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100 mil pontos: ruim para uns, bom para outros!!
20/06/2022“Claramente, o aumento de 0,75 pp
de hoje é incomumente grande, e não espero que movimentos desse tamanho sejam
comuns”
Jerome Powell, presidente do FED
100
mil pontos: ruim para uns, bom para outros!!
O Ibovespa fechou com queda de 2,90% no pregão de sexta-feira (17/6), aos 99.825 pontos, no menor patamar desde novembro de 2020 e abaixo dos 100 mil pontos. Com essa queda, o índice passou a acumular perda de 4,8% no ano. Em junho, o índice recua 10,33%; na semana caiu 5,36%.
A aceleração das perdas veio junto com a piora das bolsas em NY. Em Wall Street, as bolsas fecharam entre perdas e ganhos, à medida que os investidores ficam cada vez mais preocupados com uma possível desaceleração econômica. O movimento que começou essa semana fez com que diversos ativos no Brasil e nos mercados internacionais marcassem mínimas de 2022, sinalizando maior aversão a risco por parte dos investidores.
Na B3, entre as maiores baixas por peso, destaque para Petrobras (PETR3;PETR4) e Vale (VALE3). Os papéis ordinárias e preferenciais da petroleira recuaram, ao final do pregão, respectivamente, -5,22%, R$ 29,93, e -6,09%, R$ 27,31, mesmo após a estatal anunciar reajuste nos preços dos combustíveis. E as ações da mineradora despencaram 5,22%, a R$ 77,41, acompanhando a forte queda do minério de ferro na China.
Também se destacaram entre as quedas: 3R Petroleum (RRRP3) e Met. Gerdau (GOAU4), recuando, respectivamente, 9,51% e 8,51%, seguidas das ações de PetroRio (PRIO3), com perda de 8%. Por outro lado, entre as altas, estiveram as ações da CVC (CVCB3) e da Alpargatas ([ALPA4]), avançando, respectivamente, 9,69% e 4,77%, seguidas das ações da Qualicorp (QUAL3), com ganhos de 4,56%.
Com fracos (ou quase nulos) fundamentos, uma queda de quase 3% num mesmo dia, provocando o rompimento dos 100 mil pontos do Ibovespa pode favorecer (ou prejudicar) tanto a quem especula no curto prazo quanto a quem investe com foco no longo prazo. A lei da oferta/procura ainda não foi revogada.
Resumo
da Semana
Na semana encerrada em 17/Jun, o Ibovespa caiu 5,36%, fechando aos 99.825 pontos.
Em 2022, o índice cai 4,8%, bem abaixo da renda fixa com 4,95%, medida pelo CDI.
Nos EUA o Fomc acelerou o aperto do juro, ratificando a expectativa de alta de 75 pp, para o intervalo entre 1,5% e 1,75%, mas o presidente do Fed animou as bolsas, ao acenar de modo “dovish” com a possibilidade de reduzir a magnitude do aumento já em julho.
O mercado continua cético em relação à capacidade do BC dos EUA de controlar a inflação, se não pesar a mão para valer.
Aqui, O BC elevou a Selic em 50 pp, para 13,25%, como havia contratado, mas mostrou maior preocupação com os riscos ampliados para a inflação, não só pelo ambiente externo desfavorável, como pelos fatores domésticos.
O mercado repercutiu o comunicado “hawkish” do Copom – que não sinalizou o fim do ciclo da Selic – e uma briga feroz do Congresso e do governo com a Petrobras, sobre o novo aumento dos preços.
O momento atual da COVID-19
Novo levantamento da situação da pandemia de coronavírus no Brasil divulgado pelo consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das Secretarias Estaduais de Saúde, consolidados às 20h de domingo (19 de junho). Fonte: G1. Saiba mais...
Notícias relevantes
No link abaixo você pode acessar uma compilação de notícias consideradas destaques relevantes por nosso time, visando auxiliar o nosso estimado leitor a compreender o recorrente “quebra-cabeças” do mercado de capitais brasileiro.
Segue o link para download do Relatório “A Bolsa na semana”: https://bit.ly/3y3WMTl
Desempenho
do Ibovespa
O Ibovespa encerrou a última semana no dia 17 de junho registrando 99.825 pontos, equivalente a menos 30.951 pontos (- 23,7% em moeda local) abaixo da marca recorde de 130.776 pontos registrada no fechamento do pregão de 7/06/2021. Neste ano de 2022 o Ibovespa está caindo 4,8%.
A tendência primária (longo prazo) do Ibovespa continua em ALTA, mesmo com a elevada volatilidade e incerteza do momento, tanto no plano econômico quanto no cenário político. No curtíssimo prazo (últimos 21 pregões) a tendência do principal índice da bolsa se reverteu para QUEDA.
Veja a seguir o desempenho da bolsa brasileira, medido em pontos, pelo Ibovespa e pelos índices das carteiras B3 de Dividendos (IDIV), Small Caps (SMLL) e Sustentabilidade (ISE), em diferentes intervalos de tempo. Observe que, mesmo com a queda provocada pela onda de incerteza com a Covid-19, no longo prazo, a variação dos quatro índices, à exceção do ISE, supera DE LONGE a renda fixa, com variação positiva de mais de 49%, contra 33% do CDI. Com a Selic agora a 13,25% aa, a renda fixa volta ao radar dos investidores de curto prazo, mas a renda variável ainda continua sendo a protagonista do mercado de longo prazo, como sempre enfatizamos neste blog.
Perceba, estimado leitor, que o índice que teve o melhor desempenho no longo prazo foi o IDIV,com alta de 91%. Perceba também que o IDIV é o que tem o melhor desempenho em 2022, com queda de 1,1%.
O conjunto de estatísticas mostrado ajuda o leitor a perceber os movimentos cíclicos da bolsa brasileira, em especial sobre os que têm (e os que não têm) fundamento técnico.
Confira a evolução do “termômetro da bolsa” no gráfico abaixo e perceba as tendências (linha pontilhada em amarelo) e as volatilidades do Ibovespa no longo prazo (cinco anos) e no curtíssimo prazo (últimos 21 pregões):
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Luiz Guilherme
Dias
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