa na saúde com impactos na economia. Vivemos em nosso país uma espécie de “escolha de Sofia” ao termos que optar pelo conflito entre salvar vidas e reduzir os impactos da recessão que certamente virá. Pela sua história de superação de crises desde 1962, intervalo de tempo em que o PIB chegou a subir 13,97% em 1973 (Governo militar) e a cair 4,35% em 1990 (Governo Collor), o Brasil vem aos “trancos e barrancos” testando a capacidade de se manter entre as maiores economias do mundo. Quem viver verá...

Balanços 2018 X 2019 (ÚLTIMA PRÉVIA)

Foram publicados até o momento 251 balanços individuais do exercício de 2019 de companhias listadas na B3, cerca de 74% do total, sendo 226 empresas (não financeiras) e 25 bancos. Em 2019 a soma dos lucros das 226 empresas não financeiras atingiu R$ 149 bilhões, queda próxima a 19% em relação a 2018. Por outro lado a soma dos lucros dos 25 bancos (R$92 bilhões) subiu, como de costume, quase 29% em relação a 2018.

Outras constatações podem ser extraídas dos números desta amostra de demonstrações financeiras individuais, comparando o crescimento dos resultados líquidos de 2018 contra 2019 até aqui, como mostra a planilha a seguir:

·  Das 226 empresas (não financeiras) da amostra, 44 tiveram prejuízo em 2019, num total acumulado aproximado de R$32 bilhões: A seguir as 10 maiores perdas, em ordem alfabética: Azul, Cobrasma (*), Embraer (*), Invepar (*), Liq (*), Oi, Suzano Hold , Suzano, Vale e Viavarejo (*). OBS: (*) já vinham com prejuízo em 2018;

·  Ainda observando as empresas, 119 empresas tiveram aumento nominal de resultado líquido e 75 empresas tiveram redução nominal, de 2018 para 2019;

o  28 empresas mantiveram o prejuízo de 2018 para 2019, com aumento de R$ 7,7 bilhões para R$ 9,1 bilhões;

o  4 empresas: Altere Sec, Centauro, Grupo Natura e Locaweb não informaram resultado em 2018.

·  Pelo lado dos bancos, praticamente todos tiveram crescimento nominal de lucro, exceto Merc Financ e Merc Invest que tiveram queda. Banco Pine e Finansinos já tinham prejuízo em 2018 e mantiveram em 2019. A soma dos lucros (R$81 bilhões) dos 4 maiores (Itaú, Bradesco, BB e Santander) equivale a 88% do total dos resultados líquidos dos 25 bancos informados;

·  Olhando o desempenho das 251 companhias como um todo identificamos uma queda nominal de 5,3% dos resultados líquidos, de 2018 para 2019. Eliminando Azul, Oi, Suzano, Vale, Petrobras e os 4 maiores bancos para atenuar distorções, notamos um aumento nominal do total dos resultados líquidos de 26% (+22% de empresas e + 89% de bancos), com os dados desta amostra. Faltam apenas 2 dias úteis para o fim do prazo de publicação dos novos balanços de 2019: cerca de 80 empresas complementarão a análise.

Notícias relevantes

Segundo Peter Lynch, ex-gestor do Fidelity Magellan Fund, o maior fundo de ações do mundo, “Na Bolsa, errar é muito mais fácil do que acertar. Quem é muito bom acerta 6 de cada 10 decisões de investimentos”.

Sugiro a leitura do artigo “Investindo com propósito”, publicado no Valor de 27 de março, de autoria de Marcelo Nantes, CIO da Bradesco Asset Management, onde destaco dois parágrafos:

·  “O investimento de propósito (impact investment) se baseia na premissa de que empresas com menor impacto no meio ambiente e com preocupação em assuntos relacionados a responsabilidade social apresentarão retornos sobre os investimentos superiores e mais duradouros do que empresas que não estão inseridas nesse contexto”.

·  “Acreditamos que em alguns anos, esse tema será central nas decisões de investimentos à medida que as novas gerações assumam posições de liderança e que investidores se tornem cada vez mais consciente do seu papel de construir um mundo melhor”.

