ANIMA – Receitas crescentes, Lucros decrescentes

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ANIMA – Receitas crescentes, Lucros decrescentes

15/12/2017

O Santander aumentou em uma média de 46% os preços-alvo estimados para as ações de empresas de ensino superior na B3 ao traçar as perspectivas para 2018. O analista João Noronha elevou a recomendação de Estácio (ESTC3) para “compra”, a mesma atribuída a Ser (SEER3), enquanto deixou Kroton (KROT3) e Anima (ANIM3) em “manutenção”. Na visão dele, segundo relatório enviado a clientes, há duras lições ao setor no curto prazo. Cita o amadurecimento da base do Fies após os anos de pico em 2013-2014, o aumento da concorrência no ensino à distância – mais de 550 novos polos operacionais – com tíquete médio menor e a possibilidade de maiores provisões contra inadimplência.

O analista atualizou o preço-alvo para Anima ao fim de 2018 de R$ 18 para R$ 29. “Vemos a Anima como uma empresa de qualidade diferenciada no setor”, diz. Ele projeta 10 novas unidades da empresa até 2019 e eficiência de custos, “com seu principal projeto sendo a implementação de um novo modelo acadêmico”. (Fonte: Moneytimes).

Veja agora o que o nosso Big Data SABE tem a revelar sobre o desempenho da Anima desde 2012 até 2016, segundo seus dados consolidados em moeda da época. A taxa de crescimento anual composta (CAGR) das receitas líquidas e dos lucros líquidos da Anima nos últimos cinco anos foi de + 24,30% e – 2,37% ao ano, respectivamente.

O desempenho trimestral da ação ANIM3 (Anima ON), desde o fim de 2013 até o dia 12/Dez/2017, quase cinco anos, foi bastante volátil, com valorização expressiva no curto prazo (1 ano) e no médio prazo (2 anos) de 91,00% e 92,14%, respectivamente, superando o Ibovespa e uma renda fixa bem remunerada. No intervalo citado o preço ajustado de fechamento da ação partiu de R$ 19,99 e atingiu R$ 25,90 no fim do período. No mesmo intervalo de tempo o valor mínimo da ação foi de R$ 9,46 em 30/Set/2015 e o máximo foi de R$ 33,49 em 30/Dez/2014.

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Nos últimos 5 anos, 2012 a 2016, a Anima teve um desempenho com crescimento de ativos (40%), patrimônio (103%), receitas líquidas (24%) e EBITDA (17%), medidos pela taxa CAGR. O lucro não acompanhou, pois seu CAGR no período reduziu-se em 2,4%; em 2014 a Anima teve seu maior lucro até agora: R$ 159 milhões, mas em 2016 foi de apenas R$ 21 milhões. Pelo mesmo critério de medição, a dívida líquida da companhia cresceu 19% no período. Em 2016 a relação dívida líquida/EBITDA ficou em 5,81x, muito acima do nível de alerta. O retorno do acionista (ROE) na média dos cinco anos ficou em 35%, favorecido pelo ROE não recorrente de 128% em 2012.

Pela comparação dos números do balanço dos nove primeiros meses de 2017 contra igual período de 2016, a Anima teve ótimo desempenho de resultados: aumento próximo a 10% nas receitas, 15% no EBITDA e 30% no lucro. Ao mesmo tempo o endividamento medido pela relação anualizada Dívida/EBITDA caiu de 3,65x para 3,07x. O ROE anualizado nos 9M2017 ficou pouco acima de 14%, aumentando de 2,75 pontos percentuais em relação aos 9M2016.

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Luiz Guilherme Dias
Equipe SABE Inteligência em Ações

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