Alimentos e Bebidas: Indústria e Comércio em queda no 1º Trim 2020!

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Alimentos e Bebidas: Indústria e Comércio em queda no 1º Trim 2020!

10/06/2020

APRESENTAÇÃO

Os números que serão aqui apresentados foram gerados tendo como base as demonstrações financeiras das companhias abertas do Setor de Alimentos e Bebidas listadas na B3, com o objetivo de medir o desempenho do setor e seus segmentos no 1º Trimestre de 2020 em comparação com o mesmo período 2019.

A análise focaliza os seguintes indicadores: Receitas Líquidas, Resultados Líquidos, Grau de Alavancagem (Dívida Líquida/EBITDA) e ROE (Retorno do Acionista).

A amostra contém 15 companhias do Setor que fazem parte do Banco de Dados SABE©. As empresas Camil, Excelsior, Frigol Foods, Minupar e Pomifrutas ficaram fora do estudo por não terem publicado seus balanços até 8 de junho de 2020.

SETOR COMO UM TODO (1º Trim 2019 X 1º Trim 2020)

Em termos de variação nominal, as receitas líquidas cresceram 22% e os resultados líquidos (lucros/prejuízos) ficaram negativos, caindo de forma expressiva mais de 100%. A alavancagem financeira, medida pela relação dívida líquida/EBITDA, aumentou 11,5%. E, por último o retorno do acionista (ROE) diminuiu 24,5 pontos percentuais, ficando deteriorado.

No 1º Trim 2020 o maior lucro foi da Ambev (R$ 1,2 bilhões) e o maior prejuízo foi de JBS (- R$ 5,9 bilhões), esta a principal responsável pelo resultado negativo do setor. O maior grau de endividamento anualizado foi da BK Brasil (Burger King) com alavancagem de 35,4 vezes (!!) e o menor foi de Brasilagro com 1,5 vezes. E o maior retorno anualizado (ROE) foi oferecido pela Brasilagro em 31%.

A planilha abaixo ilustra a evolução dos indicadores do total das 15 Empresas do Setor, do 1º Trim 2019 para o 1º Trim 2020. Em seguida comentamos o desempenho individual de cada segmento também chamado de subsetor.


AGRÍCOLA (1º Trim 2019 X 1º Trim 2020)

Com 4 empresas, o segmento Agrícola foi o que apresentou o melhor desempenho do setor: aumento nominal de receitas  de 24% e de crescimento de 4% dos resultados; queda no grau de alavancagem para 2,8 vezes (satisfatório para os padrões de mercado) e aumento de 0,5 pontos percentuais (pp), atingindo um ROE de 21,2% no 1º Trim 2020.

SLC Agrícola foi a líder em vendas (R$ 927 milhões) com o maior resultado: R$ 156 milhões. O menor grau de endividamento (1,5 vezes) e o maior ROE (31%) foram alcançados pela Brasilagro.

COMÉRCIO (1º Trim 2019 X 1º Trim 2020)

Com apenas 2 empresas, ambas com lojas físicas de lanchonetes/restaurantes, o segmento Comércio apresentou um desempenho sofrível: queda de 3% nas receitas, prejuízo de R$ 118 milhões, EBITDA negativo e ROE deteriorado no 1º Trim 2020.

IMC (marcas KFC, Viena, Pizza Hut, etc) e Burger King (BK Brasil) amargaram prejuízos de R$ 46 milhões e R$ 56 milhões, respectivamente. Além disso, ambas estão com nível de endividamento muito elevado e ROEs negativos no 1º Trim 2020.

INDÚSTRIA (1º Trim 2019 X 1º Trim 2020)

O maior segmento do setor em bolsa com 9 empresas, também decepcionou. Embora com crescimento nominal de 22% nas receitas, o resultado caiu bastante devido ao expressivo prejuízo da JBS. O aumento do nível de alavancagem foi de 11,5%, ficando em 4,5 vezes e o ROE ficou prejudicado pelo forte resultado negativo no 1º Trim 2020.

A líder em vendas foi a JBS com R$ 56 bilhões, mas foi a que ostentou o maior prejuízo (- R$ 5,9 bilhões). Atrás da JBS vieram a Marfrig com R$ 13,5 bilhões e a Ambev com R$ 12,6 bilhões em vendas no último trimestre. O maior lucro foi da Ambev (R$ 1,2 bilhões), seguido de Minerva (R$ 271 milhões) e M.DiasBranco com R$ 137 milhões. Com relação ao endividamento, destaques para Ambev e M.DiasBranco, com graus de 1,7x e 2,1x, respectivamente, bem abaixo dos padrões de alerta de 3 vezes. Estas mesmas duas companhias tiveram ROEs de 6,7% e 8,9%, respectivamente.

CONCLUSÃO

Depois de alcançar um crescimento expressivo em 2019 com aumento de 126% em seus resultados, o desempenho do setor de Alimentos e Bebidas como um todo foi muito ruim, a exceção das empresas do segmento Agrícola, em especial Brasilagro e SLC Agrícola.

O segmento Comércio composto do Grupo IMC e da Rede Burger King sofreu os fortes efeitos da pandemia com lojas fechadas, amargando prejuízos no 1º Trim 2020. A IMC já vinha com prejuízo em igual trimestre de 2019.

E a Indústria foi prejudicada pelo tombo do resultado da gigante JBS, caindo de um lucro de R$ 1,2 bilhões no 1º Trim 2019 para um prejuízo de R$ 5,9 bilhões no 1º Trim deste ano. Neste segmento a Ambev, também sofreu com uma queda de 127% do lucro, de R$ 2,7 bilhões para R$ 1,2 bilhões no 1º Trim de 2020.

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SABE | Inteligência em Ações da Bolsa
Luiz Guilherme Dias


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