A seguir um clipping de notícias julgadas relevantes por nossa equipe, visando auxiliar o leitor a compreender o recorrente “quebra-cabeças” do mercado de capitais brasileiro.


Desempenho do Ibovespa

O Ibovespa encerrou a última semana no dia 27 de março registrando73.429 pontos. O índice apresentou uma queda de 46.098 pontos (ou 38,57 % em moeda local) em relação à máxima de 119.527 pontos observada em 23/01/2020.

A tendência primária (longo prazo) do Ibovespa continua em alta, mesmo com a altíssima volatilidade do momento. Mas, no curtíssimo prazo (últimos 21 pregões) a tendência de queda se mantém, refletindo principalmente a aversão ao risco com o surto do coronavírus e o aumento das expectativas de incerteza dos investidores com o momento atual.

Veja a seguir o desempenho da bolsa brasileira, medido em pontos pelo Ibovespa e pelos índices das carteiras B3 de Dividendos (IDIV), Small Caps (SMLL) e Sustentabilidade (ISE), em diferentes intervalos de tempo. Observe que, com a queda provocada pela onda de pânico com o coronavírus, somente no longo prazo (5 anos), à exceção do ISE (pela influência de Petrobras e grandes Bancos), a variação dos índices supera, no momento, a renda fixa.

Mas, para quem SABE, com as crises de 2020 as ações ficaram baratas. Nossa recomendação é: Se você é conservador, mantenha sua carteira de ações intacta, mas se for arrojado, aproveita as “pechinchas” de qualidade. Estamos aqui para auxiliá-lo a selecionar empresas de qualidade com nossos relatórios SABE Intelligence e SABE Portfolio. Conte conosco!

Com a taxa SELIC agora em 3,75% ao ano, o retorno bruto em 1 ano da poupança é de 2,62% e da renda fixa a 100% do CDI acumulado em 12 meses é de 5,56%. Com o cenário para a inflação abaixo da meta, prevalece a perspectiva de que a SELIC será mantida em níveis baixos ainda por um longo período.

No momento, a renda fixa deixou de ser uma boa alternativa para quem deseja aumentar o seu capital com retornos expressivos. Para proteger o patrimônio, a renda fixa continua sendo uma boa alternativa, mas para ganhar dinheiro “de verdade” as ações são (e sempre serão) a melhor opção de investimento a longo prazo.

Dentre as alternativas de aplicações com maior risco, as Ações de companhias com qualidade de gestão e desempenho consistente no longo prazo, as chamadas “SABE Campeãs”, trazem excelentes oportunidades de investimentos. A mudança do paradigma Renda Fixa X Renda Variável, já se faz sentir há mais de dois anos!

O conjunto de estatísticas mostrado ajuda o leitor a perceber os movimentos cíclicos da bolsa brasileira, em especial sobre os que têm (e os que não têm) fundamento técnico. Confira a evolução do “termômetro da bolsa” no gráfico abaixo e perceba as diferenças entre as tendências (linha pontilhada em amarelo) e as volatilidades do Ibovespa no longo prazo (cinco anos) e no curtíssimo prazo (últimos 21 pregões):


A SABE não pretende nem se dispõe a ensinar/instruir como investir no mercado de ações nem, muito menos, quais e quando comprar/vender ações: para isso recomendamos consultar a sua Corretora. SABE é o suporte imprescindível para quem já atua neste mercado ou já tomou a decisão de nele participar.

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O SABE Alerta é apenas a “ponta de um iceberg” quando comparado ao acervo de informações que o Big Data SABE tem à disposição de investidores e gestores de investimentos em ações: são 140.000 demonstrações financeiras padronizadas de TODAS as companhias abertas desde 1994 e os preços de suas ações ajustadas dos últimos cinco anos.

Conheça o SABE Intelligence, a maneira revolucionária de selecionar empresas de desempenho destacado com a inteligência artificial e tomar decisões de investimentos em ações com maior probabilidade de acerto.

Luiz Guilherme Dias
SABE | Inteligência em Ações da Bolsa


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